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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Quando "lento" é muito rápido

A equipe de Lucas Di Grassi na F1, a Virgin,  é a última colocada no campeonato de construtores e Lucas é o 21o. no campeonato de pilotos, à frente do seu companheiro Timo Glock. A equipe optou por uma engenharia exótica que dispensa o túnel de vento e utiliza no seu lugar um software CFD - Computational Fluid Dynamics - que faz o mesmo papel do túnel físico. O papel dessa categoria de software é mostrar os resultados da passagem de um fluído (o ar no caso) pela superfície de um objeto. Alterando-se a topologia dessa superfície tem-se um resultado diferente da passagem do fluído e assim pode-se prever o comportamento de uma carenagem em ação na pista. Isso dispensa o túnel de vento e os modelos físicos em escala. Fora isso, como é uma ferramenta de engenharia virtual, pode ser utilizada a qualquer momento, dia e noite se for o caso. É uma opção inédita na F1 e portanto os resultados não são animadores até o momento.

Mas andar mais lento que os outros não quer dizer que seja alguma tartaruga, muito pelo contrário. O video desse post foi postado por Lucas no seu canal no Youtube, e dá uma idéia do que é pilotar um dos carros do fundão da F1. Coisa que, como se pode ver, não é destinada a simples mortais e sim a pilotos profissionais.

domingo, 29 de agosto de 2010

F1 Monza - prova será divisor de águas no campeonato de 2010

A Red Bull vai lamentar dois momentos desse campeonato de 2010. Com a pontuação do campeonato de pilotos mostrando um diferença de apenas 3 pontos a favor de Hamilton e com as duas equipes com uma diferença de apenas um ponto no campeonato de construtuores a favor da Red Bull, a possibilidade de a Red Bull perder a liderança em Monza ficou muito grande.

E os dois momentos aos quais me refiro são específicamente os que Vettel patrocinou neste ano, uma vez colocando o seu compenheiro de equipe para fora e assim tirando-lhe as chances de um resultado melhor, e hoje ao sair ele mesmo da pista após uma manobra descuidada num momento em que a pista estava perigosa.

Não fossem essas duas passagens a história desse campeonato seria outra e a Red Bull estaria começando a administrar pontos a partir de hoje. Melhor para a McLaren que subiu na performance ao longo do campeonato e assim Hamilton, o mais bem colocado da equipe, precisa se ocupar agora muito mais com um único piloto. Bem melhor do que se ocupar com mais dois ou tres.

Spa - Hamilton vence e Vettel ajuda a definir quem é segundo piloto.

A corrida foi de fato surpreendente e o grande complicador foi a instabilidade climatica, que deu na corrida o mesmo toque de dificuldade do qualify. Mas quem deu o toque final foi Vettel que acabou patrociando o primeiro ato que deve levar à definição dos compenatos de pilotos e de construtores.

Webber largou muito mal e perdeu logo na saída a vantagem de ser pole position e caiu para a sétima colocação no início da primeira volta. Assim Hamilton assumiu a ponta da corrida que ganhou seguido de Robert Kubica e Button. Na volta de apresentação o ceu estava com cara feia e a umidade da pista já se fazia visivel. Tanto Rubens como Schumi começaram com pneus duros e isso fazia prever deles uma corrida inteiramente técnica. Da parte de Schumi mais ainda pois tinha sido penalizado pela atitude na Hungria e assim trabalho o fim de semana todo em função de uma corrida de recuperação. Mas a chuva iria mudar a história do GP logo no começo para todos os pilotos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Globo na F1 - transmissão não é tão agradável assim

Vai me perdoar a equipe da Globo, mas eu vou criticar na posição de público que tem alguma memória que os meus 55 anos me deixaram, e tambem algum mínimo conhecimento da atividade de pilotar.

Longe de mim apregoar algum conhecimento compatível com as exigencias extremas da F1. Aquilo é coisa de especialistas (não é o meu caso), e nunca terei na vida a oportunidade de sequer saber quais são as reais sensações que um piloto de F1 experimenta.

Mas para mim está claro que o que mais gostamos, nós que pilotamos slicks mesmo amadoristicamente, são as curvas de alta velocidade. Causam aquilo que os mais maduros costumam chamar de frisson.

