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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

20 anos depois de Senna continuamos com a tv ligada. E continuaremos.



Hoje completam-se 20 anos que Ayrton Senna ganhou a sua última corrida na F1. Venceu a última prova do calendário em Adelaide na Austrália pela McLaren. Atrás dele terminaram as duas Williams, com Prost em segundo e o seu futuro companheiro de equipe em 1994, Damon Hill, em terceiro. O companheiro de Senna, Mika Hakkinen, terminou em quarto, apenas poucos centésimos atrás de Michael Schumacher.

Vinte anos depois desse episódio estamos diante da possibilidade de não termos um brasileiro na F1 em 2014, muito embora Massa mereça, e muito, uma chance para prosseguir em outra equipe. Dois cenários que contrastam de forma impressionante.

A verdade é que o brasileiro ainda não perdeu o interesse pela categoria e nem perderia se tivéssemos um ano sem um brasileiro. Passaram-se 20 anos sem vitórias em sequencia e continuamos plugados na telinha. Criticamos o show tecnológico atual mas não desligamos a tv nem mudamos de canal. Criticamos o Galvão, até mesmo com faixas nada elegantes nas arquibancadas, mas continuamos assistindo. Criticamos o Massa mas agora torcemos para ele permanecer.

Só para relembrar, Emerson Fittipaldi foi muito ciriticado pela ausencia de vitórias na sua equipe e me lembro bem que muita gente disse que ele amarelou quando deixou o cockpit. Mas foi festejado como herói na Indy pelas mesmas pessoas que alguma vez o criticaram.

Aconteça o que acontecer, o nosso interesse pela F1 já está muito sedimentado e não deixaremos de acompanhar as corridas. Senna não é o único responsável por isso mas sem dúvida foi ele quem deixou viva na mente do brasileiro a expectativa de vitórias a serem festejadas e comentadas o dia todo. Não se deve esquecer que o nosso futebol já passou por situação similar depois de ter alcançado uma, até hoje muito importante, distinção. Voltamos a ver o nosso futebol no topo. Podemos esperar o mesmo na F1?

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