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domingo, 29 de abril de 2012

Formula Vee Brazil - A participação do Amigos Velozes neste projeto (4)




Eduardo Monis - o parteiro de uma lenda renascida

Para que entendam os totalmente leigos dos sistemas de engenharia, eu empreguei nesse projeto um pacote de design e manufatura industrial que é conhecido como cadcam. É um ambiente computacional capaz de criar um modelo virtual em 3 dimensões tal que, possa ser girado no ambiente de trabalho tal e qual voce faz com um objeto físico na sua mão. Esse sólido é a raiz de todo o processo dos softwares dessa categoria. Um dos resultados que se obtem depois de criado o solido é a criação de plantas 2D (desenhos) com medidas. Ou seja, os desenhos são extraídos do modelo 3D.

É fácil entender que uma coisa é representar linhas num plano bi-dimensional que expressem uma vista do objeto, e outra deixar que o próprio sistema faça isso tendo como base um objeto virtual no espaço. Porem é preciso levar em conta que há necessidade de conhecimento específico do software em uso e tambem conhecimento fundamental da atividade. Como se trata de uma ferramenta de produtividade integrada, ao se realizar alguma modificação no solido 3D, dita modificação se propaga para as plantas 2D. E assim a obtenção dos desenhos é muito dinamica e precisa.

Formula Vee Brazil - A participação do Amigos Velozes neste projeto (3)



Quem vai fabricar o que??? - uma peregrinação

Colocar as coisas no papel não é tão dificil. Fazer sentido em todos os aspectos aí é obra de quem está interessado em levar o projeto adiante. O Brasil, classicamente é um país onde o artesanato industrial proliferou mesmo depois da industrialização em larga escala da nossa economia. Mas ultimamente tudo que se refere a qualquer nível de produção industrial tem um custo comumente direcionado para as grandes corporações. É com uma dose razoável de tristeza que vejo pequenos negocios minguarem ante a grande dificuldade de competição no mercado industrial.

Portanto, encontrar alguem com pequena estrutura que esteja disposto a fabricar unidades, no nosso caso um chassi tubular, não é nada fácil. Alem disso voce não vai encontrar no mesmo lugar tudo que quer. A minha participação estava restrita ao design do chassi mas isso é apenas um item, embora importantissimo. Há outros mais que deveriam ser fabricados ou adaptados.

A categoria estava e continua nas mãos de Roberto Zullino e Joaquim Lopes. Aliás que não se esqueça a importante atuação de Joaquim Lopes nesse projeto. É de autoria dele o regulamento da categoria. Para quem pensa que regulamento é algo que se escreve na frente do computador numa tarde de paz, é melhor repensar o conceito. Não é nada simples redigir um regulamento adequado às condições da categoria. Na essencia isso vem a ser o instrumento que define a categoria como um todo. Claro que questões comerciais e marketing são outra etapa, mas isso se concretiza sob a linha de guia de um regulamento. E não apenas isso, os custos tambem devem ser levados em consideração e a proposta era de categoria acessível.

Por exemplo, para uma prova de uma hora usa-se o dobro de combustivel de uma prova de meia hora e assim o tanque deve ser maior e o peso cresce. E assim por diante.

Formula Vee Brazil - A participação do Amigos Velozes neste projeto (2)



Mãos na massa (e no mouse)

Não tenho bem certeza mas me parece ter sido no mes de Novembro que houve uma reunião em Interlagos da qual participei. O grupo marcou encontro lá para discutir as providencias iniciais para a construção do primeiro F-Vee.

Não me lembro quantos eram os integrantes da dita reunião mas vou arriscar que eram 10. Entre eles estavam Joaquim Lopes, Roberto Zullino e Claudio Ceregatti. Na verdade a reunião foi suficientemente tranquila para que tudo pudesse prosseguir de uma forma não tão ansiosa. Mas grupos de apaixonados são típicos por reunir mais cabeças do que braços. Não quero depor negativamente em relação ao grupo mas a paixão pode se revelar como um tipo de freio. Às vezes grupos bem reduzidos funcionam muito melhor.

