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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bom fim de ano à todos. Nos vemos em 2012, um ano que deverá ser bem melhor.


O final deste ano está sendo para o editor deste bloguinho um tipo de espera pela finalização. Quero dizer que, habitualmente aguardamos o fim de ano com uma certa expectativa pela alegria dos festejos. No entanto a vida pode mudar um pouco de rumo sem prévio aviso e o que seria uma festa pode acabar sendo uma ansiedade para que tudo passe e se esqueçam alguns incomodos do ano que está chegando ao final.

Desde Outubro deste ano que não tenho mais tempo para postar absolutamente nada por conta de problemas de saúde na família. Uma situação que gerou uma tal demanda na minha vida que mal dá tempo de me informar do que acontece. Por exemplo, as minhas costumeiras postagens de F1 sumiram porque nem as corridas eu consegui assistir. Estou envolvido com demandas das quais que não tenho como me afastar.

Para mim mesmo espero que no ano que vai se iniciar eu esqueça algumas tristezas que estou passando e que tenha uma vida melhor, mais produtiva, equilibrada e alegre. Lamentávelmente o meu esporte mais amado, o kartismo, vai se tornar nada mais que uma lembrança. Talvez tenha algum encontro esporádico nas pistas com os meus amigos, nada mais.

Nesse caso quero fazer um agradecimento pela amizade com a qual contei, dos meus amigos do Kart São Paulo onde nem tive condições de finalizar o meu campeonato desse ano. Nem na ultima corrida, de confraternização, eu pude comparecer. Quem sabe algum dia eu tenha uma chance de voltar para o kartismo mesmo que seja apenas para estar entre os meus amigos.

Apesar do ano incrivelmente difícil, devo ter uma oportunidade de agradecer aos meus eventuais visitantes, e desejar à todos um Feliz Natal e um ano de 2012 muito melhor do que este que está para finalizar. Estou com o franco sentimento de que 2012 será sim um ano melhor para todos, não apenas para mim. No ano que vem estaremos aqui novamente.

Feliz Natal

Feliz 2012

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Webber ganha em Interlagos contra a caixa de mudanças ‘alegórica’ do campeão Vettel

Como eu esperava a última corrida do campeonato de F1 foi mais uma festa que uma corrida. Mas foi interessante e teve momentos emocionantes, dignos de um encerramento de temporada. Pra variar o alemãozinho veloz, Sebastian Vettel, fez outra pole position e largou muito bem abrindo rápidamente dos outros participantes.

Aliás, nesse ponto Interlagos é a pista ideal para mostrar as diferenças entre as equipes e pilotos. Já na primeira volta a distancia entre o ponteiro e o último colocado deu a impressão de ser entre o S do Senna e a Junção. A tv não mostrou isso específicamente mas pelo tamanho da fila deu a entender que era essa a diferença.

A F1 do passado, que costumamos reverenciar continuamente, mostrava diferenças grandes em certas ocasiões. Mas atualmente elas são também constantes. Ou seja, não vejo nenhuma possibilidade das nanicas conseguirem encostar nas da frente, ainda que isso signifique andarem atrás delas.

Vettel e Webber, os pilotos dos dois melhores carros da temporada, tiveram tudo para manter o ritmo mais forte da prova. Mas o que não colou de forma alguma foi o problema de câmbio do carro de Vettel. As comunicações da equipe deixaram claro que pediram para ele mudar a faixa de troca das marchas num tipo de carro onde o que se busca é sempre o aproveitamento total. Assim, Vettel em um determinado momento abriu literalmente para Webber, e este pôde conquistar então a sua única vitória na temporada. O que fica estranho é que mesmo com o dito problema na caixa de mudanças Vettel conseguiu manter um ritmo forte o suficiente para não ser alcançado com facilidade pelos demais. Gostaria de encontrar alguem que me convencesse de que uma Red Bull com problemas na caixa de marchas ainda anda mais rápido que McLaren´s e Ferrari´s. Sorry Red Bull, mas isso fez parte da festa. Chamarei, portanto, essa caixa de câmbio de caixa alegórica. Aliás, foi o capacete do bi-campeão decorado com um tema carnavalesco.

Sim, houve outros momentos muito interessantes. Por exemplo a disputa entre Bruno Senna e Schumi. Bruno foi punido e eu entendo que está correto. Estava visível demais que o alemão vinha mais rápido e Bruno freou tarde demais para poder conter o carro tendo o alemão o ultrapassando por fora. Muita gente já deu X nessa condição e mesmo que Bruno não conseguisse um X, teria conseguido se manter bem colado no alemão e usar a asa na sequencia. Enfim, foi mais combativo do que as condições permitiam naquele momento.

Por falar em asa, o GP de Interlagos acabou se tornando uma genuína competição entre equipes. Nos 500 metros da reta as asas não faziam tanta diferença assim numa só passada e por isso as brigas ficaram mais restritas à performance natural do conjunto carro/piloto. No máximo as asas colaboraram para aproximações pela somatória de voltas. Achei que a decisão de se abrir asas apenas ali foi acertada e entendo até que deva permanecer. Torna a disputa mais livre de artifícios.

Eu esperava que Button conquistasse o vice-campeonato e assim foi. Ele é um cara muito preciso, técnico e constante. E pilota uma McLaren, carro que já mostrou aproveitamento melhor que a Ferrari nesse campeonato, por várias vezes. Button ganhou a parada na administração dos seus recursos e da sua atitude de pilotagem. Mereceu muito o título de vice. Já Hamilton, esse sim teve a sua caixa de câmbio não alegórica quebrada e foi-se uma chance de uma boa apresentação na ultima prova, coisa da qual ele é perfeitamente capaz.

Alonso fez o que o seu carro pode e mais uma vez ficou à frente de Massa, que já admitiu que 2011 foi o seu ano mais difícil na carreira. É uma questão que está dentro dele próprio. Quando foi o segundo de Schumi, pilotou no mesmo ritmo de um cara que anda muito, e ainda não parou de andar. Agora, na compania de Alonso a sua performance não é o ápice que foi quando ingressou na Ferrari. Acredito que em 2012 veremos um outro Massa, mais veloz e mais combativo. Acho que é apenas um momento ruim e nada mais.

Um que se saiu bem na ultima prova foi Sutil, que com o seu resultado mostrou que a Force India é mesmo uma nova força, e que ele pilota para ser rápido. Não vou estranhar se na próxima temporada a Force India começar a aparecer mais perto das outras e engrossar a briga pelas posições de pontuação.

Barrichello pode ter feito a sua última corrida mas isso só se saberá quando as equipes definirem as suas formações. Ele não quer parar e eu entendo que tem condições de pilotar um carro rápido. Mas as equipes pensam nos resultados delas e não nas carreiras dos pilotos. Aliás, li em algum ligar que não é mais Kimi o postulante da provavel vaga na Williams. Sendo assim, haverá um substituto dentro das pretenções da Williams ou isso resolve as dúvidas em relação a Rubens? Só perguntando ao Frank e eu não tenho ele no meu Face nem no Twitter e se tivesse tenho certeza que ele jamais me responderia.

Enfim, quero dizer que gostei da corrida, que foi um espetáculo interessante de ser visto. Mas mesmo assim ainda não gosto que Interlagos não seja um GP que influencie no campeonato, como já foi no passado. Acho que a data de Interlagos deveria ser alterada mas isso implica na existencia de mais um GP nessas paragens do planeta.

A parte que eu não vi, pois estava muito ocupado, foram as duas voltas de Nelson com a Brabham, quando na última levantou a bandeira do Vasco. Tudo bem, eu não gosto de futebol mas ele gosta, e alem disso ele tem 3 títulos de F1 e eu nem pilotar sei. Não vejo maiores problemas em relação à bandeira do Vasco. Mas os Corinthianos, ahh esses sim devem ter xingado Piquet até a última gota da sua gasolina.

sábado, 26 de novembro de 2011

Vettel é pole em Interlagos. Mas a grande atração do fim de semana será Piquet.

Meu blog parou por conta de responsabilidades das quais não posso pensar em abdicar e estão me consumindo tempo integral. Mas dá para escrever algo ao menos sobre a última corrida da temporada.

Particularmente falando eu não gosto que Interlagos seja a última corrida do ano. Sempre há a possibilidade de o campeonato ter o vencedor definido antes. Apesar disso já tivemos aqui em Interlagos um dos mais emocionantes finais de campeonato, quando Hamilton foi campeão, tendo Felipe Massa vencido a prova. Foi festa geral apesar do fato de Massa não ter conquistado o título.

Gostaria mais se Interlagos estivesse numa posição no calendário em que efetivamente influenciasse a definição do campeão. Sendo a ultima corrida do ano, com Vettel já coroado campeão da temporada, Interlagos dessa vez será nada mais que uma festa.

Apesar disso pode ser um espetáculo muito interessante. Button e Alonso estão com dez pontos de diferença e perto deles no grid estão Hamilton e Webber. Isso vai fazer a disputa pelo vice-campeonato ser muito acirrada. Eu aposto em Button, acho que ele tem gabarito de sobra para administrar os ataques e a estratégia. Mas nada impede que Alonso ganhe a briga.

Enquanto isso Vettel virou recordista de poles numa mesma temporada. É justificável Helmut Marko ter dito que o que mantém Vettel na equipe é a performance do carro. Vettel está lá para ganhar, guiando um carro vencedor. É um piloto acima de qualquer suspeita, do ponto de vista da capacitação, e é sem dúvida o favorito ao título de 2012. Mesmo com o título de 2011 nas mãos, o menino prodígio não pára de acelerar e dá show de pilotagem.

É bom lembrar que a primeira vitória de Vettel foi na chuva mas em um circuito muito diferente de Interlagos - Monza. Em outras palavras, sabe pilotar na chuva, muito embora já tenha patrocinado alguns problemas nessa mesma condição de pista.

Uma chuva faria uma grande diferença na corrida de Rubinho, mas nenhuma na sua carreira. Fala-se continuamente na sua aposentadoria mas ele mesmo não admite a idéia de parar de pilotar. Uma chuva seria uma chance de Rubens sair da sua provável ultima participação, com uma bela performance, coisa que em piso molhado ele já provou inúmeras vezes que é ótimo.

Não acho que o mesmo possa ser dito de Bruno Senna. Ele fez uma boa classificação mas tem um carro de meio de pelotão. Uma chuva não faria jamais esse carro andar melhor, talvez até o oposto. Fora isso é bom lembrar que Bruno está ganhando experiencia ainda e portanto não se pode esperar dele um tipo de reprodução do tio. Se Bruno Senna conseguiu a nona colcoação no grid em pista seca, o melhor para ele seria mesmo o seco, pois garantiria a performence de hoje, o que está muito bem para a última corrida do ano.

