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domingo, 16 de maio de 2010

GP de Mônaco - final inadequado para o propósito da festa

Ontem foi dia de aniversários e por isso acabei indo dormir tarde, e acordando tarde acabei perdendo a largada. O safety car no início da corrida deu chances a Alonso de sair das profundezas da última colocação para a zona de pontuação.

Lá na frente Mark Webber e o seu companheiro Vettel não deram chances aos concorrentes imediatos, e na minha opinião Webber mostrou um trabalho incrível largando na pole e vencendo de ponta a ponta. O trabalho de equipe ficou muito evidente e a determinação de levar os dois carros juntos ao pódium garante agora a liderança da Red Bull no campeonato de construtores com 22 pontos de vantagem sobre a Ferrari.

A corrida em si foi como qualquer outra em Mônaco, um tanto monótona. O que garantiu o espetáculo foram as inevitáveis batidas e a ultrapassagem no final, com safety car na pista, de Schumi sobre Alonso.


Doze carros abandoram a corrida. Logo no comêço foram Hulkenberg e Button. Aí o espanhol têve a sua chance de subir na disputa. Estava em sexto quando o alemão lhe ultrapassou e mesmo que a monabra seja considerada válida, a peformance de Alonso e também da sua equipe, é digna de nota. Difícilmente conseguiria algo mais significativo.

Massa terminou como começou e isso mostra com clareza a imensa dificuldade de se ultrapassar em Mônaco. A meta de Massa evidentemente era terminar a corrida, o que aumentaria imensamente a chance da equipe sair da prova com pontos importantíssimos. Massa fêz o seu trabalho sem lances emocionantes, focando claramente o resultado final.

Quem se deu muito mal entre os brasileiros foi Rubens que bateu forte no guard-rail por conta de um defeito no carro. Jogou o volante para fora, à direita olhando o tráfego na contra-mão. Mais tarde disse que tinha pressa de sair do carro. Não imagino como a F1 interpreta essas situações. Êle estava numa posição perigosa e precisava alcançar a saída rápido. Situação muito diferente de quando o pilôto para na área de escape e tem condições de colocar o volante de volta. Uma pena mesmo porque vinha fazendo uma prova ditada pelas condições do que tinha na mão e não cometeu um êrro sequer.

No final da corrida Senna abandonou e o seu companheiro Chandhok continuava na pista. Êle e Trulli patrocinaram o último safety car. O indiano aproximou muito aberto e lento na curva e é claro que Trulli ao ver o imenso espaço aberto entrou por dentro. Chandhok não esperava e fechou a curva atingindo Trulli. Ao menos é essa a minha interpretação. Trulli foi ousado na manobra e essa ousadia poderia dar errado conforme a atitude do indiano. E deu.

Um brasileiro que parece estar muito desapontado com o seu abandono é Lucas que nem ao menos postou no Twitter depois da prova.

Schumi recebeu punição pela ultrapassagem sobre Alonso e por isso caiu de 6o. para 12o. Com isso Alonso figura agora em 3o. no campeonato mas com 2 pontos a mais e o alemão continua em 9o. mas perdeu 8 pontos com a punição.

A corrida acabou assim com o safety car na pista. Isso tirou tôdo o brilho da corrida pois deixou uma patética impressão de ato proposital da organização da prova a demora em limpar a área. Posso estar engando pois não pesquiso a F1 e fiquei muito tempo se acompanhar, mas esta deve ter sido a primeira vez que a corrida acaba dessa forma. Com a importância que se dá a essa etapa do comapeonato, não me pareceu coisa digna daquilo que habitualmente tem mais conotação de festa do que de corrida.

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