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domingo, 24 de novembro de 2013

Festa de fim

É isso que Interlagos representa no atual calendário, uma sensacional festa de final da temporada. Não vamos comparar isso à Monaco que é uma festa de bilionarios e celebridades. Mas em relação ao esporte em si, a de hoje corrida foi uma verdadeira celebração.

A começar pelo fato de que o mais provável no GP do Brasil é termos duas corridas. Tal como foi neste final de semana, o treino de sábado rendeu surpresas que dificultaram o estabelecimento de uma estratégia e hoje a corrida se deu em condições para as quais as equipes foram obrigadas a definir estratégias na hora. Sei não mas arrisco a dizer que se São Pedro não é brasileiro, tem uma grande simpatia pelo nosso autódromo. Afinal ele aparece como a versão natural e muito provável da idéia de Bernie de jogar água nas pistas.

Aqui tem de tudo. Pode ser sol escaldante, chuva, chuvinha, temporal. Pode cair um dilúvio num dia e no outro fritar ovos no asfalto. Pode chover no meio da corrida ou no inicio ou no fim. Nada aqui é previsivel com segurança. E isso dá um brilho à parte ao espetáculo, especialmente quando se fala de uma corrida que encerra a temporada.

Até mesmo Massa que teve a sua participação prejudicada por uma punição, não deixou festejar em frente à torcida fazendo zerinhos. Vettel, que venceu mais uma, pra variar, tinha tambem motivos para encher o asfalto de zeros.

Mas quem roubou a cena toda foi Mark Webber que após a bandeirada rompeu totalmente o protocolo e patrocinou a cena que vai ficar na memória por muitos anos. Tirou o capacete pouco antes de chegar nos boxes e curtiu um ventinho na cara que, acredito lhe tenha sido mais saboroso que o champagne servido habitualmente nos pódios. Fez festa particular, à sua moda, no melhor estilo 'hoje a felicidade é minha'.

Se Interlagos não for um templo, tal como dizem muitos amigos meus, com certeza é um salão de festas com direito à muita diversão e comemoração. Se essa pista faltasse no calendário da F1, não tenho dúvidas de que iriam pedir para voltar.

Interlagos é único!

sábado, 23 de novembro de 2013

Vettel, o cara dos caras

Sebastian Vettel no GP do Brasil de 2013.


Mesmo na condição de tetracampeão, tendo conquistado mais um campeonato por antecipação, o alemãozinho veloz não poupou nada e cravou mais uma pole em Interlagos. Nada menos do que 0,6s à frente de Nico Rosberg, o segundo do grid, e um segundo inteiro à frente do seu companheiro Weber, que ficou com o quarto tempo. Isso tudo sob chuva.

Para quem viu as poles de Ayrton Senna, Vettel o lembrou no estilo arrasador marcando o melhor tempo lá no finalzinho do treino, da mesma forma que muitas vezes Ayrton fez e arrancou aplausos dos torcedores.

Não é possivel apontar um favorito para 2014 mas Vettel seria a minha aposta. É claro que o carro que ele conduz com clara maestria é o melhor do grid, atualmente. Mas para manter essa superioridade indiscutivel num treino classificatório na chuva é preciso ser um ótimo piloto pois é preciso pilotar na ponta dos dedos sem uma única distração. Conseguir isso já é bem difícil, e ser o mais rápido assim, mais dificil ainda.

Mas ele marca pontos tambem fora do cockpit. A foto do post foi cedida pelo amigo José Manuel Ferraz, e segundo foi dito o próprio tetracampeão foi quem deu o clique, na sexta-feira. Além de veloz e imbatível é simpático e livre de quaisquer orgulhos desnecessários. Isso é o que o torcedor de um esporte mais gosta nos seus ídolos. Poder se aproximar deles, que julgamos pessoas muito acima das nossas capacidades, mas que se portam como seres humanos comuns que dão espaço para a admiração e retribuem o ato sem rodeios.

Pelo que me parece, entre os caras Vettel é o cara.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Massa na Williams - mais alívio e muito estímulo

No mesmo final de semana em que anunciou a sua saída da Ferrari, Felipe Massa disse estar aliviado. A declaração soou menos importante do que a incerteza a respeito do seu futuro na categoria. De Bernie Ecclestone veio outra declaração que deixou um pouco mais de limão azêdo na imagem do pilôto. Disse Bernie que Massa é um cara azarado.

Diria que, para o azar de Bernie, não apenas Massa achou seu novo caminho para permanecer na categoria, como também inverteu um jogo. Agora é Maldonado quem vai precisar de sorte pois tem o dinheiro mas não tem a garantia de que este será aceito na Lotus, tanto que ainda não confirmou a entrada na equipe. Em curto prazo o que pareceu ser fim de carreira se tornou um recomeço estimulante para Massa. Acabou o azar e aumentou o alívio pelo fim da pressão e incerteza na Ferrari, e isso tudo certamente se carateriza como um estímulo muito merecido e bem vindo.