Mas, interessante mesmo será ver Nelson Piquet dando umas voltas com a Brabham. Na entrevista ele disse que há uma surpresa para amanha. Sejá lá qual for a surpresa, penso que o passeio do tri-campeão será mesmo o melhor do GP de Interlagos. Amanhã às 14:00 saberemos que surpresa é essa que Nelson promete. Aliás, ele é sim um cara cheio de surpresas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

José Carlos Romano - em fotos

Recentemente publiquei sobre o piloto José Carlos Romano neste link aqui - José Carlos Romano - Yeah! - onde falei da sua carreira no automobilismo.

Agora recebo por email uma sequencia de fotos de José Carlos Romano nas pistas em diversas fases.
As fotos foram enviadas pelo seu amigo Adriano Oliveira. A sequencia não obedece nenhuma ordem específica. São imagens interessantes que guardam a memória de um tempo apaixonante do automobilismo nacional.

Muito obrigado pela valiosa colaboração, Adriano Oliveira.

Formula V
VW Divisão 3
F2 Heve

O blog seguirá - quando isso for possível

Mostre-me alguem que tem tudo que quer na vida e eu vou dizer que esta pessoa está vivendo num tipo de paraíso. Não existem vidas lineares onde nada muda e tudo dá sempre certo. É isso que fez este blog paralizar as suas publicações ultimamente.

Por conta de questões familiares que estão tomando toda a minha energia, não tenho meios de acrescentar novos posts. Saúde é uma coisa que pode tomar toda a tua disponibilidade numa determinada etapa da vida. Principalmente se voce é a única pessoa que pode se responsabilizar pela manutenção de um ente familiar, no caso específico quem te pos no mundo. É uma missão que não pode ser abortada antes da bandeirada.

O Amigos Velozes não acabou, mas no momento nem tenho condições de assistir as corridas de F1 e fazer os meus comentários, o que na verdade foi a tarefa mais simples à qual me dediquei no blog. Meu outro blog, o Entrada Franca, segue o mesmo caminho, parado no tempo sem nenhuma atualização. Mas seguirão em frente em algum momento que não deve tardar tanto assim.

Desejo Felicidades aos muitos visitantes que já passaram por aqui.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Carol Figueiredo - faz aniversário hoje uma lenda do kartismo e um grande amigo

Carol Figueiredo no seu escritório.
(imagem: Amigos Velozes)


Meu simpático amigo Carol Figueiredo completa hoje festejados 70 anos de uma existencia dinâmica e positivista.

Carol é um dos pilôtos que escreveram uma parte da hitória do nosso kartismo e automobilismo. O seu nome faz compania a outros grandes nomes que compõem a antologia desse esporte do qual surgiu um número considerável de praticantes que chegaram até às posições máximas no cenário internacional.

Na sua juventude ganhou do pai um MG e quem nessa época era a referencia na manutenção desses carros era Cláudio Daniel Rodrigues. Isso gerou uma amizade e o ingresso de Carol nas competições de kart tendo participado, entre outras, da primeira corrida da modalidade no Jardim Marajoara em 1960.

Foi nesse período do kartismo que Carol fez amizade com feras do nosso automolismo, como Wilson e Emerson, Môco, Luiz Pereira Bueno, Maneco, e muitos outros. Também é desse período uma história que lhe deixou uma marca no pescoço e que terminou de forma hilária. Numa prova de karts estava na liderança quando foi atingido por uma linha de uma pipa no seu pescoço. Maneco vinha atrás e capturou a linha e a amarrou no volante do seu kart. Venceu a corrida sendo seguido pelo papagaio.

Mais tarde Carol ingressou no automobilismo e entre outros fatos foi o vencedor da corrida inaugural do autódromo de Jacarépaguá. A sua carreira no automobilismo teve fim na prova mais trágica da história desse esporte no Brasil.  Em 1968 estava inscrito na 3 Horas de Petrópolis e foi um dos acidentados, batendo com o seu Mark I num poste. Foi retirado do carro pelo seu amigo Wilson Fittipaldi Junior. A mesma prova, pouco depois, deu fim à vida de Cacaio, sobrinho de Marinho. Carol teve fratura na coluna cervical e demorou muito para que se recuperasse completamente, tendo corrido um risco muito grande de perder os movimentos. Esta foi a sua última prova no automobilismo.

Mas isso não quer dizer que o gosto pela velocidade tivesse acabado. Carol esteve presente nos momentos do kartismo em que este definiu os seus rumos como esporte nacional. Voltou a pilotar karts no territorio nacional e em competições internacionais, como por exemplo o mundial da Bélgica. Encerrou a sua carreira no kartismo num acidente em que ficou sem freios no kartódromo de Interlagos e entrou a pleno numa cerca de arame farpado. Fato ocorrido nos idos do Super Kart. Foi a sua última corrida de kart.

Carol é uma pessoa muito ativa e muito envolvido com a sua vida familiar e os seus negócios. Segundo ele o pilôto precisa entrar na pista com a cabeça ocupada exclusivamente com a pilotagem.

- Quando voce tem outras preocupações, o seu trabalho, as duplicatas, as coisas da família, você não consegue pilotar. Então eu resolvi que era hora de parar pois tinha outras preocupações na minha vida.

O pai do pilôto Nonô Figueiredo, que pilota atualmente na Stock Car, é um dos meus amigos mais ativos, incansável batalhador e dono de um espírito invejável que não tem espaço para lamentações de qualquer tipo. Muito simpatico, muito amigo e cordial, nunca o vi reclamar de qualquer coisa e mantém uma atitude mental que faz inveja a muita gente com idade para ser seu filho. É casado com a artista plástica Wilda Maria, que possui um atelier em São Paulo com belas peças que fariam tôda diferença na decoração da sua casa.

Não é chegado da nenhum tipo de badalação e tive algum trabalho para conseguir a foto desse post, no seu escritório hoje pela manhã. Mesmo trabalhando normalmente todos os dias, Carol é um avô dedicado e reserva sempre um tempo para os seus netos, orgulho que hoje merecidamente ocupa o espaço de um outro da sua vida - uma bela vitrine de troféus na sua residência.

Feliz Aniversário Carol Figueiredo!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jean Alesi na 500 Milhas de Indianapolis 2012

O frances Jean Alesi, que deixou a F1 no GP do Japão de 2001 após uma colisão com Kimi Raikkonen, piloto que mais tarde estaria na Ferrari onde o frances obteve sua única vitória no Canadá, anunciou que vai disputar a 500 Milhas de Indianapolis de 2012.

Alesi é membro da Lotus e segundo noticiado é parte da equipe de desenvolvimento do T125, um monoposto de milionários com características similares a um F1. Alesi deixou a categoria há muito tempo mas não ficou inativo, tendo disputado a DTM e a antológica 24 Horas de Le Mans.

Isso quer dizer que Alesi não disputa uma prova em monoposto há muito tempo. Não significa que não consiga pilotar um novamente mas ele mesmo tem consciencia das dificuldades que isso acarreta. Com 47 anos de idade, Alesi é mais novo do que muitos pilotos que disputaram a 500 Milhas no passado e pilotando carros mais potentes. A categoria hoje tem uma potencia inferior aos carros da época de Emerson Fittipaldi, o que não significa também que seja algo fácil de pilotar.

Uma das questões que geram incerteza é o fato de Alesi nunca ter pilotado em um oval. E como nunca esteve na Indy vai ter que passar pelos estágios iniciais, onde o primeiro é o rookie test. Correrá pela equipe da qual é membro e test driver e portanto contará com a atenção devida. Um ponto que vai tornar a prova um desafio pessoal é o preparo físico. A 500 de Indianapolis é uma prova muito longa e portanto muito exigente.

Vendo as características do T125 é possível inferir que os testes realizados com esse carro por Alesi lhe conferiram um crédito por parte da equipe para enfrentar uma prova como a 500 Milhas. A potencia do T125 é aproximadamente a mesma da Indy e isso conta no que diz respeito à aceleração em um monoposto. É o equivalente a dizer que o seu trabalho na Lotus o aprovou para a Indy.

Pelo que se viu do desempenho de outros pilotos da F1 ao mudarem para a Indy, e pelo histórico da categoria com pilotos madurões, penso que há uma possibilidade real de Alesi ingressar na Indy para uma temporada. Se tiver um bom desempenho na 500, terá passado num teste duro numa categoria onde nunca pilotou. Isso o qualificaria para um prosseguimento. Por enquanto é apenas essa prova. E o meu palpite é que ele pode começar muito bem. Aguardemos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pietro Fittipaldi - come il nonno

Pietro Fittipaldi, campeão em 2011 na Limited Late Models
(foto de Tatiana Fittipaldi, a Tia Tati)

Pietro Fittipaldi come il nonno ma lui ha solo 15 anni...

Pois é, repercutiu muito o feito do mais novo meteoro da família Fittipaldi. A notícia acima está no site do La República. Como o nonno Emerson, Pietro Fittipaldi é campeão de automobilismo, mas tão jovem (15 anos atualmente) que nem licença de motorista pode ter.

No último domingo Pietro Fittipaldi se tornou o primeiro latino-americano a vencer um campeonato em uma divisão da Nascar, no caso a Limited Late Models, pilotando na Lee Faulk Racing. Com apenas 15 anos e com uma trajetória vitoriosa no kartismo americano também, Pietro se torna uma promessa concreta no automobilismo. Tem o apoio do avô bi-campeão de F1 e campeão da Indy e da 500 Milhas de Indinapolis, coisa que evidentemente conta muito. Em poucos anos Pietro terá o corpo de um adulto formado e somado à isso a experiencia de ter disputado e conquistado um campeonato ao lado de outros pilotos mais velhos. É uma receita campeã e não vou estranhar que ele conquiste o seu próximo objetivo, ser campeão na Sprint Cup, a mais veloz da Nascar.

Pietro vai ser visto como herdeiro genuíno da família Fittipaldi, cujo avô Emerson amadureceu muito rápido no automobilismo e tem uma trajetória brilhante. Fazer previsões no automobilismo nunca deu certo pois corridas são autenticas caixinhas de surpresa. Mas se alguem me pedisse para dar um chute, apostaria em Pietro como um futuro ídolo do automobilismo americano pois, além do famoso sobrenome, aparece como um vencedor prematuro, coisa que muito poucos conseguem. Tem portanto um belo início de carreira e vai ter os olhares dos chefes de equipe voltados para ele, assim como foi com o avô na europa.

