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sexta-feira, 19 de março de 2010

Kart São Paulo segunda etapa - a chamado do Otto.


O Otto insiste que eu tenho que colocar um post sobre a última prova, mas o que eu vou falar se não vi nada além do alambrado e da grama? Ah, sim, eu vi a traseira do Zé Ayres algumas vezes.

Bom, pra começar eu quero agradecer as novas amizades que fiz no Kart São Paulo. Mais por conta do contato no box. Eu chego lá e o pessoal me conhece, vem cumprimentar, papeia e tudo mais. Na pista pé na tábua e no box conversa. Era assim mesmo que o automobilismo funcionava antigamente. Nesse ponto o Kart São Paulo é dez. Se eu precisasse dizer onde estão os meus amigos de kartismo hoje, apontaria direto para o Kart São Paulo, claro, sem esquecer os muitos outros que eu já fiz na Granja Viana.


Olhando na tabela o Eder Santos ganhou na minha bateria e o Abdo na segunda. O Otto andou um pouco para trás e o Mogar para frente.

A Master está práticamente definida. Do primeiro ao vigésimo tem 10 pontos de diferença e na frente há 3 empatados. Mas na sequencia vem um grupo de 13 pilotos com uma diferença de apenas 5 pontos entre eles. O que significa que tem bastante gente em condição de subir. Esse grupinho que vem atrás, se for para a pista para decidir a situação vai patrocinar um belo pega. Vai ser interessante.

A corrida para mim ao menos não houve. Eu tenho astigmatismo e fotofobia. Sem entrar em detalhes mais profundos, dirigir à noite é um tormento pra mim. E justamente essa é a condição que eu mais gosto. Viajei muito à noite nesse Brasil. Eu tenho dificuldade com contrastes de luzes e cores à noite. Faróis baixos no sentido contrário simplesmente me cegam. Claro que eu uso óculos à noite, seja na cidade ou na estrada.

Mas no kartódromo eu já pilotei sem óculos e me dei muito bem. Fico mais à vontade, muda a noção de profundidade e a avaliação de velocidade. O problema são os pequenos objetos. Por esemplo eu não vejo o meu número no placar. Até uns 30 metros de distancia eu consigo enxergar perfeitamente objetos grandes e perceber bem a aproximação. Mas não consigo distinguir um cara que está na curva hum quando eu entro na reta, embora esteja vendo tudo até lá embaixo.

Além disso, sem óculos a pista pára de subir e descer quando eu passo em lugar acidentado. Assim eu consegui andar bem mais perto dos outros, centímetros mesmo. E aí é que está o problema. Nenhum treino, reações mais lentas e muita proximidade. Assim foi que eu mandei o Zé Ayres duas vezes para fora e outro cara que não sei quem é. Estava muito perto e de repente ele aliviava um pouco e eu demorava para tomar uma atitude. Demorava quer dizer menos que uma piscada de olho.

Aí rodei na hum passando por dentro e bati de costas. Eu nunca tinha batido de costas, é muito estranho, parece que não acaba. Veio o fiscal de pista e me disse que tinha óleo. Relargamos com aquela poeira de cimento que parecia o sambódromo, com a diferença sutil que aqui grudava e lá não.

E de novo mandei o Zé pra fora e tomei mais duas também. Aí encheu o saco de vez, cortei caminho para ir pra casa e chega. Não tenho saco pra pilotar assim. Milagre eu não faço e ninguem faz. O Marcelinho quando começou no kart andava mal pra caramba. Se apaixonou pela coisa, mora perto do kartódromo e isso virou um convite para os treinos. Tanto fez que agora anda muito mais rápido. Ao mesmo tempo eu parei de andar e ando mais lento. Falta de performance mesmo. Isso me cansou. Ou eu entro pra pilotar ou fico do lado de fora tomando cerveja de lata e anotando tudo no papel pra escrever depois. Pilotar assim eu não quero mais porque tirou a minha motivação. E aí eu digo que se o sujeito não consegue treinar em categoria barata, não vai andar em lugar nenhum. Se um dia pintar verba pra isso, aí é outra história. Se não tiver não anda mais e pronto. Ou é ou não é. E no momento não tem sido e não há previsão para que seja.

Ah, mais duas coisas. Deram bandeira pra mim e eu vi. Mas não conseguia distinguir o número na plaqueta. É a questão do contraste à noite. A placa é fundo preto e letra branca. À noite eu vejo isso só de óculos.

E para os novatos vai uma lembrança. Eu encostei num cara no meio da reta e achei melhor empurrar que ultrapassar. Ele interpretou errado e abriu para eu passar quando na verdade eu queria empurrar. Esse negócio de empurrar dá certo quando é amigo escolado, caso contrário é melhor não tentar para não atrapalhar a corrida do cara.

É isso aí moçada. Agora vou esperar aquele infeliz do Trevas que muito possívelmente vai me humilhar com as suas besteiras. Material pra isso, aqui ele tem bastante. Pronto Otto. Fui.

Um comentário:

Anônimo disse...

FALA Zé Sem Lente... BUUUUUU!

Agora não enxerga é? Tá nas TREVAS? AHAHAH
Dá um tempo e para de ser maricas. Na próxima vou arrumar uma maneira de tirar o freio do seu kart. Assim voce não se atrapalha mais. Freio?! Voce não precisa disto

Ôooo garotinho Zé, já que alguns brasileiros adoram usar babaquices importadas, estou terminando um "short Post" aterrorizante, para voce que é meu "buddy" publicar para os BRAÇOS DUROS do KSP, tá certo?
Luvas prá voce meu caro,
TREVAS