Se as ansiedades já são coisa do passado, o que interessa agora é o que vem pela frente. Um dia desses quando se anunciou a negociação de Maldonado com a Lotus e, por conta disso, um caminho aberto para Massa, fiz um questinamento a respeito desses dois. Quem será mais pilôto, Massa ou Maldonado? Quem terá o melhor carro em 2014, Williams ou Lotus?

A respeito dos pilôtos fico com Massa, e a respeito dos carros fico com a Williams, muito embora essa questão em particular deva ser comprovada na pista na próxima temporada. Acho que se Maldonado conseguir permanecer na categoria, corre o sério risco de precisar da sorte na mesma medida do azar que Bernie atribuiu a Massa.

A Williams é uma equipe com uma tradição de vitórias com grandes feras da pilotagem, e a ultima da categoria que iniciou nas mãos de um garagista que ainda está no comando. Fora isso há as questões internas que em determinados momentos são guardadas como segredos. A temporada de 2013 foi tão desastrosa para a equipe que nada impede que tenham literalmente desistido do projeto do atual bólido já no inicio da temporada e concentrado os maiores esforços no próximo carro que deverá atender regras que dão fim ao favoritismo. Ninguem hoje pode dizer quem terá o melhor carro em 2014 e não há nada que impeça que a Williams volte a ser frequente visitante dos pódiuns. Não será surpresa ver no ano que vem equipes de meio de pelotão disputando com outras que foram mais rápidas nesse ano.

E a Williams não pára na renovação dos pilôtos. A equipe promete o anuncio de mais novidades, uma delas a possivel contratação de Rob Smedley, engenheiro de Massa na Ferrari.

Tudo no plano das suposições por enquanto, mas dentro das reais possibilidades. E com um ingrediente a mais que pode arrancar alguns sarcásticos sorrisos dos torcedores brasileiros - um possivel momento de disputa na pista entre Massa e Alonso. Será que numa cena dessas o engenheiro do espanhol diria pelo rádio 'Massa is faster than you' ?

Parabéns Massa.

E bôa sorte.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

20 anos depois de Senna continuamos com a tv ligada. E continuaremos.



Hoje completam-se 20 anos que Ayrton Senna ganhou a sua última corrida na F1. Venceu a última prova do calendário em Adelaide na Austrália pela McLaren. Atrás dele terminaram as duas Williams, com Prost em segundo e o seu futuro companheiro de equipe em 1994, Damon Hill, em terceiro. O companheiro de Senna, Mika Hakkinen, terminou em quarto, apenas poucos centésimos atrás de Michael Schumacher.

Vinte anos depois desse episódio estamos diante da possibilidade de não termos um brasileiro na F1 em 2014, muito embora Massa mereça, e muito, uma chance para prosseguir em outra equipe. Dois cenários que contrastam de forma impressionante.

A verdade é que o brasileiro ainda não perdeu o interesse pela categoria e nem perderia se tivéssemos um ano sem um brasileiro. Passaram-se 20 anos sem vitórias em sequencia e continuamos plugados na telinha. Criticamos o show tecnológico atual mas não desligamos a tv nem mudamos de canal. Criticamos o Galvão, até mesmo com faixas nada elegantes nas arquibancadas, mas continuamos assistindo. Criticamos o Massa mas agora torcemos para ele permanecer.

Só para relembrar, Emerson Fittipaldi foi muito ciriticado pela ausencia de vitórias na sua equipe e me lembro bem que muita gente disse que ele amarelou quando deixou o cockpit. Mas foi festejado como herói na Indy pelas mesmas pessoas que alguma vez o criticaram.

Aconteça o que acontecer, o nosso interesse pela F1 já está muito sedimentado e não deixaremos de acompanhar as corridas. Senna não é o único responsável por isso mas sem dúvida foi ele quem deixou viva na mente do brasileiro a expectativa de vitórias a serem festejadas e comentadas o dia todo. Não se deve esquecer que o nosso futebol já passou por situação similar depois de ter alcançado uma, até hoje muito importante, distinção. Voltamos a ver o nosso futebol no topo. Podemos esperar o mesmo na F1?

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O nosso automobilismo - E agora Brasil?

Recentemente, após o anuncio do final do contrato de Massa com a Ferrari, li em algum site na internet uma matéria com o título 'E agora Massa?'


Nessa semana, pouco tempo depois, foi publicada uma declaração da Sauber sobre o interesse em Rubens Barrichello, que substituiria Nico Hulkenberg. Nesse caso tem-se como já definida a saída de Nico mas não necessariamente a sua contratação pela Lotus na vaga de Kimi.