A foto do post, cedida por Maria Helena Fittipaldi, é da última corrida onde chegou em 9o. lugar, o que lhe garantiu o campeonato considerando-se a diferença de pontos para o segundo colocado, Tyler Church. É curiosa pois mostra o tamanho do campeão em contraste com o carro que pilota. Mais ao fundo o capacete com o design igual ao do avô.

Toda a família Fittipaldi está orgulhosa do resultado de Pietro, como por exemplo sua mãe Juliana. Mas alguém mais na família tem motivos muito pessoais para sentir muito orgulho do garoto vencedor. Seu bisavô Wilson Fittipaldi, o Barão, narrou a vitória de Emerson na F1 em Monza e muito tempo antes foi tambem o narrador da primeira corrida de karts do Brasil. Do lado de fora da pista seu filho Emerson, assitiu o irmão Wilson disputando a prova antológica pois, segundo consta, Emerson não tinha idade para participar segundo os padrões da época. Hoje o Barão vê ninguem menos que o bisneto vencendo um campeonato de automobilismo fora do Brasil, e ainda por cima numa idade onde teóricamente estaria no kartismo. Isso torna o Barão o dono de um acervo de memórias familiares que faria inveja a qualquer um. E um felizardo que ainda assiste a família a escrever história.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quem pode salvar o nosso povo da obscuridade cultural?

Reproduzo abaixo o link de um post do blog Autos&Máquinas do Roberto Costa. Vale a pena ler.

Salvem o Museu do Automóvel de Brasília!


Sem querer me aprofundar em comentários, vou colocar a minha opinião sob um ponto de vista global, sem especificidades. Vivemos numa sociedade muito complexa onde os nossos valores são na maioria dos casos fundamentados em imediatismos. Vivemos continuamente em função de resultados, o que na prática é a realidade da vida. No entanto, na vida pessoal acrescentamos pouca atividade, e o tempo requerido correspondente, em coisas que não são produtivas. E quando o fazemos não é pelo nosso crescimento interior e apenas para o nosso lazer. Isso coloca a cultura num plano de inferioridade indigno com o valor intrinseco que tem. E finalmente, como um país de população predominantemente jovem, o passado é coisa que tem poucos anos relativamente falando no computo global da nossa história, e acaba também não recebendo nenhuma forma de valorização. Por isso, coisas como um museu como esse está condenado a fechar as portas e perder todo o seu acervo. É, na opinião de muitas pessoas dessa nossa sociedade, uma coisa dispensável. E infelizmente essa idéia é generalizada. Não custa lembrar que estamos na iminencia de ter o nosso mercado inundado por carros chineses de qualidade muito duvidosa, ao mesmo tempo que enterramos a história do nosso próprio esforço e capacitação no nosso passado. É quase o mesmo que dizer que na prática em algum momento da nossa história nós não existimos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Vettel vence em Cingapura e torna a conquista do título uma barbada

Sem sinal de tv me restou assistir as últimas 5 voltas na tv da padaria, quando vi Vettel na frente seguido do competitivo e preciso Jenson Button, vice-líder do campeonato. Mais atrás Webber que outra vez largou mal, segundo o que eu li na internet. Em quarto o espanhol ferrarista que tinha chances de superar Webber no final mas não deu. Webber é um cara esquisito. Classifica bem, pilota bem e larga mal. Se melhorasse nas largadas iria dificultar muito a vida dos outros. Assim, eu digo que Vettel é o matador atual da categoria pois está ganhando o campeonato sozinho lá na frente. E nas suas condições a vantagem que tem torna o bi-campeonato uma barbada realmente.

São nove vitórias, 11 poles, e não subiu no pódio apenas uma vez, na Alemanha onde também foi a única vez em que largou na segunda fila. Restando agora cinco provas para o final, nada há que indique a possibilidade de fracasso. No panorama atual do campeonato, as brigas interessantes serão entre Button e Webber, e na minha opinião com Alonso tentando entrar no meio. Mesmo sendo o piloto que é, Alonso não pode tirar mais do que está conseguindo da sua Ferrari nesse ano. Depois de 14 provas as capacidades das equipes estão já bem delineadas e os resultados falam por si dando uma noção confiável de previsibilidade.

Coisa que na verdade pode mudar no curso das ultimas 5 provas. Alonso está a apenas um pontinho de Button e Webber dois pontos apenas atrás do espanhol. Portanto esse final de prova de hoje é um cenário que deve se repetir nas últimas cinco entre esses três. E como as diferenças são muito pequenas, as brigas devem ser grandes espetáculos.

Hamilton tem, matemáticamente falando, chances de se enfiar na briga mas 2011 decididamente não é o ano do ingles. Embora seja campeão do mundo como Button, este está mostrando muito mais maturidade e combatividade. Mas se Hamilton tiver um pouco mais de cabeça fresca e se arriscar a seguir o seu companheiro, pode muito bem se ver na chance de disputar com ele a segunda colocação do campeonato.

Massa teve problemas nessa corrida e outra vez precisou fazer trabalho de recuperação. Para ele esse campeonato práticamente não existiu. Rubens dessa vez ficou atrás de Maldonado, enquanto que Bruno ficou à frente de Petrov. Di Resta, que vinha fazendo um campeonato apagado conseguiu um sexto e mostrou que a Force-India é mesmo uma nova força em surgimento. E Sutil, seu companheiro, terminou duas posições atrás.

Di Resta foi o ultimo a terminar na mesma volta do lider. Dos 20 carros que terminaram a prova, apenas 6 terminaram na volta do líder, sendo que as lambretas da Hispania tomaram 4 voltas. Aliás, acho que isso é tema para outro post a respeito tanto das corridas como das classificações. A Hispania cumpre com o quesito de performance mínimo para estar no grid, porém de maneira repetitiva pois não consegue progredir nunca.

Só espero que na próxima prova, Suzuka, a minha tv tenha sinal. O que correr o risco de não dar sinal sou eu mesmo pois a prova é às 3 da matina. Seria frustrante ter a tv funcionando mas eu dormindo.

sábado, 24 de setembro de 2011

F1 de muitas ultrapassagens e desequilíbrios maiores ainda

Há uma questão que não deixa dúvidas nesse campenato de 2011 da F1, há muito mais ultrapassagens. Há também mais corridas e uma nova pista na India. Mas o equilibrio não é o que sugere a melhora da Ferrari e da Mercedes. O campeonato está sendo dominado completamente pela Red Bull. Até aí tudo bem porque em todos os anos uma equipe se sobressai. Não tem nada a ver com um carro imbatível, é a equipe que se tornou imbatível. Carro bom com piloto ruim não dá em nada e a inversa é verdadeira. Portanto a Red Bull é nesse ano a equipe que tem esse conjunto nas melhores condições do grid da categoria.

Mas ao mesmo tempo que as disputas estão se tornando mais interessantes, o desequilíbrio está mais visível ainda. Em 2009 Button foi campeão pela equipe que era um espólio da Honda e quem nem sabia se conseguiria disputar o campeonato. Mesmo sendo muito eficiente em todos os aspectos, a Red Bull terminou 20 pontos atrás e a McLaren amargou um sofrível terceiro lugar mas com apenas um pontinho de diferença para a Ferrari. Em quinto veio a Toyota com apenas 10 pontos atrás da Ferrari.

Em 2010 a Brown tornou-se a Mercerdes GP e agora no seu segundo ano na categoria está em quarto lugar no campeonato, tendo crescido nas ultimas corridas. No campeonato do ano passado a iniciante Mercedes GP formou com Rosberg e Schumi e portanto não se poderia esperar uma performance significativa. Assim a Red Bull e a McLaren viram sair da sua frente a Brown e terminaram em primeiro e segundo, respectivamente.

Mas as diferenças de pontos ficaram dentro do que se pode considerar coerente na categoria, com 44 pontos entre a Red Bull e a McLaren. A Ferrari continuou atrás da McLaren e terminou dessa vez em terceiro. E a iniciante Mercedes GP ficou em quarto no seu ano de estréia.

Foi no ano passado que ingressaram as tartarugas Virgin e Hispania. que ao lado da Lotus não somaram nenhum ponto. As tres com os moteres Cosworth, os mesmos utlizados pela Williams que anteriormente usava os Toyota. Das 12 equipes que disputaram 2010 apenas 9 marcaram pontos, sendo que a nona desse grupo poderia ser descartada no computo, a Toro Rosso, pois marcou menos da metade dos pontos da oitava,  a BMW-Sauber.

Pole de Vettel em Cingapura. Por mim esse título seria definido amanhã mesmo.

Vettel mandou o sapato outra vez e cravou outra pole incontestável. Atrás dele vem o seu companheiro Webber. Para o meu gosto particular esse título seria definido amanhã com a vitória (inevitável em 2011) de Vettel. Mas estão lá na frente do grid os pilotos que disputam a segunda colocação. E conforme o resultado de amanhã a decisão vai ficar para o Japão.

A razão pela qual eu gostaria que o título fosse decidido amanhã se refere justamente à grande antecipação que Vettel criou nesse ano, tanto que apenas se aguarda o momento de anunciá-lo campeão. Depois de Cingapura há mais 5 provas e se Vettel se tornasse campeão amanhã teríamos mais 5 disputas eletrizantes pelo segundo lugar no campeonato. Seria um tipo de playoff do segundo pelotão. Isso faria as últimas corridas do ano terem a atenção voltada não para o vencedor da prova específicamente mas para as posições de chegada e as disputa concernentes, que possívelmente devem arrancar faísca na pista.

O campeonato desse ano tem uma expectativa a mais que é a pista de Nova Delhi. E no final tem Interlagos onde o clima costuma interferir na disputa. Acho que se isso tudo tivesse a atenção voltada para as disputas em pista entre Alonso, Button, Webber e Hamilton, teríamos algo do tipo um campeonato extra de lambuja no final do ano.

Mas amanhã desde que Webber largue bem, coisa que às vezes falha, vamos ver uma briga de equipes muito bôa com o australiano fazendo as vezes de defensor dos concorrentes mais atrás. Um trabalho estressante para ele porque o melhor seria que ganhasse a corrida ao invéz de ajudar Vettel a fazer isso. Webber está em quarto no campeonato e uma vitória lhe caíria muito bem. Se eu fosse chefe de equipe nas atuais condições, iria pensar na possibilidade de inverter essas posições na corrida para tentar uma vitória de Webber com Vettel em segundo.