Hoje na transmissão do qualify, o narrador Galvão Bueno disse que fazer a Au Rouge flat com a possibilidade de encontrar piso úmido na saída deve ser uma sensação nada agradável. Tudo bem, entendi o que ele quis dizer com isso - é perigoso. Mas eu acho que depois de décadas narrando o mesmo esporte, já está bem na hora de fazer colocações compatíveis com a atividade.

Preciso deixar claro que nada tenho contra Galvão, Burti nem Reginaldo. Este último é uma pessoa muito atenciosa, agradável, bom papo e cheio de estórias, um boa praça como costumamos dizer, e com os outros dois nunca tive contato. O que não gosto é da dinamica, a pauta da transmissão.

Rubens 300 - presidente eleito da GPDA está no melhor do profissionalismo

Rubens Barrichello tem muitas razões para estar satisfeito neste final de semana, e para tirar o melhor proveito possível nessa prova de Spa. Tem consciencia de que não possui equipamento para vencer a prova e larga em sétimo lugar numa pista com reais possibilidades de chuva, condição climática que ele não apenas gosta mas também já provou mais de uma vez que lhe dá chances. Além disso foi eleito para substituir Nick Heidfeld na GPDA, a associação de pilotos da categoria, e completa 300 GP´s, uma marca indédita e de grande valor.

No meu entender Rubens deve ser parabenizado por tudo isso.  Já li e também ouvi um sem número de críticas apaixonadas, tendenciosas e maldosas a esse piloto. Mas eu fico tentando entender porque uma equipe do nipe da Williams, não apenas o contratou como também já renovou o seu contrato nesse ano. Rubens tem garantia de prosseguimento na Williams, equipe do lendário Frank que dispensa apresentações. Alguem que frequenta esse blog já foi dispensado do seu emprego por falta de performance ou politicagem? Pois bem, entendo que se Rubens está onde está é porque isso faz sentido. E fazer sentido numa categoria ápice desse esporte, significa necessáriamente ser e estar profissional à altura da empreita. Na F1 tudo é extremista e isso fala por si.

F1 Spa - Qualify reflete as prováveis dificuldades das equipes

Spa é sem dúvida a pista mais desafiadora da F1. Até o clima entra como fator de complicação. O qualify deu uma idéia do grau de previsibilidade da prova desse fim de semana. Nós vimos hoje a primeira apresentação das equipes nessa pista, mas houve antes os treinos livres em pista seca e úmida, e portanto as equipes tem um noção do comportamento dos seus carros nas duas condições. O que não teem noção é das reais possibilidades climáticas, e isso torna o final de semana atraente para o público.

Logo na primeira volta, respeitadas as devidas gigantescas diferenças, Petrov passou por uma situação na qual me vi na minha primeira corrida de campeonato amador. Pista seca, zebra úmida e grama ainda molhada. Se na escapada voce põe apenas as rodas de um lado na zebra, ainda é possivel tentar alguma coisa. Se entra com as quatro aí a aderencia desaparece. Se entra na grama voce vira passageiro de vez. E assim, Petrov ocasionou uma bendeira vermelha logo no inicio do Q1.

Choveu numa parte da pista no Q1, no Q2 pista seca e no Q3 de novo chuva no meio do caminho. Se há uma coisa que é ruim em pista é estar meio molhada e meio seca. Qualquer errinho e vai-se embora. Assim foi que Trulli acertou a traseira de Di Grassi e este além de ficar fora da disputa com o carro avariado, ficou na incomoda posição de estar de frente para todo o grid. Teve sorte de não ser colhido de frente pelo alemão e assim conseguir levar de volta o carro para o box. As escapadas prosseguiram e ninguem conseguiu uma pilotagem efetivamente limpa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Milka Duno - a perna foi menor que o passo

Ontem no kartódromo antes do briefing do nosso endurance, alguem comentou sobre Milka Duno, a venezuelana que pilota na Indy. Fala-se que a performance dela está abaixo das expectativas de alguem que pretanda continuar na categoria.