Antes disso tudo o chefão Bernie disse a Felipe Nasr que precisa de um brasileiro na F1. E tambem, recentemente, emendou a declaração dizendo que a mídia tem participação decisiva no surgimento de pilotos candidatos à pilotar um F1.


Aqui há uma incerteza sobre Massa, uma especulação sobre Rubens, uma esperança sobre Nasr, uma expectativa de um chefão baseada nas poucas possibilidades vindas de um país específico. Acho que cabe uma dúvida mais significativa em relação ao automobilismo no Brasil - E agora Brasil? Onde está o nosso celeiro de pilotos?


Basta uma pesquisa basica na internet para ver que o Brasil já mandou uma fila consideravel de pilotos para as pistas européias. Mas esse fluxo já acabou ha muito tempo. Massa é o ultimo brasileiro em atividade na F1 que começou no nosso kartismo e disputou aqui mesmo um campeonato de monopostos antes de seguir para a europa. Uma das recentes expectativas brasileiras, Bruno Senna, fez a sua carreira toda fora do Brasil. Isso não quer dizer que uma carreira lá fora é melhor ou pior que aqui, técnicamente falando. Quer dizer que o número de candidatos diminui de acordo com o aumento das dificuldades. Uma coisa é fazer a carreira toda lá fora e outra fazer o básico aqui mesmo. São poucos os que podem viver na europa apostando numa carreira que demanda um investimento de milhões. Dessa forma os únicos pilotos que seriamos capazes de formar seriam caras com bolsos abarrotados. E pior que isso, desconhecidos aqui porque aqui simplesmente não há automobilismo. Oras, o que motivaria uma empresa a investir na carreira de uma pessoa da qual temos noticias apenas pela internet?


O cenário atual referente à paricipação do Brasil na F1 é um sintoma do fundo de poço ao qual chegou o nosso automobilismo. Um jovem em inicio de carreira na GP2, não seria forte candidato a um assendo de F1 antes de um periodo como piloto de testes. Um piloto ainda em atividade, e já experiente na categoria, aceita uma equipe que lhe dê chances e não uma que o mande para os fundos do grid. Na eventualidade de nenhum desses dois conseguirem um lugar em 2014, a opção que resta é um veterano fora de atividade ha dois anos.


Está bem claro que não estamos gerando opções. Em épocas passadas havia sempre alguem (mais de hum) na fila. Hoje, a rigor não há ninguem. E quanto tempo levaria para isso mudar nesse esporte? Quanto relamente é responsavel a mídia pelo surgimento de novos candidatos? Basta mesmo mídia para que surjam carros na pista formando os historicos grids da nossa antológica F-Ford?


Acho que falta bem mais que isso. Acho que se em 2014 tivermos um brasileiro na F1, nada garante que ele esteja lá em 2015 ou 2016. Estamos num processo descendente que agora está mostrando os efeitos mais claramente - não temos renovação. A inversão dessa situação demandaria anos de mudanças. Seria preciso ressurgir o automobilismo formador, do zero, e se manter ativo por tempo suficiente para que fizesse surgirem os frutos desejados. Não é tão simples assim. Não basta só mídia.


Enquanto isso Tony Kanaan que esteve frente a uma possivel saída da Indy com destino à Nascar, acertou com a Ganassi e assim segue em frente na sua carreira num país que respira automobilismo ha décadas.


E agora Brasil? Ainda é possivel fazer alguma coisa? Ou estaremos destinados à desonrosa condição de medíocres naquilo que já mostramos sermos tão bons quanto os melhores? A segunda hipótese, infelizmente, é a mais plausível.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lei 15.780/2013 - Automobilismo Paulista passa a ser evento oficial do município.

Sessão solene na Câmara dos Vereadores de São Paulo no dia 13 de Agosto de 2013
conduzida pelo Vereador Floriano Pesaro

Na última terça-feira, 13/08/2013, teve lugar na Câmara dos Vereadores de São Paulo, sessão solene afim de homenagear o automobilismo paulista. O evento deu-se em função da aprovação da lei 15.780/2013 que inclui na lei 14.485/2007 as etapas do campeonato paulista de automobilismo na lista de eventos oficiais do município de São Paulo.

A sessão teve inicíio às 20:00 horas, com a presença de personalidades do automobilismo, e incluiu na mesa o vereador Mário Covas Neto, piloto de competições que já se retirou das pistas, muito embora seja ainda apaixonado pelo esporte.

A sessão foi conduzida pelo vereador Floriano Pesaro, autor do projeto de lei. Discurssaram vários nomes com ligação ativa no nosso automobilismo, inclusive Roberto Da Silva Zullino, mentor e diretor técnico da F-Vee Brazil. Este em particular, protagonizou um ótimo momento de bom humor ao declarar que a F-Vee é sua filha e por consequencia não possue defeitos.