A Red Bull será sem dúvida a campeã nesse ano e uma dobradinha que desse mais chances de um segundo lugar para Webber e mais dificuldades para os outros, seria interessante para a equipe. Em outras palavras, vindo amanhã ou no Japão o título de Vettel, acho que depois disso o alemãozinho vai ser convocado a fazer um trabalho extra no final do campeonato, ajudar o seu companheiro a ser segundo.

A questão é que Button, um sério candidato a segundo colocado, está colado ali neles. E acho sinceramente que Webber precisará da ajuda de Vettel nas ultimas corridas para tentar fujir de Button nos pontos. Button está mostrando crescimento na performance nas corridas e pelo visto amanhã promete o mesmo.

Há uma coisa que tem a possibilidade de mudar a história da corrida amanhã. Alguém repetir a performance do Koba hoje na classificação. Se isso acontece do meio para o final da corrida, o que poderia estar definido se transforma em outra largada e possível mudança de estratégia, conforme o panorama das trocas de pneus.

De toda forma, acontecendo o que venha a acontecer, a corrida de amanhã vai gerar definições importantes no campeonato. Até é possivel dizer que a disputa pela segunda colocação desse campeonato pode começar a tomar forma concreta amanhã. E é claro, é bom não esquecer que nisso há muros e zebras.

domingo, 11 de setembro de 2011

Monza - deu Vettel de novo. Pode começar a festejar

Vettel é o cara que mais motivos tem para ser o mais alegre da F1 nesse ano. Está com o campeonato no colo. É absolutamente sensato pensar no seu bi-campeonato mesmo restanto ainda 6 provas para o final. A diferença entre êle e Alonso é de 112 pontos, restanto 150 pontos a serem disputados até a ultima prova. Isso é claro que coloca Alonso como candidato, matemáticamente falando. Mas a performance da Ferrari não garante que possa bater o melhor pilôto no melhor carro, Sebastian Vettel.

Vettel é precisamente isso, o melhor piloto da atualidade conduzindo o melhor carro. Na tabela de velocidades máximas Vettel figura em 3o. atrás das McLaren´s. Como andou práticamente a corrida tôda na frente, não pôde fazer uso da asa móvel, caso oposto das McLaren´s. Além disso está vencendo o campeonato sózinho. Mais uma vez não contou com a proximidade do seu companheiro Webber, que dessa vez largou sem problema mas acabou saindo da prova. Portanto, como se diz por aí Vettel é mesmo o cara.

Vettel venceu na mesma pista onde venceu pela primeira vez. A difrença entre a primeira e esta é tempo. Na primeira vitória em Monza choveu e hoje foi sol durante tôda a prova. E portanto as velocidades e desgaste de pneus foram os componentes mais significativos do cenário.

Numa largada espetacular Alonso pulou da 4a. posição para primeiro mexendo um pouco com as lonbrigas dos tifosi, ao mesmo tempo que Liuzzi lá atrás foi o primeiro a alterar o cenário da prova. Veio descontrolado girando na grama em alta velocidade até atingir na chicane o carro de Vitaly Petrov. Junto entraram nessa confusão Rosberg, Kobayashi e Rubens. Assim a volta hum termina em safety car e a asas pdoeriam então serem usadas só mais algumas voltas à frente depois de outra relargada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Monza - duas épocas, duas emoções distintas.





Há duas pistas no mundo que podem ser consideradas como capitais do automobilismo, Indianapolis e Monza. Vencer uma prova em Monza tem o mesmo significado que tem para os americanos uma vitória em Indianápolis. Não é para menos, são duas pistas tradicionalíssimas e de velocidade muito alta. No caso da pista americana, velocidade plena o tempo tôdo, e em Monza uma mescla desafiadora de trechos de alta velocidade e freadas muito fortes.

Emerson Fittipaldi tem o que eu qualificaria como uma corôa universal do automobilismo por ter sido capaz de vencer nas duas pistas. Fora isso venceu também o campeonato no mesmo ano em que venceu nelas. É literalmente o mesmo que se tornar uma referência única no seu meio, como alguém a ser batido.

Amanhã Vettel, que fez hoje mais uma pole, é claro candidato à vitória na mesma pista onde venceu pela primeira vez com apenas 21 anos. Para vencer em 2011 não precisa mais ganhar tôdas as corridas, o que não significa que não corre para vencer. Faltando 7 provas para a definição do campeonato, a atenção estará voltada para Webber, Hamilton, Alonso e Button, os quatro que vão disputar com unhas e dentes a segunda colocação no campeonato de 2011.

A pista de hoje oferece o mesmo tipo de dificuldade do passado, encontrar um compromisso entre velocidade muito alta e performance em curvas de baixa. É tão singular essa pista que o pole de hoje, Vettel, foi quem registrou a mais baixa velocidade máxima. Já Alonso conseguiu um bom tempo de volta junto com a quarta colocação nas máximas. Uma bela combinação desde que não signifique consumo de pneus.

Mas para os brasileiros ávidos por uma surpresa de um conterrâneo nas pistas européias, não temos nada a esperar. Massa tem a metade dos pontos de Alonso e assim conseguirá no máximo lutar pelo 3o. lugar no campeonato. Isso se a equipe não lhe mandar um pouco mais atrás em algum pit stop. Barrichello faz o que pode com um carro claramente deficiente e mais uma vez é o mais rápido entre os Cosworth. Bruno Senna está pela primeira vez dando os seus passos mais firmes na categoria. E terá amanhã à sua disposição um jogo de pneus zero quilômetro, poupado hoje durante o Q3.

Curiosamente, em 1972 também havia 3 brasileiros no campeonato, Emerson, seu irmão Wilson e José Carlos Pace. Mas o GP de Monza de 1972 foi incomparável. Neste, Emerson por pouco mesmo não largou. O carro titular ficou destruído num acidente com o caminhão da equipe. A solução foi usar o reserva. Ocorre que o reserva era o mesmo chassi de 1970, ano em que faleceu o seu companheiro Jochen Rindt num carro igual. Aliás, é bom lembrar que esse deve ter sido o dia mais solitário da vida de Emerson na F1. Tomou café da manhã com Rindt. Horas depois ele, Rindt, estava morto. E depois John Miles retirou-se das pistas. Portanto, Emerson se tornou o primeiro sobrevivente brasileiro em uma equipe de F1. De um momento para o outro, de terceiro pilôto passou para possível desempregado solitário e na sequência pilôto titular. Possívelmente deve ter sido a sensação de terem apagado as luzes sem que isso tivesse sido solicitado, bem no comêço da festa.

Mas, voltanto a 1972, Emerson tinha reais chances de ganhar o campeonato mas o carro com o qual fez os pontos para isso estava destruído num acidente. O outro carro de dois anos antes, era o mesmo mas sem as evoluções de engenharia que diferenciavam um do outro. Não quer dizer que fôsse um carro necessáriamente inferior mas não era o titular. Para piorar as coisas o tanque de gasolina vazou e têve que ser substituído pouco antes da largada. Naqueles anos não se faziam pit stops. A corrida começava e daí em diante era uma longa espera para o final.

Ao final da corrida tendo levado o carro na ponta dos dedos para que não quebrasse, venceu a prova consciente de que também era o campeão do mundo daquele ano, o primeiro brasileiro a vencer um campeonato de F1. E ainda por cima conquistando esse título num autódromo lendário, num autêntico templo do automobilismo mundial.

Isso causou um grande impacto na mídia internacional, e no Brasil Emerson passou de conhecido pé pesado para o mais ilustre pilôto de automobilismo. Foi noticiado, festejado, admiarado por tôdos. Tornou-se também a pessôa que polarizou a atenção do brasileiro no esporte. Nosso maior esportista na época, Pelé, estava indo para a aposentadoria e precisávamos de um substituto espetacular. Emerson era essa promessa pois já era vencedor, tornou-se campeão, e era natural pensarmos que poderíamos esperar mais vitórias em corridas e campeonatos.

Monza é sem dúvida um divisor de águas nas nossas lembranças do automobilismo. Também Nelson, Ayrton e Rubens venceram em Monza. Vencer nessa pista é uma evidente demonstração de capacidade e seja lá quem for o vencedor merece os louros da vitória. Mas por mais emocionante que venha a ser a corrida de amanhã, nada se compara ao grande impacto que nos causou a mesma de 39 anos antes. E mais, observem as corridas em Monza naquela época e verão que os carros andavam mais próximos do que o farão amanhã. Vencer em Monza não era para qualquer um, era genuíno desafio mesmo para um pilôto experimentado.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Para o meu gosto ainda falta mais um capítulo na história de Barrichello

A atual temporada F1 está chegando ao fim e começam os contatos entre equipes e pilôtos. Pode haver troca de posições, saída da categoria e entrada de novos pilôtos. Quem acompanha F1 há décadas como eu já se acostumou com as notícias desse período dos campeonatos.

As equipes de F1 vivem contínuamente a batalha pela continuidade na categoria, o que inclui a contratação de pilôtos que possam trilhar uma carreira em termos de longo prazo. É um clube fechadíssimo e uma contratação fecha as portas para outras. Errar numa hora dessas pode trazer desconfortos futuros. No automobilismo cada corrida é uma nova guerra mas o olhar está contínuamente voltado para o futuro.

Rubens Barrichello está vivenciando outra vez uma situação com a qual já se acostumou depois que deixou a Ferrari. A incerteza de continuidade na temporada seguinte. Ou acerta com a Williams ou encontra outra vaga. Seja lá como for, mesmo ainda em condições de pilotar é óbvio que está fazendo as últimas corridas da sua carreira.

No passado Schumi foi o cara que entrou na F1 para liquidar as chances do brasileiro ver outro compatriota seu campeão de F1. Primeiro foi Moreno que teve a vaga comprada na Benetton. Depois Piquet que encerrou a carreira na mesma equipe e por fim Senna que faleceu bem na frente de Schumi.

Rubens nessa época se tornou um alvo fixo da torcida e da mídia nacional de um momento para o outro. Era inciante, muito jovem e não tinha condições de suportar tal nível de expectativa sem sofrer os impactos de uma situação dessas. Na Ferrari Rubens deu sequencia na sua carreira de pilôto mas, infelizmente numa condição em que a bola da vez era o alemão. Ninguem pode negar ter visto Rubens copiar inúmeras vezes os tempos do alemão mas sendo forçado a permanecer atrás. Isso acabou virando tema do noticiário internacional.