Saímos da reunião crentes de que estava nascendo uma nova Formule Vê. E de fato era isso sim que acontecia, mas antes de se tornar realidade algumas coisas precisaram acontecer na sequencia. Deixei claro que a minha única possibilidade de colaborar seria com o design de uma carenagem no computador, já que o meu conhecimento na vivencia industrial me permitiria isso.

Formula Vee Brazil - A participação do Amigos Velozes neste projeto (1)




A força da comunicação dos blogs - um instrumento muito útil

O Amigos Velozes nunca publicou mas tenho um envolvimento na fase inicial da criação do Naja F-Vee. E isso se deve muito a este bloguinho que iniciei em 2009. Eu me sinto particularmente feliz por ter me envolvido alguma vez com o automobilismo, de forma direta mesmo que não fosse pilotando. Muitas crianças da minha geração ficaram fascinadas ao ver carros roncando seus motores em alta velocidade na pista de Interlagos e eu fui um deles. Me lembro da primeira vez em que fui ver uma corrida com o meu pai, no tempo em que andavam nas pistas Gordinis e DKW´s, e tambem no tempo em que voce poderia ver uma corrida dessas do lado de fora da pista. Saudade desse tempo em que o traçado era o antigo e podia ser visto de longe. Aliás naquela época podia ser ouvido de longe pois não havia esse mar de prédios da atualidade.

Quando os blogs começaram a ganhar muito espaço na internet eu comentei muitas vezes no blog do jornalista Flavio Gomes. E lá vi muitas vezes o comentário do primeiro blogueiro dessa turma que eu conheci pessoalmente, o Mestre Joca, que se não me falha a memória assinou alguns comentários como Mestre Joa.

E acho que foi no final de 2008 que um dia conheci o Joaquim Lopes na lanchonete do autodromo. Eu estava tomando novamente o gosto de ir à pista pois um amigo meu já corria nessa época na Classic Cup, o Carlos Braz que estreou na categoria com um DKW amarelo que eu vi sendo preparado para a pista.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Interlagos - apertem os cintos, o público sumiu!!!

O público sumiu de Interlagos há muito tempo e isso é um péssimo sinal. As razões são inúmeras e não compensa fazer aqui um discurso porque isso jamais traria o público de volta.

Mas não sumiu apenas o público do nosso automobilismo. Sumiram outras coisas importantes que podem até trazer o público de volta. Entre elas a competencia e a gestão profissional aparentemente estão entre os fatores de destaque nesse caso.

Antes de mais nada, leiam o texto desse post do meu amigo Rui Amaral Lemos Jr., que já foi piloto e provavelmente ainda não tinha uma avaliação concreta do que é atualmente ser público num autódromo administrado por prefeituras burras, porcas e imbecis como as de São Paulo.

VERGONHA!

Apenas para não esquecer, quero lembrar ao Martin Whitmarsh que se ele considera o Bahrain menos perigoso que o Brasil, é porque não experimentou mijar nos banheiros que nos são destinados às custas de ingressos absurdos que pagam entre outras coisas banheiros limpinhos e exclusivos para eles. Sim, nós pagamos para que eles possam mijar confortavelmente.

Se voce monta um cenário para mostrar nas cameras de tv um espetáculo bonito, com muitas cores e mocinhas balançando a bunda com shortinhos diminutos, isso não é pretexto para dizer que o organizador é profissional. Ele é profissional quando tudo o que está envolvido com o espetáculo funciona a contento e tambem não restam gambiarras, sujeira, desordem na área do espetáculo que não fará parte da programação propriamente dita.

Imagine que voce vá ao teatro municipal e não pode entrar no banheiro porque ele está sem condições de uso. Claro que voce nao vai querer voltar lá e vai xingar o efetivo responsável por isso - a Prefeitura.