Para quem interpreta essas ações como meramente políticas é bom lembrar-se de alguns pontos muito importantes que valorizam o novo status do nosso automobilismo, de evento oficial.

Na sua palavra, o vereador Mário Covas Neto lembrou dos custos de manutenção do Autodromo José Carlos Pace e das despesas geradas em função da realização da etapa brasileira da Formula 1.

O autodromo é de propriedade do município e tem um custo de manutenção elevado. Pilotos da velha guarda são testemunhas de um tempo em que desviavam de buracos no meio da pista, condição hoje substituida por um asfalto mais similar a um tapete. Não bastando os custos de manutenção, é a Prefeitura quem arca com as despesas de reforma previstas no contrato com a Formula 1, coisa que inclui tambem os serviços associados ao evento, como por exemplo a presença da CET na semana da prova.

O vereador lembrou que isso significa despesa apenas para o município, e o retorno é obtido  somente de forma indireta. Posto isto, considero que na verdade a inclusão das etapas do paulista de automobilismo no calendário oficial do município, tem o valor de retribuição ao esporte e ao munícipe, uma vez que dito calendário tem lugar no nosso mais importante autodromo, custeado inteiramente pela prefeitura, e com uma infraestrutura e manutenção que até então visaram uma única prova anual de um calendário internacional de uma categoria igualmente internacional. Nada mais justo que divulgar e dar apoio à realização de um evento esportivo numa praça do município, que tem a sua estrutura guiada prioritariamente a atender uma prova específica, no mesmo local onde ocorrem outras regionais.

O nosso automobilismo já projetou no país e no mundo muitos nomes importantes e, sem nenhum demérito aos outros estados, figuramos como o mais importante neste cenário. Tanto que aqui mesmo se deu a mais tradicional prova de endurance brasileira, a Mil Milhas, e tambem foi aqui que ingressou a Formula 1, onde ainda a prova é realizada. O automobilismo paulista fez muito por merecer a homenagem.

Não tenho conhecimento de homenagem similar na historia desse esporte, e tambem é a primeira vez que ouço dizer que uma categoria foi homenageada, no caso a Divisão 3. Esta, se tornou já uma lenda do esporte e hoje ainda há uma legião de fanáticos que desejam vê-la de volta às pistas. Nas competições de carros de turismo, a Divisão 3 deixou lembranças muito caraterizadas pelos grids onde fuscas, que com muita sorte passavam dos 120 na descida, nas pistas chegavam a impressionantes 215 km/h no final da antiga reta de 900 metros.

Seguem algumas fotos do evento.
(Outras fotos e mais detalhes podem ser encontrados no blog Histórias Que Vivemos, e no Grupo Divisão 3 no Facebook)


Carros de competição expostos na entrada do prédio da Câmara dos Vereadores


Jan Balder - lenda viva do nosso automobilismo, vencedor moral em dupla com Emerson Fittipaldi
das Mil Milhas Brasileiras de 1966, autor do memoravel livro
Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro

Alfredo Guaraná Menezes - veloz piloto de monopostos, que protagonizou grandes
disputas na Super Vê, entre outros com Marcos Troncon.

Bird Clemente - lenda do automobilismo na fase que ficou conhecida como
'nova geração', muito lembrado pela sua particular habilidade de
controlar o carro nas saídas de traseira

Patrícia Pace - filha de José Carlos Pace, uma das nossas grandes promessas na F1,
recebendo homenagem em nome do pai

Anísio Campos - o Barbosa, como é conhecido pelos amigos, é um dos nossos grandes
artistas plásticos, e designer de carroçarias que deixou a sua assinatura no Carcará
veículo recordista do kilometro lançado na categoria 1 Litro, na década de 1960.

Arturo Fernandes - bi-campeão da Divisão 3

Pedro Vitor De Lamare - hábil pilôto muito lembrado pela condução do seu
Opala Divisão 3, um veículo que exigia muita habilidade do pilôto

Roberto da Silva Zullino - mentor e diretor técnico da F-Vee Brazil,
categoria de muito sucesso que já registra a presença de dois pilôtos
egressos do kartismo

Rui Amaral Lemos Jr. - pilôto da Divisão 3, recebeu a sua homenagem e tambem
a homenagem à Categoria Dicisão 3

Nilson Clemente - figura pouco lembrada pelos mais jovens, é irmão de Bird Clemente e seu
contemporâneo nas pistas

Paulo De Melo Gomes - um dos maiores nomes da Stock Car, deu show nas pistas quando
pilotava na chuva. Razão pela qual o seu numeral 22 era citado como
'dois patinhos na lagôa'. Aqui sendo convidado a mostrar a sua performance,
entrevistando Arturo Fernandes

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pietro Fittipaldi – buscando o record do avô?

