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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Daniel Maia - Ceará perde um piloto trágicamente


foto: Robério Lessa - blog Carros e Corridas

Li há poucos instantes no Facebook do meu amigo Roberto Costa a noticia que reproduzo abaixo:

A poucas horas faleceu vítima de acidente no Autódromo Virgílio Távora, Euzébio, o piloto Daniel Maia que pilotava um Fórmula. As notícias dão conta que na ainda primeira volta ao entrar na reta rodou sozinho, atravessou a pista e colidiu com o muro dos boxes sendo socorrido a tempo mas n...ão resistiu aos ferimentos.

O automobilismo mundial contabiliza um grande número de mortes. É compreensível, embora dificil demais de aceitar, que um esporte desses possa levar a vida de quem pratica. Recentemente o japonês Shoya Tomizawa engrossou a fila num acidente na Moto2. Muio jovem ainda, a sua morte chocou o mundo do motociclismo.

Agora foi a vez de Daniel Maia, piloto da Fórmula V 1.8, categoria cearense de monopostos. Daniel perdeu o controle do seu monoposto e bateu no muro dos boxes do autódromo. Por mais que se faça pela segurança nos carros de corrida, sempre existirá a possibilidade de um acidente fatal. Todas as pessoas que praticam esportes de velocidade estão cientes dessa possibilidade e em nenhuma hipóteses vão para a pista pensando nessa possibilidade, pois assim nem dariam a partida no bólido.

Nossos pêsames à família.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

500 Milhas da Granja Viana - 14a. edição será a ultima neste kartodromo


A maior festa do kartismo nacional vai mudar de endereço. A 500 MIlhas da Granja, prova realizada anualmente no Kartodromo Internacional Granja Viana, vai ter a sua ultima realização neste kartodromo. O evento não foi extinto e continuará em local a ser divulgado. Há muitas possibilidades mas eu suspeito do Velopark. É o mais recente empreendimento do meio e está um estado onde há uma número grande de fanáticos de automobilismo e ainda por cima perto das nossas fronteiras. Um situação que tornaria essa corrida uma prova genuinamente sulmaericana. Mas isso é apenas uma suposição minha, vamos aguardar as notícias.

A 500 Milhas da Granja teve a sua primeira prova realizada em 1997 e vencida pela equipe de Felipe Massa. Assisti a largada dessa prova na casa de um amigo meu e imediatamente me lembrei da largada da histórica 1000 Milhas Brasileiras.

A 500 Milhas da Granja traz anualmente pilotos do automobilismo mundial como Felipe Massa, Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Nelson Piquet Jr e muitos outros. Na edição derradeira neste kartódromo Felipe Massa não estará presente pois vai atender a compromissos seus na Ferrari. O site do evento - 500 Milhas Granja Viana - não divulgou a relação das equipes inscritas. Hoje é o dia da classificação e amanhã a lista de participantes e suas posições no grid de largada já devem estar disponíveis.

Acredito que o kartismo nacional possa ganhar com a mudança de local de realização dessa prova. Mas o kartódromo perde com isso pois a prova é um evento aguardado ansiosamente todos os anos e muitos amigos meus com quem já disputei curvas, participaram lá mesmo dessa prova. A prova é um verdadeiro charme e distingue o kartodromo de forma muito especial.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

IKWC - Mundial de Indoor 2011 retorna à Belgica próximo a Spa


O IKWC, Campeonato Mundial de Kart Indoor, que já teve a sua edição brasileira no município de Macaé em 2009, será realizado em 2011 no mes de Julho na cidade Belga de Eupen. A pequena cidade de 18000 habitantes dista poucos quilometros das fronteiras da Alemanha e Holanda. Alguns quilometros rumo ao sul encontra-se o famoso circuito onde anualmente acontece uma das etapas da Formula1, Spa-Francorchamps.

Os participantes dessa edição do IKWC que tenham interesse em aproveitar a oportunidade para o turismo, podem num pequeno percurso de carro ir de uma cultura à outra pela manã e voltar ao hotel à noite, e trarão de volta na bagagem lembranças de todo tipo de costumes e paisagens europeus, que dispensam comentários.

Eupen, na verdade era territorio alemão e pelo tratado de Versailles passou a ser parte da Belgica. Durante a Segunda Guerra Mundial, novamente foi anexada ao território alemão e mais uma vez voltou ao mapa belga após a guerra. Isso explica a lingua oficial da cidade, o alemão.

A 7a. edição do Mundial de Kart Indoor acontecerá entre os dias 24 e 29 de Julho de 2011. Precisamente um dia após o encerramento do IKWC acontecerá a famosa 24 Horas de Spa. Assim os participantes do IKWC terão um motivo a mais para permanecer na Belgica e guardar nas suas lembranças as imagens e sons de uma competição de alto nível, sem dúvida inesquecível.

A pista onde se realizará o evento, Eupener Karting, é um circuito fechado de 1 km onde uma volta se faz em aproximadamente 70 segundos com os karts franceses Sodi de 9 hp´s Honda. A pista conta com uma ponte que passa acima de tres trechos do circuito.


A disputa terá um total de 8 provas sendo a final uma prova de 1 hr realizada pelos 30 melhores após a 7a. prova. O evento inclui a participação opcional na Copa das Nações, um endurance de 3 hrs em equipe.