É sabido que aqui no Brasil o público é bem vindo apenas para comparecer e ver e em muitos casos isso significa maquiar tudo, o que por consequencia significa falta de respeito por aquele que se quer atrair para um espetáculo.

E no autodromo de Interlagos a coisa segue o mesmo padrão e os responsáveis são os mesmos. Pergunto como querem levar público de volta às arquibancadas se nem ao menos urinar podem por não terem banheiros à disposição?

E é óbvio argumentar que é falta de competencia e profissionalismo pois nos dias (todos) em que vejo a arquibancada largada às moscas, vejo tambem pessoas limpando as cadeiras das cobertas. E se podem limpar cadeiras podem abrir e limpar banheiros tambem. Isso nem dá pra questionar.

Pensando bem acho que na falta de banheiros o público poderia mijar nas cabeças de quem nega uma coisa tão básica como um banheiro ao público de um autodromo municipal.

Aliás, não é mesmo neste ano que teremos eleições para prefeito????

quarta-feira, 18 de abril de 2012

F-Futuro - o passado chegou a galope

Pois é, a categoria Formula Futuro que teve a imagem de Massa como o apelo promocional já é a partir de agora passado da história do nosso automobilismo, conforme consta nessa notícia da Folha - Campeonato apadrinhado por Massa acaba por falta de apoio

É comum no automobilismo brasileiro os narizes torcerem quando surge alguma novidade nas pistas. Sempre há uma certa desconfinça em relação à capacidade dos diversos projetos amadurecerem. É preciso público na própria categoria e dinheiro, bastante dinheiro.

Público interessado em pilotar e montar equipes tem mais que suficiente. Dinheiro já é outra coisa. Sim, há ricaços aos montes no Brasil com dinheiro suficiente para manter o filho num campeonato de automobilismo. Mas não sei quantos desses filhos querem realmente ser profissionais de competição. Há uma grande diferença entre ir para a pista pilotar e mostrar fotos e resultados para os amigos e se enfiar embaixo do carro, saindo de lá sujo até a sombrancelha para aprender o quanto puder da maquina.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Maura Barbosa - meu agradecimento à pessoa que mais quis me ver feliz na vida

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Desde a minha adolescencia eu pratico esportes, ainda não parei e não vou parar por enquanto. Meus pais sempre me incentivara desde aquela época e sentiam-se orgulhosos e satisfeitos de ver que mesmo depois de muito tempo passado eu ainda não desistia, mesmo que a minha pratica tenha sido essencialmente amadora.

O esporte sempre representou uma ferramenta de manutenção da minha motivação e equilibrio. O meu bem estar está baseado na pratica frequente de atividade esportiva. Isso significa algum tipo de renuncia a outras atividades.

No vídeo cito o ano de 2010 quando na verdade foi em 2009 que num a conversa com a minha mãe disse a ela que iria pilotar novamente pois eu sentia muita falta de atividade esportiva. Na verdade ela gostou da minha atitude pois ela própria tinha vontade de me ver fazendo o que gostava. Ela tambem se alegrou com os meus relatos, muito embora algumas vezes tenham sido de resultados muito ruins.

Enfim, o que está por trás disso são valores pessoais e amor familiar. Estou convicto de que tanto a pratica do kartismo como a do atletismo foram duas coisas que impressionaram a minha mãe positivamente, fazendo-a inclusive sorrir diversas vezes.

No vídeo do post faço a ela o agradecimento mais cabível dentro da sua forma de vida e convicções. É o que eu tenho certeza que ela gostaria de ouvir de mim.

sábado, 14 de abril de 2012

Martin Whitmarsh - o Brasil é mais perigoso que o Bahrain

Isso mesmo, é assim que pensa o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh. Na opinião dele apesar da situação no Bahrain, não acredita que se corra mais riscos lá do que no Brasil.