Emerson e o neto Pietro


(imagem: reprodução Folhapress)

Quem da minha geração não vibrou muito com as vitótias de Emerson Fittipaldi que na sua época tornou-se o mais jovem campeão da maior categoria de automobilismo do mundo, a F1? Quem não torceu para vitórias do seu sobrinho Christian?

Nós e os mais jovens estamos prestes a viver a típica expectativa que surge quando um Fittipaldi larga numa prova da F1. Com apenas 17 anos de idade Pietro Fittipaldi, neto do nosso eternamente celebrado bi-campeão Emerson, apontou a sua carreira para o caminho que o leva à F1. Carlos Slim é o homem que dá o imprescindivel apoio à carreira de Pietro nas etapas antecedentes da F1.

Na matéria do UOL - Fittipaldi celebra ajuda de homem mais rico do mundo para ver neto na F-1 – Emerson Fittipaldi lembra que a trajetória é dificil e que Pietro ainda necessita se adaptar completamente aos monopostos. O garoto apareceu precocemente como campeão da Limited Late Model, uma das divisões da Nascar.

Vamos nos lembrar que estar recebendo o apoio que necessita para atingir o dificil objetivo de ser piloto da F1 não significa que estaremos vendo o jovem Pietro no pódio. Chegar na categoria é muito dificil, como o próprio avô lembra, e ganhar corridas mais dificil ainda. Mas com tão pouca idade e tanto caminho a seguir à sua frente, nada impede que Pietro consiga ingressar na categoria ainda bem jovem, ainda mais considerando-se ser neto de um ex-piloto de grande destaque no meio, condição que sem dúvida vai beneficiar Pietro em diversos sentidos, inclusive o esportivo. Na mente de um jovem desses a ideia de repetir o feito do avô deve estar estampada como uma fotografia. E tempo para isso há. Quem sabe algum dia o Brasil tenha mais uma vez o mais jovem campeão de F1 da história. A história dos Fittipaldis é uma mescla de sucesso e esperanças. Pietro é herdeiro disso e com certeza vai dar tudo de si para ser tão admirado como o seu avô.

Go ahead Pietro.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dupla perda nas pistas – Zamponi e Vanessa Daya




Foi apenas uma questão de horas para que o cenario das competições de velocidade do Brasil multiplicasse o sentimento de tristeza. A semana começou bem mal, e no próximo sábado quando acontece mais uma etapa do Paulista de Velocidade, com certeza haverá citações a respeito.

Na segunda-feira fomos surpreendidos pelo falecimento de Marcus Zamponi, o Zampa, jornalista da velha guarda que passou pela March F1 nos anos 1970, Auto Esporte, Racing, entre outras. Fora uma grande quantidade de textos elogiados, Zampa deixou tambem uma fila de amigos. Falei com esse personagem do jornalismo automotivo apenas uma vez, e faz tanto tempo que nem me lembro quando. No blog do Flavio Gomes uma postagem noticiando a passagem do amigo deixa clara a grande falta que fará no meio.


Nem bem o Zampa subiu para o andar de cima e outro acontecimento tornou o inicio da semana ainda mais triste. A piloto de motovelocidade Vanessa Daya faleceu nessa madrugada no Hospital de Base de Brasília, após as consequencias de um tombo no Domingo no Autodromo Nelson Piquet, na categoria Superbike.

Ontem no perfil do Facebook dela, as mensagens de condolencias foram momentaneamente substituidas por uma esperança quando foi noticiada a confirmação de sinais neurologicos após um exame no final da tarde. Mas a esperança acabou na madrugada dessa quarta-feira. Tinha tão somente 31 anos e como todos os fanaticos da velocidade, com certeza era alguém que vivia intensamente a adrenalina das pistas. Para estas pessoas a vida acontece assim. Para elas a velocidade é vida tambem. Alguem que já vivenciou um acontecimento desses dentro do autodromo, sabe o impacto que causa, sentido como um silencio dificil de descrever. Abaixo uma matéria do Correio Braziliense noticiando o fim de Vanessa.


Tudo isso no ano em que tambem partiu desta para outra o Barão Wilson Fittipaldi, após mais de 9 decadas muito bem vividas. E tambem, para quem não se lembra, neste mesmo ano completaram-se 50 anos da morte de uma das nossas grandes promessas dos anos 1960, Christian Heins. Defintivamente 2013 não será ano de grandes lembranças nas nossas pistas.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Olavo Bilac - o primeiro navalha.

Olavo Bilac

Segurança e acidentes de transito são temas recorrentes da atualidade, mas de forma alguma novidades. O Brasil de hoje registra uma grande quantidade de acidentes todos os dias, e não restam dúvidas que a quantidade de veículos em circulação contribui para aumentar a possibilidade de ocorrencias.

