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sábado, 24 de julho de 2010

F1 - Hockenheim pode mostrar surpresas. Não apostaria friamente em Vettel

O GP de Hockenheim promete ser surprendente. Primeiro porque a Ferrari achou finalmente o caminho da disputa pelas primeiras posições. Na F1 não se esconde o leite, mostra-se. Assim o desempenho dos carros da equipe não deixa dúvidas que é superior às McLaren. O que a classificação aponta é uma disputa entre Vettel, o pole, e Alonso, os únicos a se classificarem na casa dos 13". Mas deverá ter uma dura batalha com caras rápidos como Webber e as McLaren que estão bem atrás dêle.


Mas quem pode definir o destino dessa corrida de amanhã são a estratégia e a curva hum. Liuzzi desmanchou o carro ao rodar nessa curva e bater delado na mureta dos boxes, logo no Q1. Estão escapando muito ali naquele lugar e isso não se resolverá de hoje para amanhã. Se por acaso chover aí a coisa fica difícil.

Outro ponto que vai influenciar a definição da corrida é a estratégia de pneus. Hokenheim é uma pista estreita, de ultrapassagem difícil e com frenagens fortes. No caso do hairpin há uma possibilidade de se tomar a dianteira mas mante-la significa ter retomada. Carros como o de Rubens, que nítidamente tem um motor menos eficiente, devem ter dificuldades nessas situações. As freadas fortes e curvas fechadas vão acabar determinando consumo de pneus. Aí a prudência, constância e escolha do momento certo de ir aos boxes podem definir o resultado.

Claro, para quem não escapar na curva hum. Ali uma simples escapada já pode gerar uma aproximação ou uma ultrapassagem. Não apostaria cegamente em Vettel pois hoje tiveram uma disputa com o cronometro, mas amanhã é por posições. E acho que Alonso pode surpreender.

Rubens faz o que pode com o carro que tem e deve fazer uma prova conservadora. Uma chuva seria uma condição de pista muito bôa para êle. Seu companheiro, o Hulk, ficou atrás na classificação, mas por apenas 0,2s. É muito na F1? Sim, é um monte mas não é insuperável. Mesmo assim acredito mais em Rubens.

E o alemão nem conseguiu ir ao Q3, enquanto que o seu companheiro larga na 9a. colocação. Embora falem demais do alemão e da ausencia de pódiuns e vitórias, é fato que a Mercedes não é carro de ponta. O próprio Rosberg deixa isso visível. É um piloto jovem, experiente e guia muito bem, já é maduro o suficente para mostrar bom desempenho. E se não mostrou hoje é porque não tem equipamento para isso.

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