(ps. fiz uma confusão danada com o nome - confundi o  Whitmarsh com o Peter Windsor. é apenas uma questão de W´s)

As declarações dele podem ser lidas neste link - Bahrain holds no fear for Whitmarsh

Acho uma pena que essas realidades sejam veiculadas mundo a fora ao mesmo tempo que os nossos governos na prática não façam nada contra a criminalidade no país. Uma eleição após a outra se fala de criminalidade e esta apenas aumenta sem parar. E tanto é fato que aumenta que isso é de conhecimento público fora do país da parte de pessoas que viajam para cá com frequencia. Os culpados somos nós mesmos e isso não é possivel negar.

Na comunidade brasileira de culpados entram diversos grupos como por exemplo o judiciário e os ativistas engravatados de esquerda, sem contar políticos e mais um monte de gente que nem seria possivel listar as suas origens e participações no processo. A criminalidade não se resolve no Brasil porque é uma das nossas grandes indústrias. Basta imaginar o que pode significar de faturamento os seguros de automoveis, residenciais, comerciais, blindagens de todos os tipos, alarmes de todos os preços e para todo tipo de proteção, vigias de rua que nunca podem e jamais poderão fazer algo, flanelinhas que são um custo social do oportunismo, e por aí vai. Como sempre digo, resolva o crime no Brasil e vai ter muita gente indo à falencia e perdendo emprego. O crime aqui já se tornou uma necessidade. Ah, me esqueci das compras superfaturadas em presidios e cadeias, que eventualmente acabam indo parar no noticiário.

Mas vamos com calma porque não quero alçar alguem às alturas do céu porque crucifiquei a nossa indolencia e conivencia. A Formula 1 tambem não é nem nunca será flor que se cheire e o odor agrade. Na verdade a F1 é igualmente podre. Será que existe algum maluco que vai negar que não há lavagem de dinheiro e tráfico de influencia na F1? Se aparecer alguem com essa intenção é melhor manda-lo para o manicomio imediatamente. A F1 tem tanta força que conseguiu destruir um dos melhores autodromos do mundo, Interlagos, e tambem está acima de outros poderes bem maiores que gostariam que ela não estivesse presente na proxima corrida do Bahrain.

Alguem aí já ouviu falar de algum caso de corrupção na F1? Sim, eu já ouvi e de fonte crível. Tambem a F1 não é exemplo de conduta para ninguem no planeta, é apenas exemplo de supremacia e tambem de costumes questionaveis. É muito bem sabido que os prostibulos de luxo de São Paulo são frequentados por gente da F1 que aqui chega nos finais de semana do GP do Brasil. E consta que gastam uma soma de fazer inveja. E sabe-se há muitos anos que circulam protitutas no autodromo de Interlagos durante a F1.

Ainda no ambito do comportamento já caiu no esquecimento, perdoado pelo glamour midiático global, o senhor chicote Max Mosley. Ele teve que pedir desculpas pela imagem podre que passou a um mundo de espectadores que o viam como um homem sério, dirigente, de conduta sóbria. Apareceu aos olhos do público como pervertido subserviente de fantasias nazistas.

Enfim, quero dizer com isso que Martin Whitmarsh tem saber para fazer as colocações que fez mas lhe falta alguma autoridade porque vive dentro de um meio tão podre quanto a nossa criminalidade. A F1 não produz nenhuma coisa útil para ninguem e nem os seus desenvolvimentos tecnologicos podem mais ser aplicados na industria automotiva. A F1 é um palco, um show de hipocrisia que alcançou um poder acima do que se pode considerar saudavel.

Ainda penso que do jeito que ficou o automobilismo brasileiro o melhor negocio é não termos mais F1. Pergunto que pilotos nós estamos formando aqui afim de seguirem carreira até a F1? Nem temos mais ambiente para isso. Nossos pilotos precisam ir para a europa já quando deixam o kartismo. Então que falta nos fará a F1 no Brasil? No meu entender nenhuma, ainda mais considerando-se que hoje temos tv a cabo.

