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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Indy 500 - mais uma donzela no grid de uma prova imprevisivel e antologica


Katherine Legge, inglesa debutante na prova



A Indy 500 desse ano (96a. edição) tem 5 brasileiros no grid, sendo Hélio Castroneves o mais cotado entre eles para um alto desempenho em função da sua experiencia nessa mesma prova. Helinho já venceu tres vezes, a ultima em 2009. A respeito dele deixo aqui o link do blog Autos&Máquinas do meu facefriend de Fortaleza, Roberto Costa


Fazer previsões sobre essa prova com base em historico de pilotos e grid de classificação é totalmente infundado. Tanto é que no ano passado o final foi o mais emocionante que vi até hoje, quando o competente e tambem azarado rookie JR Hildebrand perdeu espetacularmente a vitória batendo na ultima curva, dando-a de bandeja a Dan Wheldon. Hildebrand ainda cruzou a linha de chegada em segundo com o carro destroçado se arrastando na pista pela inércia. Uma cena genuinamente dantesca e que justifica a imprevisibilidade dessa prova tradicional.

Mas não são apenas essas surpresas de fim de prova que determinam quem vence, quem perde. Em todas as edições há quebras, batidas, tudo provocando bandeiras amarelas que deixam o cenário indefinido nessas horas por conta de um re-start onde o ponteiro começa tudo de novo a partir dali. Isso sem falar do clima que naquelas condições de prova impede totalmente a realização na chuva.

Portanto, esperar uma vitória ou qualquer coisa espetacular do rookie Rubens Barrichello é pedir demais no presente momento da sua carreira. Numa prova de mais de duas horas de duração em contínua velocidade alta, acima dos 300, muita coisa é imprescindivel inclusive a sorte de ter tempo para desviar de alguem que bata na sua frente.

A favor de Rubens há alguns pontos a considerar. Ele não interrompeu a sua carreira, apenas mudou de categoria e portanto continua em atividade, pura e simplesmente. Está em ótima forma física, um determinante de bom desempenho nas voltas finais depois de horas de tensão e concentração máxima. É inegavelmente um piloto de tocada muito precisa, coisa que tem um valor insubstituivel nessa corrida. Acelera o motor que ocupa as duas primeiras filas sem concorrentes ao lado, o Mercedes.

Contra ele a inexperiencia nessa prova específica e uma fase de adaptação com os pneus. Também, será a primeira largada dele nessa prova, e isso ele só vai saber como é no dia 27 de Maio, após ouvir o tradicional “Ladies and Gentlemen, start your engines” pronunciado num bom ingles, ao contrário do que se dá por aqui nas nossas bandas abaixo do Equador.

A Rubens interessa terminar e se possivel em boa colocação, mesmo que não vença, e na sequencia disso somar pontos no campeonato no ano de estréia. Isso põe a carreira dele nos Estados Unidos em condição de natural continuidade.

Outros chamam atenção no grid. Um deles James Hinchcliffe, terceiro colocado no campeonato, alinhado na segunda posição, atualmente no seu segundo ano na categoria. Na pole Ryan Briscoe que nunca terminou bem essa prova e é companheiro de equipe de Helinho. Ryan Hunter-Reay, um piloto sem brilho apesar das tres vitorias que tem na categoria.

Na segunda fila Marco Andretti ao lado do líder do campeoanto, Will Power. Até aqui nenhum desses venceu a prova durante a carreira, feito alcançado tres vezes por Helio Castroneves que aparece nessa mesma fila na sexta colocação.

Um pouco mais atrás desses merecem destaque Rubens na sua primeira participação e Bia Figueiredo, esta tambem acelerando Chevrolet e tendo justamente Rubens à sua frente no grid. Quase no fim do grid mais uma mulher entra nas estatísitcas da lendária prova, a inglesa Katherine Legge na sua primeira participação. Seu companheiro de equipe é Sébastien Bourdais que já pilotou tambem na F1 na Toro Rosso.

Mas quem chama atenção pra valer são Simona de Silvestro e Jean Alesi, este na sua primeira participação na Indy depois de anos sem pilotar monopostos e já se aproximando dos 50 anos de idade. Mas não é a idade dele nem dela que chama atenção mas o desempenho lamentável dos carros que guiam. Simona (e tambem Bryan Clauson, ao seu lado) registrou uma média 12 km/h mais lenta que o ponteiro. Alesi é o lanterna com mais de 16 km/h mais lento que o pole. Uma diferença que faz deles os equivalentes da HRT na F1. E tambem os coloca na condição dificilima de estarem pilotando continuamente com os olhos no retrovisor. Não sei se chegariam ao final da prova mas se conseguirem isso representará um verdadeiro alívio para eles.

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