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sexta-feira, 7 de maio de 2010

GP3 estréia nesse final de semana com 4 brasileiros no grid

Neste final de semana acontecerá a primeira prova da recém criada GP3. Categoria formada por monopostos Dallara com câmbio eletrônico e motor Renault turbo de 2,0L com 280 cv. Fico na dúvida se é o mesmo motor preparado pelo Oreste Berta que fez aqui em Interlagos a F3 Brasil Open. Êste era aspirado e tinha 250 cv.

A célula é de carbono e Honeycomb, câmbio sequencial de 6 marchas Hewland, pneus slick Pirelli. Na prática um primo muito pobre de um F1. A GP3 é a categoria de acesso à GP2 que por sua vêz é a etapa exatamente anterior à F1.

O calendário desse ano tem 9 apresentações em rodada dupla, uma bateria no sábado e a segunda no domingo. Com certeza neste final de semana estarão limpando a pista antes da F1. A primeira prova tem 31inscritos sendo 4 dêles brasileiros: Pedro Nunes, Lucas Foresti, Felipe Guimarães, Leonardo Cordeiro.


No Brasil tôdo mundo comenta sempre os custos estratosféricos do nosso automobilismo. A começar pelo kart que é a etapa onde muita gente desiste. Aí se não houver um paitrocínio dos bons não sobra chance de prosseguir. Saindo do kart o futuro pilôto não tem para onde ir. Neste ano de 2010 há a F-Future Fiat cujos valôres para participação em um campeonato são coisa de elite.

A semelhança que há entre um GP3 e um F1 está clara no design da carenagem e no uso de pneus slicks e câmbios eletrônicos. Na performance são efetivamente muito diferentes mas com os ingredientes que formam uma conduta de pilotagem que vai ser desenvolvida com o tempo visando os padrões da F1.

O que eu não sei é se o Brasil terá tantos ricaços assim em condições de produzir mais um campeão mundial. Hoje o pilôto brasileiro que quizer seguir carreira profissional tem que ir para fora do país logo depois do kart. É lá na Europa que está tudo que determina o caminho de chegada à F1.

A última tentativa do Brasil de ter uma categoria de monopostos foi a F-Renault de onde saiu Bia Figueiredo que hoje está com um pé dentro da Indy. O foco do automobilismo de monopostos no Brasil sempre foi a continuidade na Europa. Mas com os custos estratosféricos da atualidade eu tento imaginar se não seria interessante que no Brasil houvesse uma categoria que servisse de referência para o mercado americano. Os brasileiros que estão lá não dão mostras de estarem insatisfeitos.

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