Aí me diriam ‘Zé mas para onde vai um piloto brasileiro nessas condições?’
Estados Unidos. O Helinho é um exemplo entre outros mais.
‘Ah mas lá não é F1‘
E daí? Qual o problema?

O problema é que a F1 se tornou um tipo de vício dos espectadores, nada mais. Um bloqueio mental apenas. É bonito ver e analisar uma corrida de F1? Sim, é claro que é. Mas a F1 é a única forma de automobilismo? Não, claro que não.

Só para não esquecer, outro dia eu comentei no autodromo que todo o dinheiro que foi gasto reformando e destruindo o nosso belo Interlagos desde que a F1 veio para cá, seria suficiente e com muita sobra para terem desapropriado a favela lá depois da curva 3 e criar ali uma área de logistica da categoria e um túnel de acesso. E assim haveria espaço suficiente para toda a tralha do circo atual e ainda de quebra se daria a várias familias um dinheiro que não conseguiriam nunca nos seus casebres. Assim poderia ter sido idealizado um projeto diferente de modificação do autodromo de forma que atendesse às necessidades da F1 mas não sepultasse o nosso maior ícone das pistas brasileiras.

Lamento pensar assim mas se o Brasil é inseguro a F1 é podre o suficiente para não ter moral para criticar. E para ser honesto espero que o GP do Bahrain seja um fracasso histórico muito embora eu tenha consciencia de que a possibilidade de isso se dar é praticamente nula.
Ao Martin Whitmarsh eu citaria um velho ditado cá das nossas bandas criminosas e inseguras: ‘Dize-me com quem andas e te direi quem és!’

Nico - novo herói da Mercedes

Sim, ao menos por enquanto Nico Rosberg é o novo herói da equipe de F1 que marcou o nome na história desse esporte de forma muito intensa em meio a glórias e tristezas. A Mercedes não entra em uma briga se não for para disputar a sério. Fez gato e sapato no Mundial de Sport Protótipos no final da década de 80 em associação com Peter Sauber. Agora como equipe disputando o título de construtores já é clara pedra no sapato das mais velozes concorrentes e está dando uma poeira impiedosa na equipe campeã de 2011, a Red Bull.

A Mercedes retornou à F1 na década de 90 como fornecedora, e agora como contrutora briga por pequenas diferenças com os seus próprios clientes na categoria. Isso sugere um plano de longo prazo que objetiva claramente um retorno triunfal à categoria. A contratação do alemão Schumi foi objeto de críticas da parte de muitos que o consideravam um aposentado que deveria jogar golfe beneficente ou qualquer outra coisa desprovida da emoção da velocidade.

A posição do alemão na equipe é claramente de membro ativo do desenvolvimento do carro. Pelo que se vê cumpriu, e muito bem diga-se de passagem, a sua tarefa. Embora tenha ficado 0,5s atrás do companheiro Nico no qualify para o GP da China, igualou o tempo de Hamilton, que por sinal utiliza o mesmo motor.

Por conta da punição de Hamilton, Schumi larga em segundo e tem a sua chance de ser um histórico escudeiro de alto nível e assim trabalhar pela primeira vitória da equipe e do seu companheiro Nico na F1.

Nem a Mercedes nem o alemão estão lá para brincadeira, ou diversão como muitos disseram a respeito de Schumi. O objetivo é ganhar e farão o que for possível por isso e mais ainda. Caso Nico confirme na prova a performance da classificação, será o novo herói da já gloriosa estrela alemã nas competições.