Como já comentei aqui em outro post, não fui bem na minha corrida em parceria com o meu amigo Zé Ayres, que infelizmente se sentiu mal na pista. Na minha primeira participação senti uma falta de potencia no motor para o trecho de alta velocidade, mais longo que os circuitos padrão do kartódromo.

Em determinados momentos recebi a bandeira azul que me sinaliza que estou a ponto de ser ultrapassado por alguem mais veloz que já me alcançou em uma volta inteira. Isso é uma constante em corridas e o retardatário deve abrir passagem para quem vem atrás. Porem isso não deve significar pura e simplesmente desistir da atitude de competição. Apenas a regra manda abrir caminho. E assim em alguns momentos após receber a bandeira aguardei a chegada a um ponto favorável na pista, mudei o traçado e vi alguem me passando. Mas isso foi feito andando o máximo que pudesse com o meu kart, não aliviei a minha tocada pois eu continuava competindo.

Entendo que em categorias profissionais e velozes a atitude é igual ou parecida. E quando a prática sai do plano do amadorismo para o profissionalismo passa a ser regida pelo compromisso de performance. É evidente que no automobilismo profissional não é apenas a performance em pista que está em jogo e que determina a relação entre piloto e patrocinador. Há mais atrás disso.

Kart São Paulo - minha participação com o Zé Ayres no endurance

(imagens: Amigos Velozes)

Fiz dupla com o meu amigo José Ayres da Silva no Endurance Noturno do Kart São Paulo. Sabia que o Zé não tinha a mesma forma física que eu, e que poderia conseguir uma boa classificação. Fizemos um planejamento simples na nossa corrida com relação às trocas. Mesmo com tudo préviamente estabelecido tivemos contratempos inesperados e a nossa participação foi na verdade pífia. Achei que fizemos muito não terminando em último mas sim em anti-penultimo - 18a. colocação.

Meu dia de ontem foi tranquilo, almocei normalmente e à tarde, como não havia treinado atletismo na semana passada, resolvi fazer uma corridinha de aquecimento bem light de 6km. Após o exercício e um banho com o corpo bem suado, o relaxamento é imediato. Também a oxigenação e a disposição física e mental ficam muito bem.

Fui para o kartódromo tendo feito apenas um lanchinho de fim de tarde para não ir com o estomago em estado de fome urgente. Estávamos, portanto, eu e o Zé em condições bem diferentes um do outro com claro favorecimento para mim do ponto de vista físico, situação que eu comprovaria de forma um tanto estressante durante a prova. A nossa programação iria furar totalmente mas mesmo assim acabou sendo uma corrida motivante.

Kart São Paulo - Endurance Noturno - Resultados


O Endurance Noturno do Kart São Paulo, realizado ontem no Kartódromo Internacional Granja Viana, foi uma prova de 2:30 hrs de duração para equipes de duplas ou trios. O Caio Vioto participou sózinho e não sei a razão. O regulamento adotado impunha um troca de piloto e uma troca de kart. Assim, no caso do Vioto, este pode retornar ao box trocar o equipamento e satisfez o regulamento.

A classificação durou 5 minutos e a largada foi em fila indiana parados. O circuito foi alternativo. Hum com chicane na saída, entrada no trecho de baixa no primeiro desvio após a 2, apelodade de dois e meio, entrada no S interno no inicio do mergulho, reta oposta, curva 3, curva 4 e reta. Volta média na casa de 1‘01“. Um circuito delicioso de se pilotar.

Kart São Paulo - Endurance Noturno foi disputado e muito motivante

 
Estão de parabéns os organizadores do Kart São Paulo, Otto e Ciça. A idéia de um endurance foi ótima, deu um brilho a mais no nosso grupo. O Kart São Paulo é uma coisa que tem energia própria e eu entendo que isso vem do astral e paixão por esse esporte do chefe Otto. É uma pessoa alegre e motivante, tendencia clara para liderança com o tempero da conciliação. Tem uma esposa companheira, participativa. Penso que essas coisas são capazes de reunir pessoas que se afinam.

A prova de ontem, Endurance Noturno de 2:30 hrs de duração, teve a presença de pilotos do Kart São Paulo da Master e da Light, e a presença de outros onde se destaca a Asseka que compareceu com alguns representantes que eu não conheço. São caras que pilotam bem e têem atitude efetivamente esportiva na pista.

