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sábado, 8 de maio de 2010

F1 - As máximas atingidas pelos pilôtos na classificação de hoje

Quem como eu já fez ao menos um oval no Endurance Noturno da Granja sentiu o gostinho de pegar o vácuo do kart à frente na reta e usar isso a favor dos dois empurrando o da frente ao invéz de ultrapassar. É muito comum isso pois os dois andam mais rápido se distanciando do que vem atrás e chegando no seguinte à frente.

Também percebeu a grande diferença que faz o ar de impacto frontal no momento em que sai da traseira para ultrapassagem. No caso das condições que eu mencionei difícilmente isso dá certo se você sair do meio da reta para frente pois vai precisar bastante motor para vencer a resistência do ar frontal. É comum nessas horas andar para trás e por isso voltar à posição de vácuo afim de esperar outro momento mais favorável.

Imagine o que acontece se você está num carro sofisticado como um fórmula a 300 km/h numa reta. No ano passado eu perguntei a um pilôto de Spyder do Paulista que diferença fazia um edge na asa traseira do carro dêle em termos de velocidade. Êle me disse que zerado significava 400 rpm no final da reta de Interlagos num carro com motor AP com um preparo mínimo.


Olhando a tabela de velocidades máximas atingidas pelos pilôtos da F1 na classificação de hoje, é facil concluir que existem diferenças de aerodinâmica. A ordem contrasta bastante com os tempos de volta.

Por exemplo, Mark Webber que é o pole está quase no final da lista da velocidade máxima, na 21a. colocação. Vettel que fechou a classificação apenas 0,1s atrás do seu companheiro está uma posição à frente na velocidade máxima.

Bruno Senna é o último no grid com um tempo de 0,7s superior ao pole, mas na valocidade é o quarto com 309,1 km/h. Atrás dêle vem exatamente o seu companheiro com a mesma velocidade, mas que está uma posição à sua frente no grid com 0,4s mais rápido. Schumacher que é o sexto no grid está lá no fim da tabela de velocidade. Rubinho aparece em anti-penúltimo, enquanto que o seu companheiro que é o 13o. no grid, é o 8o. nas máximas. No caso específico de Rubens trata-se de um rendimento muito abaixo do esperado, motivado pelo tráfego que não deu chances de uma volta realmente limpa, e isso é suficiente para explicar a grande diferença entre êle e o Hulk.

Tudo isso está relacionado a uma coisa difícil de se conseguir - o melhor compromisso entre velocidade de reta e tempo de volta. Menos asa, mais reta e menos aderência nas curvas. Por isso um carro deficiente como o da Hispania está entre os mais velozes em reta.

Abaixo a tabela de máximas atingidas pelos pilôtos na classificação de hoje. Compare com o grid e veja as curiosas diferenças.

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