Em todos os meios se encontram pessoas cheias de soberba, emsimesmadas, que pensam ser a maior maravilha do século. Tenho dois blogs, infelizmente pouco alimentados porque não tenho mais o tempo que tinha para escrever. Gosto de escrever e adorei mesmo a idéia de me aventurar na blogesfera, acho uma delícia. Mas não vivo disso, não sou profissional e, principalmente, ao contrário do que alguns me afirmaram de forma muito gentil eu não sou jornalista. Mas isso é de menor importância, o que importa é que faço uma coisa que gosto e que algumas pessoas também gostam, ou seja pelo prazer apenas.
E nessa situação de escrever, de me comunicar na internet, fui conhecendo pessôas e aprendendo um pouco mais do que eu esperava. Se há dois meios onde eu fiz amigos muito legais, esses foram o kartismo e o automobilismo. Estou sendo profundamente honesto quando digo que a quase totalidade das amizades que fiz são ótimas.
Mas habitualmente temos a esperança meio utópica de nos conectarmos a um meio onde tudo correrá às mil maravilhas. E aí podemos eventualmente nos decepcionar com alguns do meio. É preciso considerar que nada é absoluto ou perfeito. Por exemplo, no kartismo amador, uma pessôa muito conhecida no meio tem uma verdadeira aversão à mim por conta de uma antiga diferença nossa. Mesmo tendo razões de sobra, comprováveis e sustentáveis, para ter me indisposto com o dito cidadão, um dia o procurei afim de propor uma pauta que sei que poderia ser interessante para nós. Claro, um sujeito arrogante e cheio de si como ele é, que adora um holofote como nunca vi em outra pessôa, e que ainda por cima mostra que qualquer contrariedade é motivo para caras feias, não iria dar a menor atenção à uma iniciativa minha de retomar um contato. Dane-se, não faço a mínima questão desses tipos.
Para ser honesto, achei excelente isso. Porque o iluminado em questão não sabe que chegou aos meus ouvidos, atravéz de um amigo comum, que ele me metia o pau pelas costas ao mesmo tempo em que eu dele nada falava. Ou seja, é mau caráter sim. E para ficar um pouco pior ainda, um dia fiquei sem entender quando ele questionou o meu caráter no kartódromo e por conta de uma situação suposta, que nem ao menos havia se configurado. Um pré-julgamento digno de um adolescente metido. Enfim, alem de efetivamente mau caráter é arrogante, daquele tipo que se vê no topo da escala social. Fazer o que? Prefiro francamente entender essas coisas assim do que nunca saber com quem lido. Às favas esse moleque mal criado.
Mas no automobilismo há um outro do mesmo tipo. E curiosamente isso me fez entender que nesse meio existe um tipo de ciumeira muito característica, uma coisa, digamos, original. Um dia eu notei que essa pessoa, que me conhece pessoalmente, que sabe de quem sou amigo, que sabe o que faço no autódromo (encontrar amigos), e que sabe mais um monte de coisas, de um momento para o outro resolveu me tratar com descaso público. Na frente de amigos meus que ele sabe quem são, fez que não me viu numa rodinha. É óbvio, ele quiz mostrar naquela hora que é superior à mim, que não fala com um qualquer como eu. Eu não tenho carro de corrida ou kart próprio, então por isso sou uma pessôa de categoria inferior. É como dizer “voce não é da minha turma, não falo com gente como você”.
Eu achei aquilo muito estranho porque não conseguia entender o que eu poderia ter feito para ser tratado assim por uma pessoa que até pouco tempo antes me cumprimentava normalmente e até sorria. Para ser muito honesto eu nunca entendi a razão disso integralmente. Então, um dia resolvi tirar a prova dos nove. Nesse ano no autódromo, encontrei a figura ao lado de um amigo meu. Quando me aproximei cumprimentei imediatamente o nosso amigo comum, que retribuiu com a gentileza de sempre. Então após um minutinho para ter uma chance fui cumprimentar o esquisito superior e lhe dei um tapinha nas costas, desses que voce dá quando não vê a pessôa há muito tempo. E ele nem se virou para ver quem era. Porque ele sabia quem era. Então entendi que realmente a questão era uma discriminação comigo cujas razões particulares do cara não me interessam.
E como já acompanhava essas reações dele e os papos e o jeito dele com outras pessoas, pude compreender fácilmente que ele vivencia uma panelinha que ele mesmo quer formar e controlar, na qual ele aparece mesmo que nao tenha nada a dizer de mais significativo. Ele é uma pessôa que muitos conhecem e por isso acha que não tem necessidade de ser simpático com ninguem. Na verdade eu acho a mesma coisa, sou simpático se quero ou não. O que eu não costumo fazer é ser simpático num dia e antipático no outro sem absolutamente nenhuma razão plausível da outra parte. Sem nenhum motivador justificável.
No caso dele eu sei do que se trata. É o ego. Caras que pilotam e que conseguiram adquirir algum nível de exposição da sua pessoa, em alguns casos enchem o ego de uma forma irreconhecível. Passa a ser um cara arrogante que não se mistura com o que ele considera qualquer um. Isso não é aquilo que costumo chamar de ser humano, ao menos não um do tipo decente.
Enfim, o que quero dizer com isso é que esse meio das competições de velocidade, seja lá que categoria for, sempre tem alguem do tipo ‘não me toque porque eu sou melhor que voce’. Alguem que se acha a maior maravilha do planeta mas que na verdade não é nada disso, é sim falso como esse último aqui citado. O primeiro sim, deixou claro para mim que é falso mesmo quando falou mundos e fundos pelas minhas costas. Um autentico mau carater. Mas fora isso é também do tipo adolescente não confiável que vai tomar alguma atitude se apenas se sentir contrariado, coisa que na ótica dele é inadmissível. Melhor mesmo se afastar disso.
Nos dois casos chamaria de pobreza de espírito. Sim, lamentávelmente no automobilismo e no kartismo também há pobreza de espírito. Ainda bem que até o momento encontrei só dois exemplares dessa espécie involuída. Os outros que eu conheço são alguns dos melhores amigos que já tive. E a principal razão disso é que eles me tratam muito bem. Por muito bem entenda-se de maneira mais cordial possível, sem exageros, excessos, falsidades. Me tratam como aquilo que eu sou - gente.