No final o que conseguimos foi uma sessão esportiva do que mais gostamos de praticar, da qual particiaram pilotos de ótima performance junto com outros medianos. Ninguem teve problemas com ninguém além das habituais gesticulações de prova de velocidade e o clima foi de competição às vezes dura mas com a ética de pista preservada.

Foi uma oportunidade ótima de pessoas que não se conhecem virem a se conhecer na pista disputando posições. Em outras palavras conheceram as atitudes uns dos outros, na prática. Conforme já mencionei em um outro post (aqui neste link), o Kart São Paulo é uma idéia amadurecida e penso que tem ótmios ingredientes para permancer assim.

Numa palavra gostei de tudo.

Parabéns à todos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Spa - F1 entra numa fase de definição e os jogo de equipe tem o seu papel

A temporada 2010 da F1 está na fase final restando 7 provas. A da semana será em Spa Francorchamps, local da desafiadora Eau Rouge. Circuito de alta que antecede o velocíssimo circuito de Monza. O desempenho das equipes em Spa vai dar uma noção do que pode ser Monza, e penso que as disputas em Monza podem ser ferozes. Claro que é necessário considerar que são circuitos diferentes mas nos dois tanto motores como aerodinamica farão o seu papel de destaque.

Kart São Paulo - supresas na ultima etapa e expectativa para o Endurance


Devido a certos atrasos meus no trabalho não tive como comparecer na etapa de Agosto do Kart São Paulo 2010. Mas ao menos o Werner Heying me trouxe os resultados da cronometragem das duas baterias e assim pude ver algumas coisas interessantes.

Na Light, o meu grupo, largaram 25 karts que completaram 16 voltas  no circuito 1. O vencedor foi Antonio Niwa, em segundo Wagner Queiroz, em terceiro Anderon Hawat, quarto Marcelo Nogueira, quinto Murilo Muniz e sexto José Tomaz. Na pontuação do campeonato da Light o ponteiro é o Niwa com Marcelo Nogueira em segundo, Anderson em terceiro e Wagner Queiroz em quarto. Do primeiro ao quarto há uma diferença de apenas 7 pontos e isso sinaliza um final de campeonato bem disputado. Eu que não pontuei nessa, fui para a 18a. colocação com apenas 40 pontos e portanto sem chances de fazer algo nesse campeonato.

Na Master largaram 17 karts que fizeram 19 voltas. O vencedor foi Eder Santos, seguido do chefe Otto, Mário Toshio, Maurício Mota, Fábio Komatsu, e Pedro Rosinha. Estranho nessa prova foi a colocação do Giba Gallucci e do Mogar. Um deles teve pneu furado, não me lembro quem. No campeonato da Master o chefe figura em primeiro, seguido do Eder Santos, Mogar, Abdo e Mário Toshio. Entre esses há uma diferença de 18 pontos do Eder para o Toshio. É nesse grupo que vai se dar a disputa pelo campeonato desse ano.

Hoje, 23/08, teremos o Endurance noturno do Kart São Paulo para duplas ou trios e eu vou participar com o Zé Ayres. Serão 2:30 hrs de prova com 10 minutos de classificação. Como acontece em qualquer endurance no amador, a sorte com o equipamento conta bastante, mas nesse caso onde apenas uma troca é obrigatoria e sem limite de tempo de pista, a performance constante vai determinar quem vai disputar as melhores posições. Não sei qual será o traçado mas, fazendo algumas contas rápidas aqui, teremos 10 minutos de classificação e possivelmente uns 5 de alinhamento. Disso restam 135 minutos de prova. Dessa forma, caso a volta se desse em um minuto na média, uma diferença de 0,44s resultaria em uma volta inteira durante toda a prova. Essa conta hipotética serve de parametro afim de se avaliar a preformance na pista e se prever trocas. Claro, isso precisa ser checado na pista pois estou lançando um tempo de volta hipotético. Além disso é preciso lembrar que um tanque de combustível dura aproximadamente 1:30, portanto mais que a metade da prova. Hoje à noite vamos ter uma prova muito gostosa. Faz muito tempo que não participo de um endurance e vou ficar contente de estar neste. Amanhã os comentários. Até lá.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pirelli escolhe Toyota para testes em Mugello

A Pirelli, o fabricante de pneus que abastecerá a F1 a partir de 2011, iniciou os testes dos seus novos produtos em Mugello. Para tanto estão utilizando um Toyota F1 de 2009, conduzido por Nick Heidfeld. A Pirelli argumenta, e com razões, que a escolha de um carro que não  disputa o campeonato atualmente é uma questão de neutralidade. Dessa forma ninguem poderá dizer que houve alguma forma de favorecimento.