A Belgica sediou a primeira edição do IKWC fora dos Estados Unidos, país onde surgiu o evento. Foi em 2008 na cidade de Kortrijk, no Worldkarts Flanders Indoor Karting.

Ainda não há uma lista de inscritos na edição de 2011, mas como é certo que não apenas o evento acontecerá como tambem irão participar pilotos belgas e de outras partes do mundo, incluindo o Brasil, o IKWC 2011 já conta com os seus patrocinadores. Vamos aguardar a divulgação dos inscritos, lista essa que certamente contará com pilotos brasileiros do melhor nível.

site do evento: http://indoorkartworldchampionship.com/

domingo, 21 de novembro de 2010

Hiro Matsushita - nasceu de novo em 1994 no oval de Phoenix

Em 1994 no oval de Phoenix, o japones Hiro Matsushita se tocou na curva com Teo Fabi e acabou ficando atravessado na pista. Segundos depois Jacques Villeneuve vinha num traçado em que econtraria Hiro Matsushita pois não restava espaço e tambem tempo para uma atitude que evitasse a colisão.

Villeneuve acertou o carro do japones e o cortou ao meio. Eu assistia essa corrida e fiquei impressionado ao ver o japones saindo do carro por meios próprio e sem prejuízos além da batida em si. Foi uma das colisões mais violentas da categoria e só não se tornou uma tragédia por pura sorte devido à posição em que o carro de Hiro Matsushita foi atingido. Há outros históricos da Indy em que a estrutura é desintegrada e o piloto não resiste. Nesse caso pode-se afirmar que Hiro Matsushita nasceu de novo.

O vídeo do post é uma matéria onde se comentam as condições do evento, incluindo a curva de velocidade registrada pelo computador de bordo. Como é cockpit, tudo que está preso por parafusos é arrancado e sobre o habitáculo intacto. Isso porque foi apenas uma questão de centímetros para que o japones não fosse colhido no meio, coisa que o mataria ali mesmo.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Minha bagunçada e movimentada prova de encerramento do campeoanto


Meu ano de 2010 no Kart São Paulo foi uma lástima. Pontuei mal e não participei de duas etapas. Além disso na única prova que tivemos com chuva eu rodei duas vezes e mesmo tendo depois disso tirado volta a volta a diferença para os que estavam à minha frente, acabei ficando lá atrás no final. Cito essa prova porque eu tinha condição de terminar melhor mas na chuva pode acontecer de tudo menos rodadas. A prova seguinte foi dura, tomei 3 pancadas que me tiraram da pista e me mandaram para ultimo duas vezes. Pronto, acabaram as chances de terminar um pouquinho melhor. Figuro numa distante 22a. colocação no campeonato. Agora é esperar 2011 e não reclamar de nada porque não tenho justificativas.

Ontem fui de carona para o kartodromo com o Werner Heying e no caminho falamos de fazer um treino. Os treinos me fazem falta hoje e perdi a conta de quanto tempo fiquei sem treinar. E entrei na bateria das 19:00 com apenas mais um cara na pista, portanto não classificamos e só aceleramos o tempo todo.

Do box, Anderson e Werner assistiam a performance ruim do kart 33, o meu, e me fizeram continuos gestos para trocar. Mas nao me interessava o tempo que fazia, eu queria traçar e melhorar as frenagens na hum e no cotovelo, apelidado de 2,5. E consegui o que queria. Mas o 33 estava um desastre de motor, porem o freio estava ótimo e estava levemente traseiro nas curvas de baixa, minha preferencia.

Mais tarde às 21:30 fui para a pista na prova de fechamento do campeonato. Peguei o 14. Vibrava muito, tanto que eu pensei que tinha alguma coisa solta pronta pra cair. Com ele eu fiz o 15o. tempo na segunda volta da classificação num grid de 22 pilotos. Ao contrário das ultimas, dessa vez eu usei o óculos. Tanto no treino como na prova. Com a luz do dia posso pilotar sem óculos mas à noite definitivamente não dá.

Mas como eu podia pelo regulamento fazer duas trocas, voltei ao box e peguei outro que era pior ainda. Saí do box atrás do Lucas Rocha e patrocinei um autentica presepada. O Lucas esperou aliviar o transito e entrou. Eu olhei e vinha um perto. Esperei ele passar e mais atrás vinha outro mas dava tempo. Então o desavisado aqui entrou na pista contornando a hum ao invez de atravessar a pista pro lado de dentro dando passagem para quem viesse. E não deu outra, na tangencia tomei uma panca bem dada na lateral e rodei. Fiquei ao contrário e subi na área de escape onde girei o kart e voltei. Mas acho que foi nessa hora que se soltou uma mangueira de combustivel e nem cheguei a completar a volta. Entrei com o kart apagado no box. Empurrrei o kart e perdi tempo com isso, deveria ter largado na entrada e corrido para pegar outro. Larguei dos boxes em ultimo no kart 16, novamente atrás do Lucas Rocha.

Este não era tão ruim mas não tinha reta. O freio não era bom e com os pneus quentes começou a escapar muito a frente. Resultado, frenagens muito antecipadas e inicio de curva tambem. Não conseguia de forma alguma provocar saída de traseira mesmo no fim da reta onde voce vem a pleno, não tinha acordo. Logo no início se bateram na chicane e o Lucas livrou a confusão e eu fui atrás. Ganhamos 3 posições ali. Depois fui passando um e outro e mais outro mas no meio do caminho quando já estava perto de aparecer no placar, me atrapalhei na entrada do miolo e tomei duas ultrapassagens. E mais outra vez a mesma coisa e perdi contato.