Apenas para não esquecer de nada muito significativo, Kimi Raikonnen que retornou à categoria nesse ano, vem um pouco atrás acelerando um motor Renault, exatamente uma posição atrás de Kobayashi acelerando um Ferrari. Uma bela performance desses dois. Entre um e outro acredito mais na experiencia de Kimi. E quanto ao seu carro e a sua performance, é claro que deixou evidente que o problema da equipe Ferrari é um projeto deficiente pois motor na prática não falta.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tchê - Histórias que eu gosto de contar: Silvano Pozzi

Tchê

Tchê, como é conhecido o preparador de motores de kart Lúcio Pascual Gascòn, é um técnico de motores que dispensa comentários. A lista de pilotos para os quais preparou motores de competição é longa e inclui o maiores nomes do kartismo brasileiro. Como pessoa é um típico espanhol de personalidade forte, convicto das suas idéias, e capaz de manifestar da forma mais sutil as emoções ao lembrar de fatos e pessoas que fizeram parte da sua vida no Brasil.

É uma personalidade que mistura de forma bem equilibrada a rudeza do trabalho dentro de uma oficina de motores com a típica forma de ser dos europeus da velha guarda. Reservado mas receptivo às novas amizades, o espanhol que aportou aqui em 1960 está totalmente adaptado à vida no Brasil, mas nem por isso esquece as suas raízes e os amigos que fez durante a vida.

Diferente dos gestos comuns e padronizados da nossa sociedade atual, Tchê tem uma coisa na sua personalidade que não sei explicar. Ele fala com os olhos. Quando está falando de alguém, seja amigo, familiar, piloto ou qualquer outra pessoa que tenha importância na sua história, o olhar deixa claro que aquele momento da conversa é significativo.

E por isso mesmo a história escolhida para contar foi a sua relação com uma pessoa que há muitos anos foi referencia na preparação de motores em São Paulo. Tchê vai falar de Silvano Pozzi, pessoa a quem ele rende admiração e respeito. Foi justamente com Silvano que Tchê se desenvolveu naquilo que mais sabe fazer.

Enquanto a idade se manifesta nas rugas, a cabeça está plena de atividade, pronta para o próximo ato. No começo da conversa quando manifestei a minha dúvida sobre um título, Tchê disparou a resposta tão rápido como uma largada nas pistas: Histórias que eu gosto de contar. Bem sugestivo, típico de uma mente ativa.

Vamos então tomar conhecimento das suas histórias.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Facebook - mais perigoso que governos e traficantes

O mundo virtual está cada vez mais assemelhado a um Big Brother (o filme, que fique bem claro), a um ponto tal que já é caso de desconfiança. Históricamente a igreja fez o papel de parceiro controlador dos governos. E hoje tenho a impressão de que essa função foi delegada a uma diocese mundial digital. Cresce sem parar o transito de dados pessoais e o galopante numero de spam´s que recebemos diariamente nos nossos email´s é apenas uma amostra grátis da intenção de se extinguir totalmente a nossa privacidade.

Por exemplo, me incomoda muito receber chamadas de empresas de marketing me oferecendo coisas que nunca quero adquirir. Me incomoda porque do meu ponto de vista eles não têm o meu telefone porque o meu telefone é uma informação minha que eu forneço a quem quizer. E assim alguem de quem jamais ouvi falar na vida aparece do outro lado da linha falando comigo como se me conhecesse e entendendo que devo acreditar em quem está do outro lado pelo simples fato de que essa pessoa diz ser fulano de tal lugar. Ou seja, parte-se da premissa de que devo acreditar em quem ele é mas por incrivel que pareça ele não acredita em nada que eu diga, seja lá o que for.

O Facebook segue uma norma de relacionamento que se assemelha a essa, com o agravante de ser um gigantesco depósito de informações pessoais que habitualmente fornecemos apenas a algumas pessoas. Atualmente o Facebook tem informações pessoais de um número de pessoas maior que a população brasileira. É poder demais na mão de um só.

No último sábado estava conectado na minha conta no Facebook e postei o link da matéria anterior deste blog. Então fui desconectado do sistema e no login seguinte o Facebook me diz que a minha conta foi bloqueada temporáriamente e que eu deveria seguir uma rotina de verificação. Continuei e logo em seguida foi solicitado o meu celular para envio de codigo de ativação. Não gostei mas forneci e recebi o dito código. Inseri e não reativou a conta.