Porém há uma questão a ser levada em conta. Em 2010 o regulamento foi alterado e os carros passaram a iniciar a corrida com gasolina suficiente para irem até o fim. Isso mudou o comportamento dos carros, a estratégia e o desgaste dos pneus. Mas em 2009 utilizava-se o Kers, equipamento que foi suprimido em 2010. A Toyota decidiu não utilizar no campeonato anterior.

Li em algum lugar que se cogita do retorno do Kers em 2011. Isso significa um peso adicional na traseira do carro e tambem um boost na tração que seria utilizado em ultrapassagens. Essas coisas afetam o rendimento dos pneus.

E aí eu me pergunto se essa escolha da Toyota seria um sinal de que não será empregado o Kers em 2011. A Pirelli tem expertise mais que suficiente para superar qualquer variação de condições, como por exemplo a adição do Kers em 2011. Esse tipo de situação não é novidade para empresas desse nipe. Mas assim como a Toyota não utilizava o equipamento, há outras equipes que possuem carros da temporada passada equipados com o Kers. E eu penso que aí reside uma eventual resposta para um item de regulamento do ano de 2011.

Vamos aguardar as novidades.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

IKWC - Ed Cordeiro campeão na Master pela terceira vez

Com o meu tempo muito escasso, não acompanhei nada do IKWC, o mundial de Indoor, realizado em Phoenix, Arizona, no início deste mês.

Agora, muito atrasado em relação às ultimas, vi no site da categoria que o carioca Ed Cordeiro, amigo de quem já falei algumas vezes aqui no Amigos Velozes, e campeão da categoria Masters pela terceira vez. Sei que pilota um bocado e não estranho o desempenho ele. Parabéns ao nosso grande piloto de Indoor que fez um esforço considerável para que se realizasse no ano passado em Macaé pela primeira vez esse campeonato de apaixonados do kartismo indoor.

O campeão da final foi o belga Kenny Geldhof. Mais detalhes no site da liga - IKCW 2010.

Interlagos - porque sou a favor da restauração

Acompanhei o automobilismo como platéia na minha juventude, me desliguei por muito tempo, mantive algumas poucas ligações e recentemente voltei a ter um contato mais próximo, que vem aumentanto gradativamente. Um dos acréscimos foi o meu próprio blog, onde trato de temas ligados à atividade. Tenho feito isso com muito pouca frequencia ultimamente pois não tenho tido tempo suficiente para dar ao meu blog o conteúdo que gostaria.

Mas tenho acompanhado um pouco mais de perto e em contato com pessoas que têem e tiveram participação naquilo que é o nosso automobilismo atual. E isso gera determinados aprendizados individuais. Gera julgamentos e vou expor um desses, conforme segue, a respeito da restauração do Autódromo José Carlos Pace, que conhecemos tradicionalmente como Autódromo de Interlagos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Endurance Kart São Paulo


Dia 23/08 às 21:00 será dada a largada para o Endurance do Kart São Paulo, no qual até o momento constam 19 duplas inscritas. Não custa lembrar que é uma prova de 2:30 de duração com classificação de 10 minutos. Francamente eu considero 10 minutos de classificação um tempo pequeno nessas circunstancias. Não será permitido trocar o kart durante a classificação, e sim após completada a primeira volta da prova. A partir daí troca-se de kart e pilôto.

Se fossem 15 minutos os dois pilotos poderiam andar no mesmo kart durante a classificação e isso serviria de subsidio de ultima hora para estabelecimento da estratégia de pista.

É bom lembrar à todos que um tanque de combustível dura 1:30 e que é obrigatória ao menos uma troca. Portanto, a prova pode ser completada normalmente com apenas uma troca. Mas o consumo é variável e dependente de muitos fatores inclusive o pilôto.