Briguei tanto com esse kart que comecei a subir em todas as lavadeiras. E isso é justamente o que não funciona quando o kart nao tem retomada. Fiquei consado e sentia uma fome daquelas. Briga daqui e dali e lá no final estavam na minha frente o kart 13 e o 39. Ambos abriam de mim na reta e muitas vezes eu encostei neles na entrada da subida. Eles estavam mais lentos nas curvas e eu com pouco motor para ultrapassar.

Ultrapassei um e cheguei no outro. E num determinado momento eu vi que a unica chance era uma disputa de freada forçada no fim da reta. Consegui entrar bem na reta ao mesmo tempo que ele entrou mal e eu colei. Lá embaixo eu sabia o que ele ía fazer. Fechei o traçado e no ponto onde ele freava passei reto e comecei a emparelhar sabendo que ía bater de lado com ele. Dei no freio e o kart girou e apontei pra lavadeira. Literalmente subi no cimento com a 4 rodas e ultrapassei o cara na marra saltando na saída da lavadeira batendo o bico no chão. E saí fechado o suficiente pra dar espaço à ele na chicane e na dois. E aí, com a pista limpa à minha frente, eu fiz as minhas melhores voltas no fim. Fiz 5 voltas andando numa faixa de 0,3s. E terminei em 14o., quando na verdade poderia ter finalizado ao menos em 12o. Mas foi divertido. E mais tarde na hora da Master o Giba pegou o kart 33 com o qual eu tinha treinado antes. Conto isso no outro post.

Campeões do Kart São Paulo 2010 - comemorem

Para comemorar os resultados do campeoanto de 2010, seguem fotos de ontem dos campeões e uma música que no meu entender combina em genero, numero e grau com o que gostamos de fazer.



Otto Resende, organizador e campeão da Master em 2010


Marcelo Lunardi em primeiro na corrida e campeão da Light 2010

Kart São Paulo 2010 - Master - Marcelo Lunardi vence a prova, Otto é o campeão

foto: Claudio Abdo, Marcelo Lunardi, Fabio Komatsu

O Campeão da Master já estava definido, Otto Resendo com 190 pontos. A prova final não poderia ter sido melhor. Pilotaram como gente grande, bota mesmo. O que não foi muito agradável foi o comparecimento, apenas 13 vieram decidir o campeoanto.

O Marcelo Lunardi fez pole com 48,867. Na prova fez 48,935 e o Nico Marmora fez 49,512 terminando na 9a. colocação 31,6s atrás do ponteiro. Foi bem disputado, não resta dúvida.

Mas é sempre bom lembrar uma coisa no nosso regulamento que faz muita diferença, as trocas de kart. O Giba Gallucci não podia trocar de kart. Quando me falou que pegou o 33, o mesmo com o qual eu tinha feito treino antes, lhe disse pra dar adeus à prova porque nao conseguira nada. A melhor do Giba na classificação foi 50,5s e na prova 52,6s.

Para ter uma ideia, no treino com esse kart eu andei sem lastro. Na prova com o kart 16 eu fiz 50,09s com 10 kgs de lastro. Andei mais pesado e mais de 1s mais rápido por volta. Enfim eu achei um milagre o Giba ter largado em penultimo e surgido uma vez no placar em 9o.

Mas o que ficou ruim pra ele não foi isso. No meio da prova o Julinho Castrezana estava na frente do Gilberto e na entrada do miolo o Giba encostou e ultrapassou espremendo no Julio na curva. No inicio do mergulho se pegaram. De la do box eu nao sabia quem estava atrás do Giba. Pensei que fosse proposital. Os dois pararam e o Julinho rodou na batida. O Giba nao saía do kart e eu pensei que tinha machucado a mão.

E nao foi nada disso. O Júlio passou em frente a torre de cronometragem gesticulando para o diretor de prova e pura e simplesmente nao viu o ponto de aproximação chegar. Quando se deu conta abriu para começar a curva pois estavas em cima já e nessa hora o Giba estava já fechando o inicio. Deu uma bela panca na lateral. E o Gilberto que nao esperava aquilo acabou ficando momentaneamente sem ar e por isso parou na pista. Enfim, tudo perfeitamente em ordem entre eles, nada errado.

Na frente o Marcelo Lunardi e o Claudio Abdo trocaram de posição várias vezes. Sózinhos pois o Fábio Komatsu, o Japa como ele proprio diz, ficou mais de uma reta atrás. Tudo limpo e veloz, apenas com os toques típicos de pista. A disputa do Marcelo e do Claudio deu gosto ver. Terminou com o Marcelo vencedo a prova e finalizando o campeonato em 5o. Em segundo o Caludio Abdo que terminou o campeonato em 2o., 23 pontos atrás do Otto, o campeão.

Parabens ao campeão de 2010 da Master, Otto Resende.

Kart São Paulo 2010 - Light - Wagner Queiroz é o campeão por 1 ponto

foto: Marcelo Nogueira e Wagner Queiroz

A Light decidiu o campeão de 2010 ontem. O Marcelo Nogueira estava na frente com apenas um ponto de vantagem. De desvantagem tinha uma torção na lombar e nem participou da ultima prova da Amika afim de se resguardar para a de ontem do Kart São Paulo.

