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segunda-feira, 21 de julho de 2014

GP da Alemanha - festa alemã em casa sem a presença de brasileiros, outra vez.



Para quem é torcedor fanático de F1 e futebol o ultimo GP de F1 deixou uma sensação de que veríamos um brasileiro mostrar uma performance melhor que a nossa pobre seleção de futebol, que sequer disputou a final da Copa. Felipe Massa marcou o terceiro tempo no treino classificatório e estava assim com uma chance imperdível de subir ao pódio, ainda que isso de desse atrás do seu companheiro de equipe.

As esperanças viraram de cabeça para baixo na primeira curva da corrida, quando Felipe colidiu com Kevin Magnussen e capotou em consequencia disso. A organização da prova definiu o evento como típico incidente de corrida, o que de fato foi. Felipe não atirou o seu carro propositadamente sobre Magnussen e este não entrou com o carro na linha de tangencia do brasileiro com o intuito declarado de faze-lo voar pela Williams. Pilotos de F1 não fazem isso pois sabem das consequencias. A realidade é que os dois se encontraram num espaço muito pequeno, com a visão lateral comprometida, e na hora mais propença da corrida a esses acontecimentos.

Portanto, de fato ninguem é culpado de alguma coisa. Mas para Felipe o evento se soma a outros e não soma pontos para a equipe. Aí está a grande questão, a ausencia de pontuação na metade do campeonato não é coisa que agrade a Williams. Não bastasse isso, Bottas fez uma sensacional corrida terminando em segundo lugar, o que deixa claro que Felipe tinha carro para uma boa apresentação.

Azar? Falta de sorte? Falta de competencia? Acretido mais em falta de paciencia, tendo em vista a condição em que ele se encontra no campeonato. De uma forma resumida Felipe perdeu o direito de dar, ou tomar, mais pancadas até o final da temporada. Convenhamos que isso é uma condição que não faz parte habitualmente do mundo da F1. Felipe terá que se virar para conseguir acabar as corridas pontuando na melhor posição que puder. E vai começar a temporada de 2015 (o contrato é de 3 anos) em desvantagem no retrospecto comparado com Bottas. Desejo sorte ao Felipe. Está precisando mesmo.

A corrida em si chegou a ser sonolenta no início. Na relargada estavam à frente do comboio Rosberg, Bottas, Vettel, Alonso, Hulkenberg, nesta mesma ordem. Todos largaram com pneus supermacios e as trocas não deveriam demorar muito. Ricciardo perdeu posições na largada e com isso o seu companheiro Vettel permaneceu à frente dele na corrida até o final.

As coisas começaram a ser mais emocionantes quando se deu a melhor ultrapassagem da prova. Hamilton disputou posição ao mesmo tempo com Ricciardo e Kimi e levou os dois numa só curva. Hamilton fez uma corrida de recuperação pois largou na vigésima posição. Tendo carro para ultrapassar os concorrentes com facilidade foi ganhando posições uma atrás da outra, mesmo estando com penus médios.

Mais outra disputa deu um brilho na prova. Kimi, Alonso e Vettel vinham andando colados e o espanhol levou a melhor. Kimi, claramente não tentou recuperar a posição e fez o jogo de equipe que é muito comum ser visto na Ferrari.

Hamilton chegou na segunda posição na 17a. volta. Mostrou outra vez que a Mercedes é um carro muito acima dos outros, mesmo com a alterção imposta na equipe no equilibrio da suspenção nas frenagens. A Mercedes está muito acima dos concorrentes e deve manter-se nessa condição até o final da temporada.

No final da corrida um evento fez lembrar o trágico fim de Tom Pryce há muitos anos. Sutil rodou e o motor apagou. Como ele estava no lado de dentro da pista a direção de prova optou por não entrar com safety car. Por incrivel que pareça, depois de tantas mudanças visando segurança na categoria, em dado momento 3 fiscais de pista atravessaram a pista na correria e conseguiram tirar o carro da posição em que se encontrava. Qualquer coisa que desse errado nessa hora poderia se tornar tragédia. Felizmente deu tudo certo. Tiveram a sorte que falta ao Massa, essa é a verdade.

Rosberg faturou mais uma vitória seguido por Bottas, Hamilton, Vettel, Alonso e Ricciardo. No pódio um carro alemão, conduzido por um finlandes nascido na alemanha, numa prova na Alemanha. Podolski, que estava presente na prova deve ter dado outros tantos pulos de alegria por ver outra festa alemã num esporte de alto nível. Isso, apenas alguns dias depois de a Alemanha ter faturado o tetra nas nossas terras. Sim, os alemães merecem os louros pela competencia. Não há dúvidas.

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