No entanto o registro do primeiro acidente automobilistico nas nossas terras vem de um tempo em que estradas eram nada mais que vias empoeiradas por onde circulavam pessoas e cargas tracionadas a poder ainda da força animal.

Num cenário desses deu-se o primeiro acidente de transito brasileiro. O intrépido navalha foi ninguem menos que o grande poeta Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac. Em 1897 ele dirigia um automovel Serpollet de propriedade do seu amigo José do Patrocínio na Estrada da Tijuca quando, possivelmente por falta de habilidade na lida com a maquina, colidiu com uma arvore à incrivel velocidade de 10 km/h, destruindo o veiculo novinho.

O auto sinistrado era movido por um motor a vapor e foi trazido por José do Patrocinio durante uma viagem a Paris. O fabricante, Léon Serpollet, produziu os seus automoveis até a sua morte em 1907, os quais participaram de competições na França para ‘carruagens sem cavalos’.

O modelo adquirido por José do Patrocinio foi visto anos depois do acidente pelo escritor Coelho Neto que disse ter visto galinhas habitando o que restara do veículo que afinal acabou sendo vendido ao ferro-velho.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Tony Kanaan - um novo rosto no trofeu da 500

Tony Kanaan (imagem: Instagram do IMS)

Tony Kanaan venceu ontem, 26/05/2013, a 500 Milhas de Indianapolis pilotando pela KV Racing e tornou-se o quarto brasileiro a vencer a mais importante prova do calendário americano e uma das mais tradicionais e emocionantes do automobilismo mundial. É mais um compatriota que terá o seu rosto esculpido no famoso troféu e eternizado entre uma fila de famosos que já vivenciaram a mesma glória.

Nas voltas finais era visivel a reação incentivadora do público presente no autodromo. Tony tem uma grande torcida nos Estados Unidos e, conforme a foto do post, brindou o seu público com uma vitória eletrizante e digna de muita festa.

Tony está nas terras de Tio Sam desde 1996 quando ingressou na Indy Lights. Para lá foi e ficou, e deve permanecer assim até o final da sua carreira, evento que a partir de ontem se tornou mais distante. Ao conquistar uma vitoria tão importante no automobilismo mundial, Tony reforça a sua permanencia na categoria com o incontestável argumento de ser um vencedor que batalhou por isso durante muito tempo.

A prova em si foi uma das melhores que já assisti. Havia previsão de chuva mas não durante o transcorrer da prova. Logo no início dois participantes dignos de nota se retiraram da disputa. Hildebrand, que no ano passado teve a incrivel proeza de perder a vitória na ultima curva e tambem a não menos incrivel proeza de chegar em segundo lugar soltando pedaços pela pista. O outro que foi bam mais cêdo para casa foi Takuma Sato, lider do campeonato.

No geral as batidas não foram trágicas e aconteceram poucas. Os carros, de design muito esquisito, andaram o tempo todo muito próximos uns dos outros e a aerodinamica atual mostrou diferenças muito significativas em relação aos antigos carros da categoria. Não apenas andam numa fila indiana uns no vácuo dos outros, como tambem em nenhum momento houve a chance do líder disparar sozinho, como já se viu muitas vezes no passado.

As poucas batidas entraram no cenário que definiu a prova a favor de Kanaan. Faltando 6 voltas para o final Tony havia perdido a liderança quando veio uma bandeira amarela. Restava aguardar a possivelmente ultima relargada e se lançar para uma ultrapassagem na curva hum e depois disso fazer o máximo para assegurar essa posição, E faltando unicamente duas voltas para o final, estando ele na liderança, outra bandeira amarela selou o destino de Kanaan na prova. A situação lembrou a primeira vitoria de Emerson na 500, muito embora Tony nao estivesse envolvido diretamente com a ultima e muito bem vinda yellow flag.

E assim Tony vai fazer compania a Emerson, Gil e Helio na lista das vitórias brasileiras em Indianapolis. E é sempre bom que se lembre que conquistar essa vitória é coisa para poucos.

Parabéns Bom Baiano. Que venham muitas outras mais.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Mestre Joca - uma reverencia à amizade e à simpatia

Blog do Mestre Joca


Se há uma atividade que é capaz de gerar amizades é o esporte. Se há um ambiente esportivo que pode manter pessoas ligadas por um tempo muito longo, esse é o automobilismo. Em torno da paixão pela velocidade, gravitam inúmeros personagens, desde os mais simplórios aos mais exóticos. Dos mais amáveis até os mais antipáticos. Desde seres tão acessíveis como um balconista até estrelas de uma magnitude ainda nao verificada na astronomia.