Antes da nossa prova ele fez uma classificação numa bateria para ver se sentiria alguma coisa. Disse que apenas dava sinal e que não era nada demais. De fato ele não teve problemas na sua ultima participação nesse ano.

Ao mesmo tempo que o Werner tem andando sempre um pouco mais rápido apesar de não fazer nenhum tipo de preparo, eu tenho preparo físico mas nenhum treino de pista e andei pouco nesse ano tambem. Assim fica um pouco dificil ter boa performance.

Enfim o Werner tem mais do dobro da minha kilometragem nesse ano e isso ficou claro ontem quando marcou a pole no circuito 2 com 49,622. Incrivel foi a diferença dele pro Wagner Queiroz na classificação, apenas 0,006s.

Eu marquei o 15o. tempo mas troquei de kart e saí do box em último atrás do Lucas Rocha. De lá de trás eu não via coisissima nenhuma pois brigava sem parar com as escapadas de frente do meu kart. Mas eu percebi que as diferenças não eram muito grandes ontem. Segui o bolo no início por algumas voltas e vi a Light mais homogenea dessa vez. Mas como isso nao muda de uma corrida para outra do nada, atribuo isso mais aos karts.

O Werner perdeu a 1a. colocação para o Wagner. O próprio Werner, que encerrou o seu campeonato na 9a. colocação com 60 pontos atrás do Wagner, não iria estragar a briga que ele mesmo não disputava. E num determinado momento deu passagem ao Marcelo Nogueira para que este pudesse brigar pelo seu campeoanto.

E terminou assim com o Wagner vencendo a corrida e o Marcelo 0,9s atrás dele. O Werner terminou em 3o. Depois Milton Cimatti, Rafael Stocco e Anderson Hawat. Eu, depois de brigar um bocado consegui apenas o 14o. lugar. Para quem saiu em ultimo num grid de 22, até que não é desesperador. Mas poderia ter sido melhor.

Olhando a cronometragem que agora fica online no site do kartodromo por 5 dias, dá pra ver que o desempenho geral é bom. Dez andaram na casa dos 49s na volta rápida. A minha melhor foi 50,09s.

Parabéns Wagner Queiroz, campeão da Light de 2010.


domingo, 14 de novembro de 2010

Ferrari - como perder o título de construtores

A Ferrari mostrou ao mundo da F1 como se faz para perder um campeonato. Na prova de Monza onde deu a vergonhosa ordem à Felipe Massa para que abrisse passagem para Alonso, a equipe mostrou que precisava mais do que tinha nas mãos para garantir uma boa participação.

O campeoanto de 2010 inciou com a Ferrari na frente e em Monaco a liderança foi para a Red Bull, passando tambem pela McLaren. E a Ferrari não recuperou mais a dianteira perdida, ao mesmo tempo que a McLaren mostrou mais consistencia na sua participação. De forma que o campeonato vencido pela Red Bull, tem a McLaren em segundo e a Ferrari num distante terceiro lugar.

Sebastian Vettel vence em Abu Dhabi e é o mais jovem campeão do mundo

Vettel é o campeão da temporada 2010 de F1 e o mais jovem da história. Era de se esperar que vencesse a prova saindo na pole. Mas ninguem dava como segura a conquista do campeonato. As fichas caíam em Alonso com uma probabilidade menor para Webber. Vettel tinha chances matemáticas de se tornar campeão. Mas para isso não bastaria vencer e dependia dos resultados de Webber e Alonso.

Vettel andou muito rápido, foi muito eficiente, concentrou-se ao máximo no que fazia ciente da vantagem que tinha sobre os outros. Largando na pole tinha a chance de disparar na frente. Liderar é uma tarefa dificil mas Vettel já mostrou mais de uma vez que é capaz de desempenha-la. Fez o que todo piloto deve fazer nessas condições, pensar somente na sua corrida, na sua pilotagem. E o premio da atitude foi uma vitótia e um campeonato. Os dois muito merecidos.

Logo na primeira volta o panorama da definição do campeonato começou a se alterar. Alonso largou duas posições à frente de Webber. Lhe interessava na largada evitar qualquer confusão e impedir que Webber lhe tomasse a frente. Fez uma largada cuidadosa, o que de fato foi uma atitude a se considerar correta. Perdeu uma posição e ficou com Webber extamente atrás.

Mas um pouco depois Rosberg toca de leve a traseira esquerda de Schumacher e este roda parando ao contrário na pista. Liuzzi que vinha mais atrás não teve como desviar e acertou o alemão de frente subindo em cima da sua Mercedes. Por pouco não lhe atinge o capacete.

Entra o safety car e a partir daí começa uma espera por uma relargada. Afim de cumprir regulamento, vários pilotos aproveitaram para ir ao box trocar os pneus. Dada a relargada Hamilton que vinha em segundo teve a proeza de se distanciar de Vettel e assim os de trás já foram desfavorecidos com uma pequena perda de contato com o ritmo do ponteiro.

A partir daí a prova começou a ser tornar monótona e o que se esperava era o óbvio, as estratégias de troca de pneus. Saber quanto tempo ficar na pista e trocar o mais rápdo possível iria fazer diferença na pontuação.