Quando Bruno Senna ingressou na categoria, imediatamente o clima de desejo de vitórias reapareceu, óbviamente amparado apenas no sobrenome. O carro própriamente garantiria no máximo uma largada na última fila, o que naquele caso já era um resultado louvável.

Infelizmente Kubica se acidentou sériamente nesse ano e Heidfeld foi escolhido no lugar de Bruno. É claro que mesmo Petrov tendo mostrado ser um pilôto competente, isso não justifica necessáriamente a entrada de um novato no lugar de Kubica. Fala-se de uma possibilidade de retorno de Kubica. Vejo isso como uma dúvida imensa. E se voltar nada pode ser suposto a respeito da sua performance durante uma competição. Se o caso é fazer qualquer prognóstico prefiro ser mais cuidadoso e não contar com o retorno dele.

Acredito mais na continuidade de Senna pois entrou com dinheiro e também com vontade de brigar. Em Monza com certeza será mais conservador e vai fazer o que for possível para terminar bem a corrida. E acho que isso mesmo pode definir a preferencia da equipe pela sua permanencia, desconsiderando-se aqui questões contratuais dos outros pilôtos.

Assim, entendo que a Renault pode não mudar a sua formação atual para o ano de 2012. Mas pode também querer justamente Bruno na Williams, que usará esses motores na proxima temporada. Não acho isso muito provável dependendo como for a performence de Bruno nas últimas corridas desse campeonato.

Mas caso a Williams seja uma realidade factível para Bruno, para onde irá Rubens?

Há bem pouco tempo Rubens disputou com Button o campeonato na Brown. Por pouco, antes disso, os dois não deram adeus à categoria. E a Brown se tornou uma espécie de redenção para êles. Hoje Button acelera os motores Mercedes na McLaren tendo outro camepão como companheiro. Na prática não há nada que justifique a McLaren mudar a sua dupla. Também o mesmo ocorre na Red Bull, que usa os Renault, e que deve ter Vettel definido como campeão dessa temporada, sendo a equipe a campeã dos construtores.

Na Ferrari continuam no team, Fernando Alonso e Felipe Massa. Na Mercedes, que aparentemente apenas na próxima temporada deve sair da fase de ‘implantação’, estão Rosberg sempre andando na frente de Schumi, e êle próprio que apesar de ainda combativo não tem mais a velha performance e não passará da próxima temporada.

Portanto a substituição de Schumi são favas contadas. E o provável ocupante desse cockpit deve ser um novato ou até mesmo Nick Heidfeld que possívelmente venha a romper com a Renault. Olhando na classificação do campeonato de construtores a Williams aparece num distante nono lugar. No campeonato desse ano Rubens terminou 9 das 12 provas. Em 7 dessas foi o melhor classificado entre os que usam motores Cosworth. Acho que isso depõe a seu favor.

Quero dizer com isso que Rubens tem condições de acelerar mas claramente não tem carro suficiente. Mas as equipes mais eficientes estão com os seus quadros definidos e a única certeza de saída é do alemão.

Com quem os pilôtos conversam nessas horas só êles sabem, são segredos bem guardados. E é claro que Rubens faz os seus contatos profissionais, assim como os outros. Para tentar disputar ponta de outro campeonato Rubens precisaria de vaga onde não há. E com chances tão pequenas à vista eu passo a desejar de forma um tanto sarcástica a entrada de um brasileiro num lugar que daria sentido à idéia de fechamento de um ciclo, no melhor estilo ‘a vida dá voltas, não apenas a F1‘.

Como se sabe, tudo na F1 deve atender antes de mais nada ao chefão Bernie. Tudo é possível desde que êle esteja de acordo. É também sob o manto dos seus desejos que Schumi teve a oportunidade de escrever mais um capítulo da sua história já vitoriosa. Na Williams as coisas são muito duvidosas e na Mercedes é certo que haverá uma vaga, apenas não se sabe quando. Respeito o Schumi como pilôto mas acho que a F1 deve essa ao Rubens. E tenho sinceramente o sentimento de que êle tiraria um belo proveito disso. Afim de ser uma história completa, acho que ainda falta mais um capítulo. Tomara que seja escrito. Os finais é que costumam valorizar a história tôda.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tom Cruise - ator ou símio hiper dotado?



Escrevo no último domingo e os eventos aqui citados eu não acompanhei e nem me interessei. No canal Youtube da Red Bull foi postado o vídeo aqui compartilhado no final do post, em que o ator Tom Cruise pilotou o Red Bull F1 do ano passado. Seu instrutor foi David Coulthard, hoje aposentado da F1.

Fez-se algum alarde da façanha que óbviamente se trata de ação de marketing. Na transmissão de domingo da F1, Galvão Bueno anunciou matéria sobre Tom Cruise pilotando F1 a ser exibida naquele mesmo dia à noite na Globo.

Há alguns anos o tri-campeão Niki Lauda disse que até um macaco pilotaria um carro de F1 atual. Depois disso, com mais de 50 anos, com uma barriguinha bem desenvolvida, típica de austríacos amantes da cerveja, usando óculos e sem pilotar há uma década, entrou num carro de F1, não me lembro de qual equipe, e foi sentir de novo a sensação de andar no monoposto mais veloz do automobilismo.  Se não me engano ele andou 12s mais lento que o tempo de pista para aquele carro.

Achei que andou demais para as condições dele. Êle mesmo resolveu parar de pilotar na McLaren quando teve um ano inexpressivo e viu que era a hora de pendurar as luvas e capacete. Aliás, ele disse precisamente isso outro dia sobre Schumacher. Estamos falando aqui de alguém que além de ter cumprido todas as etapas de aprendizado que levam à F1, conseguiu ganhar campeonatos e por muito pouco mesmo não perdeu a vida num acidente horrível que lhe deixou marcas no rosto para sempre. Portanto, alguém que pode ser considerado referencia na matéria.

Tom Cruise tem 49 anos, é ator profissional, já pilotou carros de turismo ou protótipos como amador, mas jamais seguiu a trajetória do profissional que chega até a F1. É só ler a montanha de relatos que há na internet e qualquer um vai entender que é um caminho bem difícil do ponto de vista da capacitação. E só logra êxito quem começa cêdo e não tarde.

Tom Cruise não é um macaco mas não pilotou um F1. Não um com as mesmas características do carro que vai para as pistas de competição. Além disso, no vídeo é possível ver duas coisas muito significativas. O que pode ser chamado de área de escape naquela pista é um imenso descampado sem obstáculos imediatos ao lado da pista.

Numa rodada no final do vídeo Tom Cruise consegue retornar. No entanto já vimos inúmeras vêzes carros de F1 ficarem entalados em algum lugar fora da pista porque estavam com o assoalho encostado no chão devido à altura incrivelmente pequena no fundo. É, por exemplo, o que às vezes chega a impedir um carro de F1 de andar em aguaceiros pois o espaço livre embaixo chega a ser tomado pela água conforme o volume da poça.

É claro que esse carro da Red Bull teve um ajuste que permitisse que uma pessoa não condicionada a um carro tão arisco quanto o F1, conseguisse guiá-lo. A altura, que permitiu que êle voltasse à pista vindo da terra, é apenas um dos ítens. Há outras coisas como a curva de potencia, a regulagem eletronica do diferencial, a pressão da suspensão, dos pneus e sabe-se lá mais o que. Por falar em pneus logo, no início do vídeo pode-se ver que os pneus, slicks, já tinham rodado, óbviamente nas mãos de Coulthard, que também deixou o carro com os ajustes do volante mais convenientes para um leigo da categoria. E também a recomendação de não mexer em nenhum deles.

Mais uma coisa que somente um vídeo mais longo poderia mostrar, é o traçado no qual ele fez, se não me engano, 22 voltas. Sim, ele sabe pilotar mas andar no traçado ideal é outra estória e estamos falando aqui de um carro de 800 hp´s que ganha velocidade muito rápido.
Apenas para lembrar, fiz uma conta no sábado conversando com o Tchê, lendário preparador de karts espanhol. Com o meu peso atual, sentado em um kart de competição o peso total deve estar em torno de 160 kg´s. Andei no ano passado em Interlagos com um kart do Tchê em que ele estava testando um desenvolvimento seu em motor 2 tempos.

A potencia ele estima (mas não mediu) em 30 HP´s. Isso dá uma relação peso potencia de pouco mais de 0,5 HP por quilo. Nessas condições e com um motor que sobe muito rápido de giro, em certo momento enfiei o pé de uma vez em linha reta e o kart chicoteou a traseira. Também senti a pressão nas costas. Seria fácil ter rodado ali nessa hora, e estamos falando de um carrinho que chega a no máximo 125 km/h no final da reta do kartodromo de Interlagos.

Um F1 deve ter um peso mínimo de 640 kg´s e tem potencia proxima de 800 HP´s. Isso dá 1,25 HP´s por kg. Nem posso imaginar a sensação de acelerar uma coisa dessas. Mas quem procurar na internet vai achar um vídeo de um jornalista europeu que foi fazer matéria sobre a sensação de acelerar carro desses. E quando finalmente conseguiu sair do box sem apagar o motor teve um trabalho fenomenal para se manter em linha reta e mais ainda para frear o carro, quando inevitávelmente rodava.

Enfim, caso Tom Cruise seja um macaco disfarçado de ator americano, deve ser um símio hiper dotado pois conseguiu dar 22 voltas num carro que até Niki Lauda teve uma imensa dificuldade de guiar. O grande atrativo que eu vi na F1 foi ver caras andarem num carro que jamais me deixariam sentar, em condições que eu jamais conseguiria guiar. E aí eu me pergunto se a F1 de hoje realmente não é mais a mesma. Fiquei com a estranha sensação de que não é.

( imagem: Canal Youtube da Red Bull )

domingo, 28 de agosto de 2011

Globo e F1 - duas coisas pouco compatíveis.

A corrida de Spa foi ótima para um público que já chegou a dormir num passado recente onde a F1 era um autentico autorama de bilhardários. Mas o que foi bom na corrida está restrito ao que aconteceu na pista.

Assisti a transmissão da Globo porque não tenho outra alternativa. E acho honestamente que está na hora de cair a ficha para a Globo. É claro, é evidente e compreensível que a Globo vai fazer o que é necessário para justificar o dinheiro ganho com as cotas de patrocínio. Nisso não há o que discutir. Mas também acho que passou ha muito tempo a hora de rever um formato que já não dá mais para aguentar. Uma coisa que às vezes torna a corrida uma tortura para o público. A Globo é imposta goela abaixo para o público. E como se trata de exclusividade é o público que deve engolir e não a Globo que deve ser aceita. No melhor estilo ‘se quizer é assim’.