O automobilismo é um dos maiores circos do mundo esportivo. Circo admirável, é bom que se diga. Nesse meio voce faz amizades, fica sabendo de coisas que nunca foram publicadas, presencia acontecimentos que se tornarão história um dia, e assim por diante.

Não se surpreenda se algum dia voce venha a saber que um blog de um amigo seu virou referenica na internet. Assim foi que numa 'conversa digital' com o Joaquim Lopes, o Mestre Joca, eu disse à ele que o Blog do Mestre Joca já estava até na Wikipedia (aqui - http://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_Automobilismo) . E não é que ele não sabia?

Faz um bom tempo que eu digo que o Blog do Mestre Joca é a melhor referencia do resgate da história do nosso automobilismo no mundo bloguístico. Interessante é a magia que existe em torno das coisas do automobilismo. Quando conheci o Joaquim, pedi a opinião dele sobre qual serviço utilizar para um blog. O meu ainda não tinha nascido e o dele estava nas primeiras postagens. E aí está hoje este blog que já é listado como referencia de consulta.

Ao Joca, meu agradecimento pela amizade e pela simpatia de sempre, sua marca registrada.
Parabéns Joca. Continue firme.

domingo, 17 de março de 2013

Uma nova F1 sem supercampeões.



No primeiro ano sem a presença de Michael Schumacher nas pistas da F1 (dessa vez definitivamente), se configura um momento de expectativa já vivida durante muitos anos em que se especulava quem seria o novo Fangio.

Senna foi essa promessa mas faleceu antes de atingir esse status. Fangio faleceu antes de ver um alemão ganhando campeonatos seguidos, de forma arrasadora. Por sinal lembre-se que o argentino faturou títulos a bordo de uma Mercedes, ao mesmo tempo que os seus records foram batidos décadas depois por um alemão.

A Alemanha de Bernd Rosemeyer e Schumi tem agora Vettel como sua esperança de campeão demolidor. Mas a F1 mudou muito mesmo no correr desses eventos e me pergunto se é possível que alguem ainda consiga no futuro ser um imbatível, um herói no estilo piloto definitivo.

A vitória de Kimi na prova de abertura da temporada 2013 coloca dúvidas sobre qualquer tipo de favoritismo. Kimi retornou à F1 e já começou com uma performance digna de nota para quem ficou muito tempo afastado da categoria mais exigente. Claro, o carro dava condições para disputas nas posições de pódio e Kimi valorizou isso com a sua habilidade indiscutivel.

Alonso chegou poucos segundos atrás seguido da esperança alemã de supercampeão, Sebastian Vettel. A perda da primeira etapa não tem o significado de uma derrota para o alemão veloz. Mas tem o significado de mostrar que caso venha a ser campeão pela quarta vez, Vettel conquistará essa verdadeira distinção com muito mérito. Afinal a primeira corrida mostra a força indiscutivel da Lotus e a condição invegavelmente competitiva da Ferrari.

Não se pode esquecer que essas disputas prometem ser efetivamente entre pilotos. Kimi terminou bem à frente de Grosjean, Alonso 2 posições à frente de Massa, e Vettel igualmente a uma boa distancia de Webber. Hamilton que chegou em quinto na sua primeira corrida na Mercedes terminou na ausencia do seu companheiro Rosberg.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Wilson Fittipaldi - a nobreza do nosso automobilismo perde seu mais importante membro




Se houve nobreza no automobilismo brasileiro, esta perdeu o seu mais importante representante. Faleceu nesta madrugada Wilson Fittipaldi, o Barão, como era conhecido há décadas. Não fosse ele talvez o Brasil não teria o automobilismo glorioso que já tivemos há décadas. Não bastasse ter sido fundador da CBA, a entidade que rege esse esporte, também foi ele quem criou a mais importante prova automobilistica do Brasil, a Mil Milhas Brasileiras. Um evento tão importante no cenário que tinha até um hino. Me desculpe quem discorda mas no computo global eu penso que a Mil Milhas foi mais importante que a F1 no Brasil.

O Barão pilotou, organizou eventos, era radialista e teve a incrivel felicidade de narrar o primeiro título mundial de um brasileiro na F1, justamente o do seu filho Emerson. Tambem é o pai do único brasileiro a ousar ser o dono de uma equipe de F1. Enfim, a família Fittipaldi perdeu o seu maior representante, a raiz de uma história maravilhosa, digna de um documentário.

Tive o prazer de conversar com esse homem em duas oportunidades. Na primeira fui ao kartódromo numa CB400 e num acesso que dava vista para o antigo retão de 900 mts, vi duas motos estacionadas lá no fundo. Era comum naquela época motociclistas pararem as suas motos no mesmo local e daí surgiam as conversas. E qual não foi a minha surpresa ao ver que um deles era o pai do Emerson.