As duas McLaren´s acabaram interferindo no andar da carruagem ao longo da corrida. Começaram e terminaram bem, logo atrás de Vettel e fizeram seus pit stop de forma eficiente e assim puderam manter o seu rendimento e posições ao final da prova. Digo que interferiram pois não erraram em nada e isso dificultou mais ainda a vida de Alonso e Webber.

Na volta 12 Webber veio para os pits e voltou com pneus duros. Na 14 entra Massa. Na 16 se deu o evento que inciou a definição do campeonato. Alonso fez a sua troca de pneus e na volta encontrou Vitaly Petrov à sua frente. E mais tarde Robert Kubica. E assim foi até o final da prova, as duas Renault´s à frente de Fernando Alonso. A verdade é que as Renault´s andavam tanto quando as Ferrari´s. Alonso não tinha equipamento com diferencial suficiente para uma ultrapassagem. Lhe restou esperar que alguem errasse, na pista ou no box, e isso não aconteceu. Alonso tentou tanto uma ultrapassagem que no final da corrida já não tinha penus tão bons assim para uma aproximação mais agressiva e escapou mais de uma vez. Situação que ao final acabou deixando as Renault´s manterem a dianteira até a ultima volta.

Na volta 23 Hamilton veio para troca de pneus, na 25 veio Vettel e Button assumiu a ponta. Mais tarde Button fez a sua troca na volta 40. Na 47 foi a vez de Kubica fazer a sua troca e voltou à frente de Petrov. Se Alonso já não dava conta de uma Renault, menos ainda com as duas juntas.

Venceu Vettel, seguido de Hamilton e Button. Um pódium com 3 campeões do mundo. Alonso finalizou em 7o. e Webber em 8o.

Fernando Alonso protagonizou um show de ego ao final da prova quando fez gestos com a mão ao lado de uma das Renault´s, que se me lembro bem era Petrov. Uma palhaçada da parte de Alonso pois ali naquela disputa estava em jogo a posição na prova e não havia absolutamente nenhuma obrigação da parte de qualquer dos pilotos da Renault de lhe dar passagem. Se Alonso queria estar na frente dos dois era sua obrigação conseguir isso por conta própria e o carro que tinha não era suficiente. Portanto se tinha algo a reclamar, o endereço certo é a sua equipe, a Ferrari.

Ponto positivo para a vitória de Vettel que combateu sozinho na frente puxando o ritmo e sem poder contar com a ajuda de ninguem e tendo atrás de si dois campeões do mundo. Na verdade eu diria que a vitória de Vettel foi nao apenas merecida mas brilhante. Parabéns ao garoto. Ele merece.

sábado, 13 de novembro de 2010

Vettel faz a pole na prova final, que tem ares de rodada dupla

Encerrar o campeonato de F1 na ultima prova não é propriamente uma consequencia do andamento do campeonato mas uma organização de marketing. Não é interessante do ponto de vista de audiencia que o campeonato seja definido na penultima prova. O interessse pela prova final diminuiria.

Dessa forma o circuito de Yas Marina é um autentico cenário de festa. A começar pelo horário da prova. Começa às 17 e termina com o sol posto. Isso dá um ar de romantismo e festa à prova.

Além disso o encerramento na ultima etapa faz com que o público na verdade veja duas corridas. O qualify acaba se tornando uma pré-prova com disputas acirradas pelas posições. As equipes já tem definido na matemática que colocações podem proporcionar vitória no campeonato de pilotos e de construtores. Assim o qualify em si já é uma disputa feroz.

Alonso ficou na frente de Webber com uma desvantagem razoável para Hamilton, que está à sua frente, de quase 0,4s. Estando à frente de Webber mas atrás de Hamilton é uma condição que não lhe traz vantagem nos momentos inciais da prova. Tanto Vettel que mais uma vez marca uma pole, quanto Webber que largar duas posições atrás de Alonso, vão fazer o que puderem para ganhar a prova.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

50 ANOS DO KARTISMO BRASILEIRO


foto: Claudio Reis - Planet Kart

No Brasil é comum dizer-se que não temos memória e infelizmente justo eu vou entrar nesse triste time. Mas tento agora fazer um reparo à situação, mesmo que com algum atraso.

No mes de Agosto fez 50 anos que deu-se no Brasil um passo essencial para o surgimento de campeões do nosso mundo da velocidade. Foi quando realizou-se no Jardim Marajoara a primeira competição oficial de karts do Brasil.

Os karts foram construídos por Claudio Daniel Rodrigues, o vencedor da prova, e pilotados por gente como Wilson Fittipaldi Jr., que chegou em segundo lugar, e Paulo Manoel Combacau, o Maneco, em terceiro. A prova foi registrada pelo barão Wilson Fittipaldi e de fora foi observada pelo seu filho Emerson que na época não tinha idade para participar dessas competições, e pelo seu e e meu amigo tambem, Jan Balder.

Dá-se tão pouca importancia a esses acontecimentos, que eu mesmo que organizei uma sessão de homenagem ao Maneco em Janeiro de 2009, deixei passar batido o significativo aniversário.