Sei de gente que conhece o Galvão pessoalmente, que ele é um cara gente bôa. Com o Reginaldo eu falei rápido apenas duas vezes e me deixou a impressão de que é tranquilamente um dos jornalistas mais simpáticos do Brasil. De Burti a única coisa que eu sei é que pilotou na F1 e agora está na Stock. Jamais ouvi algum comentário sobre a pessoa dele.

Assim, eu começo a minha crítica de forma muito diferente das manifestações esculhambadas de pessôas ofensivas que mostram nas arquibancadas placas contedo “Cala a bôca Galvão”, “Vai tomar.......Galvão”, e assim por diante. Penso que se o público espera para si algum nível de respeito vai ter que entender que deve dar o mesmo antecipadamente.

Por isso entendo que não se pode debitar isoladamente ao Galvão Bueno os eventuais desacertos ou incomodos da narração. Aliás, nesse aspecto tenho motivação que não quero colocar aqui para justifiar o que digo.

Spa - Vettel vence, Button dá aula de pilotagem e Schumi faz a festa

Na pista onde Schumi comemora 20 anos de F1 e Rubens completou 300 GP´s no ano passado, as disputas apertadas fizeram a festa mesmo, muito embora a transmissão monopolista tenha conseguido a proeza de dar um show de besteirol. Mas isso não atrapalhou a única coisa válida no evento, o que acontece lá no asfalto. Foi uma ótima corrida.

Vettel venceu em Spa e assim retorna ao seu lugar ´natural’ de vencedor que pilota o melhor carro da categoria. A Red Bull é efetivamente a bola da vez e para vencer corridas precisa de piloto à altura do equipamento e Vettel é essa pessôa. Portanto, entendo que ele fez hoje o papel esperado.

Mas como já coloquei em outro post anterior, a briga a ser observada nas última corridas desse campeonato é entre os pilôtos que disputam as pontuações de segundo para trás. Alonso, Webber, Button e Hamilton são os caras que representaram o que poderiamos chamar de as disputas principais na corrida. Hamilton não pode faltar nessa lista porque tinha condições de dar trabalho à todos ali na frente e acabou participando da definição do resultado de forma dantesca num toque inesperado com o japonês pé de chumbo.

As duas primeiras voltas foram até confusas por conta das condições iniciais. Bruno largou pela primeira vez na vida entre os dez carros mais rápidos do planeta e ainda por cima no lado sujo, e numa pista onde a primeira curva é literalmente uma esquina estreita. Partiu para a busca da sua posição tentando acompanhar os outros mas não freou cêdo o suficiente e bateu com Alguerssuari. Este último saiu da prova. Até que o estrago não foi dos piores, Bruno ficou encaixotado e poderia muito bem ter patrocinado uma grande lambança.

Ao final da segunda volta as posições eram Rosberg na liderança, que fez uma largada brilhante, seguido de Vettel, Massa, Hamilton, Alonso e Buemi. Webber mais uma vez largou muito mal e perdeu várias posições. Como eu coloquei aqui ontem, seria muito interessante ver o que Schumi conseguiria saindo das catacumbas da última posição. Na segunda volta era o 14o. colocado. Lá na frente na primeira colocação o seu companheiro Nico mostrava que a Mercedes é carro para disputas fortes. Isso pressupunha que o alemão também tinha equipamento para uma bôa prova de recuperação.

Senna vai ao box na volta 2 para trocar o bico e portanto foi parar lá atrás. Mais tarde recebeu punição e caiu para o final do grid. Até aí tudo está dentro das regras e nada há que desabone alguém, no meu entender. Diria que são consequencias do nível de competição alto demais da categoria.

Na volta 3 Vettel assume a ponta ultrapassando Nico. A Mercedes está bem melhor mas não é páreo para a super eficiente Red Bull. É bom não esquecer que a Red Bull tem efetivos concorrentes chegando muito perto. E eu diria que se as regras para o ano que vem forem as mesmas desse ano as disputas serão intensas. Ferrari, McLaren e Mercedes estão mostrando performances bem mais próximas da Red Bull. Correram atrás e estão chegando.

Webber inaugurou a sequencia de pit stops na volta 4, para troca de pneus, no mesmo momento em que Button veio para trocar o bico. Massa vinha bem na prova mas Hamilton e Alonso vinham encostando e assim Massa perdeu a sua posição para os dois na mesma volta. Mau começo para o brasileiro e uma demonstração da fome do espanhol que começou em ritmo muito intenso.

Na volta 6, tendo cumprido apenas 42 km de corrida, Vettel vem para o seu pit. Numa prova de 300 km, os pneus não duram absolutamente nada. Nem dá para se pensar em estratégia antes da primeira troca. Foi nesse momento que Bruno recebeu a sua punição e acabaram aí as esperanças da Globo ficar falando do Bruno sem parar.

Na volta 7 Alonso vai para a liderança ultrapassando Rosberg, que é Nico e não Keke como foi anunciado antes de iniciar a corrida. Mas mesmo tendo assumido a ponta, Alonso usava os mesmos pneus de todo mundo e 2 voltas depois foi para o seu primeiro pit.  Aí estavam na frente Webber, Rosberg e Massa, que iriam inevitavelmente perder essas posições pois a dança dos pits estava inaugurada. Na volta 10 foi a vez de Massa ir para a primeira troca, e foi seguido de Hamilton e Rosberg. Embora a corrida tivesse sido muito disputada, tanto o clima colaborou com pista sêca o tempo todo, como também os pneus tiveram influencia decisiva, tanto que os blisters começaram a aparecer rápidamente.

Na volta 13 uma cena muda o panorama da corrida. Hamilton estava pouco à frente de Kobayashi e teria que abrir para a curva seguinte à direita. O japones deveria nesse caso dar-lhe espaço pois nada mais havia a ser feito. Mesmo assim continuou no seu rtimo sabendo que Hamilton abriria o traçado inevitavelmente e assim Hamilton tocou a roda dianteira direita do japones com a sua traseira esquerda. Não há carro que consiga manter a trajetória assim. Girou, bateu forte de frente e acabou ali a sua corrida saindo do carro um pouco tonto apenas. Saiu portanto da disputa mais intensa pelos pontos do campeonato.

Entra o safety car e começa uma procissão de pit stops. Na volta 16 a corrida recomeça tendo Alonso na ponta seguido de Webber, Vettel, Massa e Nico. Dava a impressão de que o espanhol poderia ganhar a prova, mas os pneus fazem parte dessa corrida e de quaisquer outras. Massa, que tinha feito uma boa classificação não conseguia repetir a performance na corrida e foi ultrapassado por Nico Rosberg, que tem um carro que nesse ano ainda não parecia ser páreo para a Ferrari. E não se pode dizer que a Ferrari piorou pois Alonso liderava a corrida nessa hora. Mas na volta seguinte Vettel assumiu a liderança ultrapassando Alonso. Aí ficou claro que Vettel tem um carro ainda superior à Ferrari, coisa que não há muito a se discutir.

Schumi que veio do fnal do grid estava nessa hora na 7a. colocação. Ele ainda pilota e muito, mesmo estando na hora da aposentadoria. Na volta seguinte ultrapassou a McLaren de Button e isso deixou clara a noção de que ao menos em pistas de alta a performence desses dois carros é muito próxima. É bom lembrar que usam o mesmo motor e portanto um diferencial evidente entre os dois nesse caso é a aerodinamica.

Mas o diferencial é bem pequeno e na volta seguinte o alemão foi novamente ultrapassado por Button. Quem se lembra de Button na patética Honda de pintura ecologicamente correta e performance lamentável, jamais imaginaria naquela época que algum dia pudesse brigrar mano a mano com o alemão multi campeão.

Vettel continuava na ponta, para vencer a prova, seguido de Alonso e Webber. Depois vinha Rosberg se segurando numa disputa muito dificil, seguido de Button que tirou hoje do seu carro o melhor que pôde, numa pilotagem muito fina, de mestre. A essa altura Massa se virava na 7a. colocação com Schumi chegando nele. Button vai para mais um pit na volta 33 e Massa entra junto. Era a fase da corrida em que os pit stops vão dar o contorno final.

Vettel liderava seguido de Alonso, e Schumi nessa hora estava em 6o. Foi quando Webber ultrapassou o espanhol que já tinha os pneus em mau estado. Entendi que a Red Bull tem uma frente fantástica e que a Ferrari não dá as mesmas condições no que diz respeito ao desgaste dos penus. Diria que veremos um cenário análogo em Monza.

E Kobayashi entra de novo na cena. Rubens bate o bico no pneu traseiro esquerdo do japones. Não há quem culpar no espisódio mas eu diria que o japones foi o responsável pelo evento pois me deixou a impressão que freou mais cêdo que o esperado. Eram os pneus?? Talvez. Rubens estava muito perto da entrada do box e já seguiu para um pit a mais para trocar o bico.

Aí estava surgindo uma disputa que eu diria que justificou assitir a corrida. Schumi encostou no seu companheiro Nico e o rádio da equipe informou a Nico que a coisa estava entre eles. Não se pode descartar a possibilidade de que isso mesmo seja um código para dar ao alemão a vez no seu aniversário de 20 anos de F1. Mas não foi isso que se viu na pista e Schumi colou no seu companheiro. O qual, por sua vez, não lutou para manter a posição no momento da ultrapassagem. Diria que foram cavalheiros, elegantes.

Eram as últimas voltas e nada mais mudaria, teoricamente. Vettel venceu seguido de Webber, Button, que fez um trabalho brilhante, Alonso e Shumi em quinto, sua melhor colocação no campeonato, seguido de Nico Rosberg.

Massa andou mais para trás ainda por conta de um pneu perdendo pressão que ocasionou outro pit stop. Dessa vez, o melhor posicionado com os Cosworth não foi Rubens e sim Maldonado. Dos carros que usam esse motor apenas a Williams se sai melhor. Bruno aparece em 13o. um ótimo resultado tendo em vista as condições e Rubens em 16o. Rubens perdeu uma bela oportunidade hoje por conta de um toque típico de corrida.

Terminaram 19 carros, tendo saído da pista Sergio Perez, Ricciardo, Hamilton, Buemi e Alguerssuari que não se conformou nada com o acidente com Bruno.