Um dos fatores que pode alterar muito o consumo de combustível seria uma chuva. Nessas condições apenas nos trechos de alta consegue-se acelerar tudo e nos outros a aceleração vai até a zero. Isso faz o consumo cair muito e é uma condição que poderia deixar um piloto na pista por um tempo longo. Porém, pelo que vejo teremos uma noite quente sem uma gota de chuva.

De qualquer forma será uma prova divertida e conforme consta no site do Kart São Paulo, há também premiação. O que vai valer mesmo é a oportunidade de pilotar em equipe com os amigos. Gosto de pilotagem em equipe e já tive bons momentos nessa situação. Com certeza essa oportunidade será mais um desses momentos.

Faço dupla com o Zé Ayres, o que considero ótimo porque dessa vez ele não terá como me mandar pra fora da pista. Desejo aos meus amigos um bôa prova.

sábado, 7 de agosto de 2010

No Kartódromo de Interlagos - acelerando a cria do mestre

(imagens: Amigos Velozes)

Hoje pela manhã fui no kartódromo de Interlagos na compania de um ícone do kartismo nacional, afim de andar algumas voltas acelerando um desenvolvimento. Como qualquer preparador profissional que se preze, ainda mais aqueles cuja estrada nesse esporte é bem longa, o lendário Tchê, sempre tem alguma idéia para colocar em prática. É uma pessoa inteligente, especialista do seu conhecimento e inquieto.

Está na etapa final de desenvolvimento de um motor 125cc 2 tempos que hoje foi mais uma vez para a pista com o objetivo específico de avaliar a refrigeração. Aproveitando a oportunidade equipou o novo motor com um carburador especial e o restante foi o de sempre - põe o pequeno bólido na pista e observa o desempenho, fala com o piloto, checa detalhes, faz ajustes.

Foi isso que êle fez a vida toda e não é mais um mistério e sim uma etapa nova. Fiquei contente de ter a oportunidade de dar umas voltas numa coisa nova que falta pouco para ir para a pista em condição de competição.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mil Milhas 1966 - Crispim explica o dramático final



No dia 13 de Junho realizou-se em Interlagos a Copa Clássicos de Competição que foi abrilhantada por uma palestra com Brid Clemente e Marinho, conforme esse post aqui.

No dia encontrei várias pessoas conhecidas, entre êles o meu amigo Miguel Crispim Ladeira. De posse do meu gravador mini cassete lhe intimei (no mais amistoso sentido, claro) a me dizer o que aconteceu com aquilo que eu resolvi intitular de o pistão mais famoso da história do nosso automobilismo. E Crispim, muito gentil e atencioso, me dá a sua versão das últimas voltas da antológica Mil Milhas de 1966 quando Jan Balder, tendo no box Emerson Fittipaldi como companheiro de equipe, acabou perdendo a liderança de uma prova ganha e a finalizou na 3a. colocação.

foto: Augusto Sanchez.
( à esquerda um dos palestrantes do dia, Bird Clemente, e Miguel Crispim Ladeira à direita)

Fala Crispim.

Jan Balder na Casa do Saber - Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro

foto: arquivo Jan Balder

Mais uma aula da história do nosso automobilismo, dessa vez na Casa do Saber, onde há alguns meses assiti uma palestra sobre história da F1 com Fábio Seixas.

Na ocasião Jan Balder foi convidado a abrilhantar a palestra com alguns comentários sobre o nosso automobilismo da década de 1960.

Agora é a vez dele próprio, Jan Balder, ser o professor na Casa do Saber sobre a história do automobilismo nacional desde 1960 até o final dos anos 1970. Tenho certeza que será muito proveitosa pois êle falará do que vivenciou dentro de boxes, oficinas e pistas, e que já gerou um livro do qual já falei bastante aqui no blog - Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro.