Digo significativo pois a partir desse evento muitos outros pilotos surgiram pois o kartismo se disseminou no nosso território e aquela histórica corrida foi o estopim. O próprio Maneco foi chamado de professor pois foi ele quem deu aulas de kartismo na sua escola, a Espak, a um considerável contigente de aspirantes à modalidade. Esse perído inicial do nosso kartismo acabou se tornando um verdadeiro celeiro de pilotos. O kartismo brasileiro foi ganhando força progressivamente e não é de se estranhar que dele saíram os nossos 3 campeões de F1, fora os que ainda não ganharam campeonatos na categoria e os que foram pilotar em outras categorias mundo afora.

Os melhores pilotos de ponta do mundo inteiro são unanimes em afirmar que o kart é a forma de pilotagem que mais se aproxima da pilotagem de um F1. Tudo tem um começo, um ponto de partida, e essa corrida foi o dito ponto de partida de um esporte que desencadeou um processo autenticamente campeão.

A imagem abaixo contem o texto que constava do cartaz que criei para anunciar a homenagem ao nosso queridíssimo kartista Maneco. A foto do Maneco foi no box do Kartódromo Internacional Granja Viana no mesmo dia.

Parabéns à todas as pessoas que naquele mes de Agosto de 1960 deram um dos mais importantes passos para que o Brasil pudesse gerar dentro do seu próprio território, competidores de alto nível que acabaram sendo destaque tanto no kartismo quanto no automobilismo mundial. E, não posso esquecer, um grande abraço ao Manecão.

Antonio Castro Prado - Jan relembra o dia trágico e o ultimo gesto de Pradinho

Velocidade é uma coisa apaixonante e perigosa tambem. Na história do automobilismo mundial há um numero muito grande de acidentes trágicos que levaram a vida de homens que na verdade nutrem um amor à vida de forma muito particular. Sabem perfeitamente que estão expostos a riscos que podem por fim à sua vida num mero instante.

Ontem num bate-papo com Jan Balder disse-lhe que a única coisa que me dá medo no kartismo é uma capotagem em que voce cai de cabeça para baixo. Isso lhe trouxe a lembrança de um dos mais trágicos acidentes fatais do nosso automobilismo.

No dia 3 de Outubro de 1981 faleceu no autodromo de Guaporé, Antonio Castro Prado, o Pradinho, que no dia pilotava F2. Jan Balder estava presente e relembrou o que presenciou naquele dia.

O pai de Jan Balder, Antony, chorou a morte de Pradinho pois os dois eram amigos e se gostavam muito, relembra Jan. Havia uma amizade sincera entre eles e essas coisas no automobilismo costumam ser de longo prazo e muito fechadas.

Jan estava no autodromo de Guaporé acompanhado da esposa Tereza, pois a sua esquipe de F-Super V estava inscrita na prova. Os boxes daquela época utilizavam cancelas, habitualmente troncos de madeira, afim de impedir a saída depois que a pista fosse declarada fechada para uso.

Na classificação, Pradinho marcou a pole e seguiu para o restaurante para almoçar. Alguns pilotos pretendiam andar mais afim de fazer checagens e ajustes de ultima hora. Havia uma passagem alternativa com um trecho muito curto de terra, que levava à pista sem passar pela cancela na saída dos boxes, que se mantinha fechada.

Os que queriam voltar à pista passaram por ali e Pradinho que não estava presente não soube da decisão. Pradinho tinha trocado os pneus do carro e balanceado. Quando retornou aos boxes viu a movimentação na pista e pensou no óbvio, testar os penus. Mas até então não sabia e ninguem lhe disse que a cancela se encontrava fechada e que utilizavam caminho alternativo.

Jan estava conversando com um grupinho na porta do box e viu uma coisa incomum. Pradinho nunca saía com o carro sem macacão. E nesse dia apenas colocou o capacete e não vestiu o macacão. Passou em frente ao box onde Jan se encontrava e fez para Jan um sinal com o indicador apontando para dentro do carro.

Foi a ultima coisa que Jan viu de Pradinho em vida e que jamais será esclarecida. Como Pradinho não sabia da cancela seguiu o caminho habitual do pitlane. É comum que certos pilotos já saiam do box acelerando fundo, coisa absolutamente inútil pois ali nem é lugar apropriado para isso.

Pradinho acelerou a primeira marcha e mudou para segunda e prosseguiu. Quando acontecem acidentes em autódromos a correria e os olhares de surpresa ficam muito evidentes e o clima muda instantaneamente. Jan pensou naquele momento em um atropelamento, coisa fácil de se dar com algum distraído.

Alguem lhe disse que acontecera algo na saída dos boxes e ele rumou para lá. Chegando ao local já identificou o carro acidentado e a sequencia dos acontecimentos. Ele lembra que na viseira de Pradinho havia a inscrição “CASTRO” na parte superior, e que a encontrou quebrada no chão sem a letra C. Pensou em levar a viseira mas desistiu pelo fato de ser peça de uma cena de acidente fatal.

O carro de Pradinho bateu na cancela em alta velocidade e na sequencia desviou-se para a pista, atravessando-a e indo parar do outro lado, com o piloto inconsciente e muito provavelmente já sem vida. Foi levado ao hospital local onde a sua morte foi constatada.