Vettel lidera o campeonato, agora sem chances para Webber alcançá-lo e assim é o virtual campeão de 2011. Mas entre Webber, o 2o. colocado nos pontos e Hamilton, o 5o., estão Alonso e Button, que são os quatro pilotos desse campeonato nos quais devemos prestar atenção nas próximas corridas. A posição de Vettel nas corridas passa a ser a do piloto que interfere naturalmente num resultado pré definido (o seu) e num a se definir (dos outros 4) em face da diferença de pontos. Enquanto que a segunda posição no campeonato será disputada por 3 campeões e um batalhador que anda muito rápido mas não o suficiente e larga continuamente mal. Não há duvidas de que o final do campeonato será interessante.

sábado, 27 de agosto de 2011

Spa - Vettel na pole numa corrida onde a única coisa previsível será a Globo

 A corrida do ano passado em Spa foi tão imprevisível como deve ser esta de amanhã e como foi também o treino classificatório de hoje. No ano passado Webber fez a pole seguido de Hamilton mas perdeu posições largando muito mal e a vitória caiu na mão de Hamilton. Vettel colidiu com Button, depois teve um pneu furado em outro toque e acabaram as suas chances nessa prova. Alonso rodou e saiu da prova. Antes disso Rubens acertou a sua lateral mas quem ficou prejudicado foi o brasileiro que não teve como prosseguir. Um tipo de espalha pedaços aqui e ali motivado pela mudança de condições da pista, principalmente. Chegou até a secar e mais tarde a chuva voltou. Terminou com vitória de Hamilton seguido de Webber e Kubica.

Assim é Spa e amanhã deve ser igual. Hoje isso acabou interferindo na classificação. Vettel fez a pole seguido de Hamilton e Webber. Bruno Senna que no ano passado classificou-se em 20o., hoje conseguiu a sua melhor classificação em um GP de F1, a sétima colocação. Ficou à frente do seu companheiro Vitaly Petrov. Massa também vai largar à frente do seu companheiro Alonso. Massa garantiu o 4o. lugar e Alonso apenas o 8o. Rubens mais uma vez é o mais rápido com Cosworth mas na 14a. colocação e à frente também do seu companheiro Pastor Maldonado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Schumi - a opinião de Lauda

Matéria da seção Automobilismo do portal IG.

No link abaixo, ninguém menos que o tri-campeão Niki Lauda, que já passou pelo seu período de retorno e aposentadoria na Formula 1, diz que está na hora de Schumacher repensar e que segundo ele, Lauda, não dá mais. Lauda tem autoridade como poucos para fazer um julgamento desses.

http://esporte.ig.com.br/automobilismo/f1/para+niki+lauda+esta+na+hora+de+schumacher+se+aposentar/n1597128180158.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Carlos Antonio Ferreira - preparador falece durante competição na Granja

Carlos Antonio Ferreira em foto de Claudio Reis do site Planet Kart

O site Planet Kart noticia o falecimento do preparador Carlos Antonio Ferreira, o Cal como era conhecido no meio, ocorrido no último sábado 06/08/2011 durante a sétima etapa da Copa São Paulo de Kart Granja Viana.

Leia matéria de Claudio Reis no link abaixo.

Adeus amigo Cal

domingo, 7 de agosto de 2011

Thiago Camilo - fazendo preces e pisando fundo, volta para casa mais rico

Thiago Camilo ganha R$ 1.000.000,00 sob os auspícios da competencia e das preces da família. Na volta final pediu pelo rádio que todos rezassem, muito embora o santo da vantagem que tinha sob o segundo colocado, Daniel Serra, o estivesse ajudando muito mesmo na subida. Classificou-se em sétimo virando 0,6s mais lento que o pole Marcos Gomes. Trabalhou bem na corrida, poupou o carro e também por isso foi vendo as notas do prêmio sempre mais próximas, até que finalmente as conquistasse na segunda metade da prova. Parabéns, mereceu e deve festejar muito. Em segundo lugar aparece Daniel Serra e em terceiro Max Wilson.

Não acompanho a Stock Car e tenho que admitir que a presença do Jacques Villeneuve me motivou a assistir, muito embora eu tivesse a clara impressão de que ele não faria nada de espetacular. Acho muito válido o marketing que envolve a presença dele mas acho que essa corrida do milhão especificamente, precisa ser repensada.

A prova teve disputas bôas, com momentos em que chegaram a entrar no S do Senna em três. Marcos Gomes não largou muito bem e ficou num sanduiche antes da primeira curva e perdeu a sua posição ali mesmo para Daniel Serra. Mesmo assim Marcos fazia uma corrida consistente e deixava clara a impressão de que poderia faturar a bolada. Até que foi para os boxes para o pit stop, e aí as coisas começaram a mudar.

Os outros pilotos vieram em seguida e foi nessa hora que Villeneuve teve a liderança temporária da prova. Então Marcos chamou a equipe dizendo que tinha um penu furado. E não era o pneu e ao mesmo tempo o rendimento caía. Segurou bem a briga com os de trás mas não tinha condição de resistir. Mesmo assim foi até o final da prova terminando em 11o. lugar, o que mostra uma queda muito grande de rendimento para quem mostrou condições de vencer.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Michael Schumacher - até quando vai??

Em 2004 Michael Schumacher faturou o último da sua coleção invejável de 7 títulos na F1. O vice-campeão daquele ano foi o seu companheiro Rubens Barrichello e Button, o vencedor da última prova no domingo, foi o 3o. colocado pela BAR.

Em 2006 despediu-se da categoria em campeonato vencido por Fernando Alonso na Renault, ficando Schumcher com o vice-campeonato. Após 3 anos de ausência voltou à categoria pela Mercedes no ano passado e nem êle nem ninguem esperava uma atuação matadora como foi na Ferrari. Afinal, 3 anos longe do volante é muita coisa para uma categoria tão exigente.

Finalizou o campenato do seu retorno em 9o. com a metade dos pontos do seu companheiro Nico Rosberg que finalizou em 7o. A expectativa era bôa pois o chefe da equipe, Ros Brown, era o dirigente da equipe que ganhou o campeonato em 2009 nas mãos de Jenson Button. Além disso o nome Mercedes tem tudo a ver com competições automobilísticas e também usava o mesmo motor, o da sua fabricação, vencedor do ano anterior.

Schumi foi muito criticado pela imprensa pois os seus resultados não lembravam em nada o grande campeão da Ferrari. Mas como se tratava de um retorno após 3 anos de afastamento ninguem iria exigir dêle uma performance que levasse continuamente ao pódio um carro e uma equipe que acabaram de nascer da compra de outra.

No atual campeonato a performance do alemão está se mostrando um desastre. Embora com apenas 6 pontos de diferença, Schumi está 3 colocações atrás de Nico Rosberg até o momento. Não há nada que indique que isso vá mudar a seu favor nesse campeonato.

Nos momentos de performance extrema Schumi tem levado a pior continuamente. Classificou-se apenas uma vez na frente do seu companheiro nesse ano, na prova de Monaco. Nas voltas rápidas marcou 3 na frente de Nico sendo que apenas em uma dessas terminou a prova na frente dele também, no Canadá.

Para os parametros da F1 trata-se de uma lavada quando estamos comparando um campeão inquestionável com outro pilôto muito menos experiente e que nunca conquistou um título. Então é de se questionar até quando Schumacher vai continuar tentando. Será que isso vale a pena?

Seria o caso de perguntar a grandes campeões do passado. Na falta dessa possibilidade vou me valer de lembranças. Niki Lauda sofreu um acidente gravíssimo que lhe custou uma parte do rosto e quase veio a lhe custar a vida também. Mesmo assim prosseguiu na categoria e ganhou o seu último título em 1984, o mesmo ano em que Ayrton Senna chegou na frente de Prost em Monaco, embora a corrida tivesse sido finalizada ali, o que validava o resultado da volta anterior.

Em 1986 o seu companheiro Alain Prost venceu o campeonato e Lauda pendurou as luvas. Até hoje Lauda é reverenciado como um dos maiores pilôtos da F1, muito embora não tenha colecionado títulos. Venceu 3 campeonatos, sendo os dois últimos após o pavoroso acidente em Nurburgring.

Schumacher fez a sua estréia na Jordan e no mesmo ano comprou a vaga de Roberto Pupo Moreno na Benetton com dinheiro da Mercedes. Hoje Schumi tem contrato com a empresa que o apoiou no passado no seu início no automobilismo e isso remete à idéia de uma ação de marketing.

Schumi entra na equipe com a sua experiencia inegável e faz, evidentemente, parte da estrutura de desenvolvimento do carro. Mesmo não conseguindo fazer tempos ótimos tem sensibilidade e bagagem para falar sobre o carro que dirige. Não é alguem que precisa entender como funciona um carro de F1 e a estrutura de uma equipe dessas, e a sua presença dentro do carro acaba sendo proveitosa nesse aspecto.

Mas como competidor os resultados deixam muito a desejar e corroboram a idéia de que a idade já faz o seu papel e que é hora de parar. É muito difícil imaginar Schumi com a performance arrasadora do passado considerando-se os resultados mostrados. Não quero com isso dizer que êle não pilote mais. Ainda é um pilôto rápido mas não o suficiente e com o carro que tem na mão não conseguirá uma elevação da performance de forma significativa. Enquanto isso o tempo vai passando e mesmo que ele a sua equipe digam que cumprirá o contrato, que acaba no ano que vem, é dificil imaginar um final de atividade digno de um campeão.

Schumi está mostrando que a idade é um fator que dificulta as coisas na categoria e também que a ausencia de treinos é um impecilho muito grande para alguém que ficou 3 anos sem pilotar os carros mais velozes do planeta.

Schumi já fêz o que podia, é até possível que tenha um campeonato melhor em 2012, mas efetivamente não está mais em condições de fazer o que fez no passado na Ferrari. Porque? Penso que apenas êle pode responder e vou arriscar que o fator psicológico faz parte. Não é nada agradável estar andando sempre entre outros pilôtos que não tem a mesma distinção que êle e por isso também deixar de ser alvo dos holofotes e microfones. Eu diria que hoje Michael Schumacher se parece mais com Ralf Schumacher, o irmão apagado do qual ninguem mais fala nada. É como se o irmão mais velho acabasse tendo menos moral que o mais novo em casa.