Aliás a própria palestra tem o título do livro e está dividida em 4 etapas, conforme segue:

19 AGO | 1. A fase romântica (final dos anos 1950)
A indústria automobilística brasileira muda a cara do Brasil; as primeiras corridas oficiais; a nova geração de pilotos

26 AGO | 2. Novas experiências (os anos 1960)
Os primeiros protótipos de competição assinados com peças genuinamente nacionais; renovação do autódromo de Interlagos; o Brasil no exterior e a primeira vitória na Fórmula 1

02 SET | 3. Automobilismo, coqueluche nacional (os anos 1970)
Rumo à profissionalização; o sucesso internacional dos pilotos brasileiros; as provas internacionais e os primeiros GPs do Brasil

09 SET | 4. Fim dos anos 1970
Valorização e consagração dos pilotos brasileiros. Brasil, celeiro de pilotos

Início: 19 AGO
Duração: 4 encontros semanais
Dias/horários: Quintas-Feiras, às 19h30 (19/08, 26/08, 02/09, 09/09)
Valor: R$ 200,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 200,00
Observações: Das 19h30 às 21h30

Quem ganha tambem perde, e é preciso saber perder

Relendo o ultimo post que escrevi, vejo que me esqueci de colocar uma coisa importante e que diz respeito à personalide e conduta esportiva. Continuo considerando Schumi um grande piloto e não pretendo mudar a minha opinião. Continuo considerando Rubens um grande piloto, técnicamente à altura de Schumi, tanto que isso pode ser fácilmente constatado pelas inúmeras voltas de Rubens atrás do alemão na Ferrari, copiando o seu tempo.

Como pessoa ligada ao esporte desde a adolescencia e ainda na prática esportiva apesar dos embranquecidos cabelos, tive a oportunidade de conviver com alguns poucos campeões de um dos nossos esportes. E me lembro muito bem mesmo de um ensinamento do meu mestre do passado, que dizia que é preciso saber perder porque ninguem pode só ganhar. Isso não é possivel.

E Schumi mostrou para o mundo todo que não sabe perder. Essa é a realidade, é uma fraqueza sua. Rubens soube suportar longamente o peso das críticas ácidas demais, vindas dos resultdados e da ausencia de título. E alcançou a maturidade que lhe dá confiança, perseverança e faz as pessoas acreditarem em si e no que fazem. Não estranharei se no ano de 2011 Rubens começar a frequentar o pódium. Tem, entre outras coisas, disposição mental e raça para isso. É um batalhador e vai chegar lá um dia.

domingo, 1 de agosto de 2010

Michael Schumacher no GP da Hungria - Caráter não se discute

Quem não se lembra, ou eventualmente nunca viu, neste link do youtube - http://www.youtube.com/watch?v=6sDtn8QnpFg - vai encontrar a antológica batalha na F1 entre Gilles Villeneuve e Renè Arnoux em Dijon Prenoir em 1979. Disputa duríssima e emocionante que ao final gerou a admiração mútua dos dois pilotos. E a admiração se deve tambem pelo carater de conduta essencialmente esportiva da parte dos dois. Foi um dia histórico na F1.

Mas hoje vimos uma situação muito diferente dessa na Hungria, patrocinada por uma atitude de total anti-profissionalismo de Michael Schumacher. É um grande piloto porque ninguem ganha 7 campeonatos de F1 se nao for grande piloto. Mas precisamente por isso deve mostrar na pista uma atitude de esportista e aí eu digo que Schumi mostrou hoje que não é esportista no melhor da expressão.

F1 - GP da Hungria - Vitória arrasadora de Webber e mau caratismo de Schumi.

Como eu imaginei a corrida não seria sem graça e estratégia e condições de largada definiram o panorama. Na largada Alonso se deu muito bem enquanto que Massa se viu sem espaço para ganhar posições. Na primeira volta Vettel ficou na frente, seguido de Alonso, Webber e Massa. Quem largou muito bem tambem foi Petrov que pulou para a 5a. colocação. E Rubens tambem se deu bem subindo de 12o. para 9o.

Na volta 2 Hamilton fez uma belíssima ultrapassagem sobre Petrov por fora. Schumacher logo no começo da corrida chama a equipe afim de dizer que o freio do carro dele não estava bom. E mais tarde seria ele mesmo quem provocaria o momento mais emocionante e perigoso da corrida. Me deu a impressão de que sentiu, entre outras coisas, a necessidade de fazer aparecer a sua equipe.