Isso me lembrou outra tragédia semelhante com um piloto do motociclismo que eu conheci, José Oliveira Peixoto, o Peixotinho. Este veio para os boxes de Interlagos com uma TZ350, e como era comum os pilotos vinham no embalo pois ao alcançar a entrada dos boxes uma alicatada era suficiente para diminuir muito a velocidade. Infelizmente encontrou a cancela baixada e não deu tempo para nada. Bateu, foi levado ao Hospital Zona Sul e por lá ficou.

Uma retificação muito importante:
Quando soube do falecimento de Peixotinho há décadas, se não me engano foi por algum amigo e depois me lembro de ter lido uma nota no jornal local. Tenho a lembrança de ter recebido a informação de que o acidente se dera na entrada dos boxes.

Porém, numa conversa com Walter Tucano, este me garantiu que na verdade foi na saída. Tucano não estava presente no dia mas ouviu o relato. Segundo consta, Peixoto acelerou em direção à saida e pretendia passar pelo espaço livre na ponta da cancela, já que esta deixava um vazio no seu término. Algo deu errado e colidiu.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Interlagos - prova chata e previsivel. As Red Bull ditam o ritmo

Não assisti a corrida toda, apenas a largada, algumas passagens no meio e a bandeira quadriculada para Vettel.

Na primeira volta ficou evidente o que já se esperava. As Williams não são páreo para as Red Bull e Nico Hulkenberg perdeu duas posições logo na primeira volta. Na prática a corrida foi muito chata, um autentico trenzinho, uma fila indiana onde quase nada acontecia. Alguns poucos lances trouxeram movimento, como as batidas de Massa e Rubens.

As Red Bull dispararam na frente e nem a Ferrari de Alonso não foi páreo para elas. Alonso continua na frente na pontuação do campeonato de pilotos com uma vantagem de 8 pontos. O que ele pretende para a prova de fechamento do campeonato é evidente. Fazer a pole e dar o que tem pra se manter na dianteira. Tarefa árdua isso mas dentro do expectro de habilidades do espanhol. E as Red Bull farão o que for preciso para deixar o espanhol para trás.

Será um final de campeonato dificil e entendo que a Ferrari vai esperar que Felipe Massa entre nessa briga fazendo a sua parte de colaborador do time. Resta saber se ele próprio estará motivado para isso. Coisa que na verdade não é imprescindivel para o espanhol que mostra a cada corrida que não depende do companheiro de equipe para ter performance. Mas não seria má ideia tanto a Ferrari dar a Massa um carro em condições de desempenhar esse papel como tambem pedir a ele que encare a briga como ela é. A equipe está numa situação de lançar mão de todas as possibilidades existentes.

Se Webber faturar esse campeonato será merecido. Lutou para isso o ano todo e chegou até a ser prejudicado pelo companheiro de equipe numa colisão inconsequente. Mas se for Alonso o campeão, tanto ele quanto a Ferrari serão alvo de críticas por conta daquela ultrapassagem ordenada pela equipe, em que Felipe Massa só não pisou no freio porque isso tambem seria desnecessário.

Embora eu considere o espanhol um grande piloto e genuíno campeão, desses que acredita até a ultima curva, penso que Webber é o grande merecedor desse título. Seria uma consagração na sua vida de piloto e, nunca se sabe, possivelmente o único título da sua carreira. Penso que ele merece e eu que não torço por ninguem ficaria contente em vê-lo vitorioso nesse campeonato.

Veremos tudo se definindo neste final de semana às 11:00 da manhã, nosso horario.

sábado, 6 de novembro de 2010

Hulkenberg - pole surpreendente no estilo caixinha de surpresas

Hulkenberg surpreendeu no finalzinho do Q3 cravando uma fenomenal pole position, 1s a frente de Vettel e quase 2s a frente de Rubinho, que vai largar na sexta posição. Fica aqui evidente que a equipe do velho Frank lhe deu o que poderia de melhor para tentar um desempenho de ponta. O Hulk foi vencido pelos dollares da PDVSA que colocarão Pastor Maldonado no seu lugar.

A equipe cumpre dessa forma uma retribuição a um ano de estréia na categoria que não deixa dúvidas de que foi bom. Hulkenberg se beneficiará de uma boa apresentação que lhe dará melhor imagem na categoria, coisa que vai pesar no seu futuro próximo.

Mas o fato a se destacar é a precisão de pilotagem e a sensibilidade de reconhecer as condições momentaneas que exigem muita atenção e uma verdadeira finesse no trato com a máquina. Apesar de ter mostrado hoje essas qualidades, amanhã não é necessáriamente verdade que termine a corrida no pódium.

Se a prova transcorrer toda em pista seca é sabido que o rendimento do seu carro é inferior aos outros nessa mesma condição e isso irá colocá-lo progressivamente para trás. E eu apostaria nas Red Bull para uma prova inteira no seco, juntamente com Fernando Alonso na disputa. Na verdade o que as equipes que estão na condição de disputa fizeram hoje foi uma classificação estratégica que lhes valerá o reconhecimento das condições para uma prova com tempo imprevisto.

Nem a Alonso nem a Webber a pole é sumamente necessária e a posição de largada de um em relação ao outro tem uma importancia muito grande. Assim se por exemplo o próprio Hulk vencesse a corrida, isso não seria mais importante que a diferença de pontos entre os que têm chances de disputar o campeonato.