No meu entender para uma pessoa com a expressão que ele tem no meio, com o passado fenomenal na Ferrari, com o nome cravado definitivamente na história do automobilismo, êle já tem muito mais até do que caras emblemáticos que nunca serão esquecidos. Acho que está na hora de assistir do box, ou se achar muito barulhento pode ser em casa mesmo.

domingo, 31 de julho de 2011

Gp da Hungria - São Pedro entrou na pista, mas de leve. E Hamilton de novo......

Não faço a menor idéia das estatísticas de pit stop´s desse ano mas acho que na Hungria bateu record. E São Pedro fez a sua parte nisso tornando a prova imprevisível com um clima incerto em pista difícil de ultrapassar.

A prova começou com pista úmida, um autêntico sabão, e Rosberg patrocinou uma escapada logo na volta de apresentação. Mas voltou à pista sem danos, coisa que poderia não ter acontecido pois fora do asfalto o controle desaparece.

A primeira curva, à direita, é suficientemente fechada para atrapalhar muito a vida de quem vem por dentro. Hamilton, que cravou o segundo tempo no sábado, largou muito bem e iniciou uma perseguição a Vettel bem de perto. Ao mesmo tempo um pouco mais atrás, Massa perdeu várias posições. Rubens ganhou duas e mais tarde perderia as que lhe colcariam na zona de pontuação.

A volta 1  fechou com Vettel na frente seguido de perto por Hamilton, que já vinha para a briga, com Button em terceiro. Como a pista estava úmida não se podia prever o que aconteceria nas trocas de pneus. Ninguem tinha como fazer qualquer previsão naquela hora. Mas como não chovia própriamente, havia a possibilidade concreta de formação de trilho sêco.

Na volta 3 Alonso ultrapassa Rosberg e vê à sua frente um caminho que poderia levá-lo ao pódio, coisa que para o espanhol é como doce na boca de criança. Com a pista úmida e com os carros mostrando menor diferença de performance em relação às poderosas Red Bull, na volta 4 Vettel e Button disputaram posição de forma emocionante lado a lado. Ao mesmo tempo que Alonso dá uma escapada e perde para Rosberg a posição anteriormente conquistada.

Gp da Hungria - Button vence brilhantemente uma corrida imprevisível

Na mesma pista onde Nelson Piquet fez uma brilhante ultrapassagem, ainda que muitos esqueçam que ele tinha mais motor que o Ayrton, e na mesma equipe que conquistou o seu primeiro mundial de construtores nas mãos de Emerson Fittipaldi, Button deu um show de capacidade de pilotagem e não deu sossego desde a primeira volta.

Button é desses caras que se você não prestar bem a atenção no cenário, é capaz de não perceber que ali tem uma cobra pronta para dar o bote. É na minha opinião a tocada mais limpa da F1 atual. Não é de graça que êle é campeão do mundo.

A vitória de hoje deve ser valorizada e também festejada. Button é um dos pilôtos que brigam pelo segundo lugar no campeonato, que deve mesmo ter Vettel definido como campeão. A oito provas do final e a 15 pontos do segundo colocado, Mark Webber, Button tem claras chances de ser vice-campeão. E tem nas suas mãos um ingrediente que deve se mostrar altamente confiável nas próximas provas, uma muito eficiente McLaren.

Para ajudar um pouco vai contar também com os eventuais excessos do seu companheiro Hamilton, que vez ou outra lhe rendem punição, rodadas, batidas e tudo mais. Mesmo Hamilton estando na frente de Button na pontuação, eu diria que Hamilton está perdendo o vice-campeonato para Button. Ganhar corridas e campeonatos impõe a necessidade de andar para frente nas corridas, o que implica em não errar e ser constante. Button é capaz disso, senão não teria sido campeão inquestionável pela Brown GP, tendo Rubens como seu companheiro naquele ano.

Um dos grandes valores dessas vitória de hoje foi mostrar que os motores Mercedes são vencedores e que a McLaren evoluiu nesse projeto a ponto de aproveitar o melhor dos seus motores. Isso já coloca uma questão a mais. A Mercedes, onde pilota Michael Schumacher tem o dito motor mas nao tem carro à altura. Isso explica porque Schumi não consegue resultados melhores. Mas não explica porque Rosberg anda na sua frente. Aí quem explica é a geriatria, eventualmente.

Olhando o resultado de hoje, aparecem Mercedes, Renault e Ferrari, e na sequencia também Mercedes, Renault e Ferrari. Enfim, as 6 primeiras colocações estão nas mãos de quem tem esses motores. E novamente Rubens Barrichello foi o melhor classificado entre os que aceleram Cosworth.

Passando essa sopa no coador, eu diria que embora a Red Bull tenha um carro indiscutível, nada impede que a McLaren seja postulante a outro título, claro que não nesse campeonato, mesmo estando agora na segunda colocação. Essa reação da McLaren nessa altura do campeonato, no meu entender faz com que as suas vagas continuem ocupadas, ao menos teoricamente. Não sei se é o mesmo caso na Red Bull onde Webber não consegue andar no mesmo ritmo do seu companheiro. Por sinal hoje Vettel ficou à frente de Alonso e um pouco mais atrás Webber à frente de Massa.

Quero dizer com isso que, apenas na McLaren é possivel se esperar por disputas internas. Nas outras equipes as diferenças estão sendo mostradas uma corrida após a outra. E aí é que devem estar as possibilidades de mudança na formação dos team´s. Não se pode esquecer que agora já começam as conversas entre equipes e pilotos. Button com certeza não tem essa preocupação no momento. E se Hamilton fizer mais uma das suas, será êle mesmo que terá que sentar para um papinho, muito embora tenha mostrado hoje uma habilidade invejável numa corrida imprevisível. Só precisaria ser o que o seu companheito foi, mais cuidadoso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

IKWC 2011 - Belgas saem na frente vencendo a etapa Nations Cup

foto - Ed Cordeiro

Era de se esperar. Andando em casa na pista onde têm acesso mais fácil e frequente que os estrangeiros, os belgas ganharam disparado o Nations Cup, a etapa das disputas do IKWC onde as equipes representam os países de origem.

A vencedora foi a equipe VANTRICO formada pelos pilôtos Anthony Van Trier, Bart Van de Vel, Kenneth Goris e Mats de Jong, todos belgas. Em segundo lugar a equipe Daytona Essen Racing Team, da Alemanha. Em terceiro BlueStar Racing Team - A  da Belgica.

Quem cruzou a linha de chegada foi o belga Anthony Von Trier com o kart numeral 19. A equipe marcou a melhor volta em 55,703s. Marcaram melhor volta neste mesmo segundo mais 3 equipes. As outras fizeram as suas melhores voltas na casa dos 56s.

Os brasileiros aparecem na 11a. colocação na equipe KART GP / KART GUAPI Brazil formada por Fabio Konrad, Filipe Jorge, Lucas Motta e Luir Miranda, do KIG - Kartódromo Internacional de Guapimirim.

É permitida a formação de equipes para o Nations Cup composta por pilotos de diferentes países, como mostram os resultados que seguem. O que vale é a bandeira que estão representando.

Em 17o. a equipe brasileira TMA Helmet Design formada por Alex Kid, Nuno Queiroz Alves (de Portugal), Rafael Franco e Thiago Amorim

Em 21o. a equipe Troglo com Felipe Assumpção - BRA, Geoffrey Mertens - BEL, Gustavo Lablanca - BRA e Marcelo Rodriguez  - SPA.

Em 28o. LariMax/Oliver com os pilôtos Carlos Nadaes, Daniel Faulhaber, Francisco Jansley, Maxwell Jansley

Na frente dos brasileiros da KART GP / KART GUAPI, predominam pilôtos da Belgica, Alemanha e Aústria, principalmente. Como se trata de inicio do evento, eu diria que é sensato esperar uma predominancia desses pilôtos nas etapas seguintes. Os belgas já mostraram que são bons de briga em outras ocasiões e não será na casa dêles que vão dar moleza aos visitantes. Portanto os nossos compatriotas podem esperar uma parada dura nas próximas disputas.

domingo, 24 de julho de 2011

IKWC 2011 - 32 brasileiros disputam com os melhores do indoor mundial

À partir da esquerda: Herwig Heckl (Austria - Campeão Mundial Senior 2007), Ed Cordeiro (3 vezes campeão na Master IKWC), Werner Truegler (Austria - primeiro campeão da modalidade), Boreman (campeão belga) e Mathias Grooten (Austria - campeão mundial 2008 e atual número um do mundo)
foto - Ed Cordeiro

O kartismo indoor ganhou tal força na última década que multiplicaram-se pelo país os kartódromos destinados ao público amador e também as ligas que organizam campeonatos particulares.

O brasileiro é um notório amante da velocidade e isso pode ser comprovado nas reservas de horário dos diversos kartódromos espalhados pelo país. Não só aqui no Brasil a modalidade indoor tem uma legião de adeptos. No exterior o IKWC é a confirmação da força que o kartismo indoor ganhou mundo a fora.

Os campeonatos regionais são o palco da revelação de pilotos muito habilidosos, capazes de desafiar os mais rápidos em qualquer pista.

Em 2005 na cidade de Phoenix no Arizona, Werner Truegler tornou-se o primeiro campeão do IKWC e continua na ativa estando inscrito para mais uma edição do campeonato que reúne os mais rápidos pilotos de indoor do planeta.

Na foto do post, aparecem 5 pés pesados que estão inscritos na edição de 2011 do IKWC. No centro, Werner Truegler, o primeiro campeão. À sua direita, Ed Cordeiro, que foi o grande batalhador pela realização de uma edição do campeonato no Brasil em Macaé no ano de 2009. Abaixo segue a lista de brasileiros inscritos que conta com nada menos que 32 pilotos nesse ano. Se o número é expressivo, isso se deve a vários fatores, e um deles foi a persistencia de Ed Cordeiro em concretizar a vinda da categoria para o Brasil.

Alex Kid
Alexandre Moriya
Arthur Vargas
Carlos Carneiro
Carlos Nadaes
Chico Lopes
Daniel Faulhaber
Ed Cordeiro
Fabio Konrad
Felipe Assumpção
Felipe Marcel
Felipe Siqueira
Filipe Jorge
Francisco Jansley
Gustavo Lablanca
Gustavo Taveira
Gustavo Zimmermann
Henrique Monteiro
Igor Okimoto
Lucas Motta
Luir Miranda
Luis Sergio Vargas
Maxwell Jansley
Meri Monteiro
Otacilio Oliveira
Pablo Marlangeon
Rafael Franco
Slow Assis
Tales Matos
Thiago Amorim
Thiago Clark
Wilson Oliveira


Indoor Kart World Championchip