Foi fácil engatar um bate papo. E nem foram necessárias apresentações formais. O Barão era uma pessoa incrivelmente simples. Impressionou a simplicidade, a fala correta e desinibida, a gentileza. Eu estava conversando com o mais importante homem comum do nosso automobilismo, como se conversa com alguem que se conheceu no balcão da padaria. Bem recentemente perguntei dele ao Wilsinho que me disse que estava bem de saúde e com total lucidez. Me chocou saber que Wilson Fittipaldi se foi aos 92 anos de uma vida que daria um livro. A foto foi pinçada do Face de um dos amigos da família Fittipaldi, meu amigo Jan Balder.

Que Deus o tenha e que seja sempre lembrado. A falta será sentida sempre.

Adeus Barão.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Anísio Campos - 80 saberes e alegrias


Anísio Campos, o Barbosa ou Barbosinha como é chamado pelos seus contemporaneos mais chegados comemorou ontem (06/03) 80 primaveras de saber e alegria de vida. Num mundo estressante e estressado como o nosso, são altamente privilegiados os sêres que atingem tal status.

A veia artística colabora muito para o estabelecimento de uma visão de vida que deseja sempre ver horizontes todos os dias e estar constantemente disposto a uma nova tarefa e sempre desejando o surgimento de uma idéia inovadora.

Tenho visto no pouco contato que tenho com artistas, que os mais maduros se sentem mentalmente aptos a tudo que a vida pode lhes proporcionar com impacto positivo nos seus sentimentos, o que tem como consequencia uma expressão rica, seja nas suas artes ou nas suas relações com o mundo.

Anísio é um artista nato que desde a sua infancia já se sentia atraído pelas formas e cores, e que mais tarde aplicou o seu dom profissionalmente em ilustrações. A mente ativa e curiosa fez dessas primeiras oportunidades o desdobramento que o levou a ser o nosso mais incrivel designer de automoveis, entre outras habilidades.

Jamais se limitou a uma forma específica de manifestação artistica e é possivel dizer que é um artista plástico completo. E ama a sua atividade, condição que o leva a estar permanentemente ativo naquilo que mais gosta de fazer na vida.

É uma lenda viva do automobilismo brasileiro e a sua assinatura artistica está presente em genuínas antologias do nosso mundo do automobilismo, sendo as duas passagens mais famosas o Carcará e a Equipe Hollywood. Não foi apenas nas linhas do Carcará que Anísio eternizou o bólido. Era para ser batizado de Arpoador quando numa conversa com Jorge Lettry, por sugestão de Anísio decidiu-se pelo nome do pássaro imponente na época em que estava nas paradas de sucesso a música com o mesmo nome - Carcará.

Na foto (2009), Anísio conta algo das suas ricas passagens no nosso automobilismo ao meu amigo Francisco Stella Jr., meu companheiro de pista no kartismo amador.

Ao todo são 8 décadas de acúmulo de saberes e alegrias de vida.

Parabéns Anísio Campos. Feliz Aniversário.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nelson Piquet - "Motor racing in Brasil is a complete disaster!"



No último sábado uma conversa acabou se tornando um inventário das categorias de automobilismo que acabaram recentemente. No computo pode-se dizer que não sobrou nada. Sim, há por exemplo a Stock Car e a categoria de acesso que terá uma mudança nessa temporada. Mas o formato é o mesmo e o meio também o mesmo. É como estar no mesmo lugar sem alterações.

Tem-se falado muito de uma categoria de monospostos no formato escola. Para os padrões atuais do autmobilismo mundial muitos julgam que um carro desse tipo deveria ter chassi de compositos. Fico com uma dúvida muito grande se isso seria algum tipo de solução. Sinceramente não acredito que ser um carro moderno seja necessariamente o pressuposto de um renascimento do automobilismo monoposto formador.

Ainda no prosseguimento da conversa me perguntaram se eu acreditava no projeto do F-Vee que hoje roda nas nossas pistas. A minha resposta foi a de sempre - acreditei desde o início. Não em função do carro propriamente, muito embora o apelo da categoria seja grande, mas pelo propósito, o formato da categoria. E hoje temos a categoria iniciando outra temporada nos próximos dias, e com mais de 20 carros no grid já há um bom tempo.

Quando Nelson Piquet diz que não temos mais automobilismo, ele está falando nada mais do que a realidade nas palavras de quem chegou no topo saindo de um período em que efetivamente tivemos automobilismo no país. Ou seja, juntando o que resta atualmente pode-se dizer que não temos nada.

A F-Vee cumpre esse papel de uma maneira bem objetiva - colocando carros na pista. São todos amadores e o ideal da categoria não é ser formadora. Mas os pilotos estão lá dentro dos seus carros. É isso que interessa.

Porque? Porque pode gerar desdobramentos. Simples assim.