Nesse panorama podemos esperar por dificuldades de Alonso com Hamilton pois este está exatamente uma posição à frente do espanhol e não vai dar moleza para favorecer quem já foi seu rival no passado. Há a possibilidade de que Alonso consiga essa posição na estratégia, o que não significa que deixará de tenta-la pelos proprios meios. E assim estaria uma posição atrás do seu principal concorrente.

Não há duvidas de que a corrida de amanhã será emocionante e com prováveis surpresas, a começar pela própria condição climática. Quem tiver paciencia, estratégia e entrosamento com o time, vai fazer uma boa apresentação.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bruno Senna confirma 2011 na Lotus


Como é comum acontecer nos finais de temporada de F1, os pilotos definem as suas vagas para o ano seguinte. Nessa semana é a vez de Bruno Senna. Confirmou a participação em 2011 pela Lotus, nome que guarda lembranças familiares no passado do seu tio. Não é a mesma Lotus mas os dois nomes juntos fazem diferença na divulgação e isso por si só já deve render muitas matérias no início de 2011 durante os testes pré-temporada.

Agora sim é a vez de Bruno Senna entrar no meio mais competitivo do autmobilismo mundial, e muito exigente tambem. Bruno terá um carro com melhor mecanica e isso já preve a possibilidade de um melhor rendimento do que conseguiu em sua primeira temporada na categoria.

Se Bruno está sendo contratado há duas razões principais. A primeira é que leva o seu patrocinador já conhecido pelos seus bonés, a Embratel. Isso significa garantia de dinheiro que garante a temporada na equipe, e portanto sem os problemas cronicos da Hispania.

A segunda razão da dus contratação é óbviamente a aposta na capacidade profissional de Bruno. A equipe entende que ele é uma pessoa qualificada para pilotar um carro de bom rendimento. Na minha distante opinião, Bruno está dando um passo importantissimo na sua carreira pois no seu primeiro ano teve uma adaptação às condições da F1 num carro que não lhe permitia de forma alguma um rendimento melhor do que sofrível. E isso lhe rendeu um aprendizado em vários sentidos na categoria.

Assim Bruno ingressa na Lotus com alguma expertise e isso é ótimo para ele pois vai ter como valorizar o seu contrato. Descarte-se a possibilidade de vitórias pois essa não é a Lotus do tio, mas pode-se esperar por boas participações. Isso, é claro, vai depender tambem dele próprio e portanto fica sendo a sua chance de ouro de mostrar ao mundo do automobilismo a que veio.

Me lembro agora do início de Nelson Piquet na F1, piloto que tambem esteve na Lotus, que deu os seus primeiros passos com equipamento de pouca performance e isso lhe valeu mostrar a sua presença na categoria, coisa que num jantar com Bernie lhe rendeu o contrato mais importante da sua vida, o da Brabham.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Piero Gancia - nosso automobilismo perde mais um


O automobilismo brasileiro perdeu mais um dos seus membros de destaque. Faleceu ontem às 12hs, Piero Gancia. Li a noticia no Facebook do piloto Luiz Evandro Águia.

A Folha online publicou matéria a respeito neste link - Ex-piloto e empresário Piero Gancia morre aos 88 anos em São Paulo.

Há várias referencias sobre a trajetória do piloto empresário que podem ser acessadas na internet. Piero foi um dos personagens influentes do nosso automobilismo, não se limitando a pilotar mas tambem a gerir.

Infelizmente o passamento dessas pessoas não deixa herdeiros e apenas um vazio, já que o automobilismo nacional de hoje em nada se compara ao período no qual Piero esteve mais atuante.

Piero foi o criador da equipe Jolly-Gancia que fez sucesso na década de 60 e é pai de Barbara Gancia, jornalista, e do emprerário Carlo Gancia.

Rato - o nosso grande campeão

Por questões óbvias relacionadas com a minha idade, o meu ídolo do automobilismo é Emerson Fittipaldi. De forma alguma menosprezo a participação dos outros campeões brasileiros, Nelson e Ayrton, nem dos que não foram campeões como Rubinho.

Mas eu entendo que Emerson não é apenas desbravador de territorio e muito menos aventureiro como muita gente pensa ou pensou. Emerson é um cara completo como piloto. Saiu daqui rumo à Ingalterra com uma noção minimamente fundamentada do que significava acertar e pilotar um monoposto. Passou como relampago pelos estagios iniciais e sempre agregou mais um aprendizado. Mais tarde, depois de encerrar a sua carreira de F1, começou tudo novamente na Indy a mais uma vez mostrou que podeia aprender e se adaptar às condições e com vantagens.

Acho que essa união de características faz dele o nosso grande campeão de automobilismo. Eu vejo uma coisa injusta com Emerson quando o comparam aqui no Brasil com outros pilotos. Raramente citam que alem dos titulos de F1 tem um campeonato de Indy e duas 500 milhas. Isso é um curriculum nada facil de ser estabelecido. É preciso estar entre os melhores da história.

A materia deste link do Globoesporte - Depois de 37 anos, Emerson volta a pilotar uma Lotus, leva multa e chora - mostra Emerson andando pela marginal na manhã de hoje com o Lotus 72D, o mesmo com o qual conquistou o seu primeiro campeonato de F1. Alem de ser óbviamente marketing comemorativo, é tambem um reconhecimento do que esse grande campeão é e merece de todos nós. Pouca gente no mundo tem um prazer desses. Grande Rato. Ele merece.