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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Barrichello - a vivencia profissional será um grande aliado em 2010.

Dentro de 14 dias começará mais uma temporada de F1 e há uma grande expectativa em torno da categoria que tem nesse ano de 2010 uma grande quantidade de mudanças.

Entre as mudanças mais comentadas estão o entra e sai de pilotos e equipes. No regulamento a proibição de reabastecimento é o ítem que promete um campeonato com muitas surpresas. O público não verá uma corrida igual do início ao fim.

Os pits passarão a ser muito rápidos e muito emocionantes. Trarão de volta o melhor do espírito de competição acirrada. Todos os pilotos perderão mais ou menos o mesmo tempo entre desaceleração e reaceleração, mas na busca pela performance máxima na troca de pneus, o que provávelmente veremos é um show de disputas entre equipes, que ocorrerá de tal forma que os décimos de segundo poderão fazer a diferença no resultado final da corrida. Tudo acontecendo em tempo record.


Mas a nova regra do reabastecimento não afeta apenas a velocidade dos pits. Terminar a corrida com 200 litros a menos de combustível é uma condição que gera influencia em toda a programação da prova. No começo os pneus devem se desgastar mais que no fim, os freios serão mais exigidos, o comportamento do carro em curva mudará aos poucos, sem contar o aproveitamento que os diferentes motores alcançarão com o combustível. Fora isso a aerodinamica é um ítem que afeta o consumo e é portanto uma influencia nos resultados que pode gerar mudanças no design ao longo da temporada. Claro que é preciso maximizar tudo e o consumo entra nesse jogo.

Mesmo com todos os recursos que as equipes dispoem atualmente, acabarão por força da situação ficando mais dependentes dos pilotos. A sensibilidade deles vai fazer mais diferença nesse ano. Por exemplo, o balanço do freio vai fazer uma grande diferenças nas aproximações de curva.

Rubens Barrichello, infelizmente muito criticado no Brasil, foi contratado por uma equipe que tem um histórico longo e vitorioso na categoria. Não contratariam um piloto que não tivesse condições de oferecer algum retorno em termos profissionais.

Rubens já mostrou várias vezes que é um piloto preciso e constante. Será a sua 18a. temporada e isso lhe confere uma bagagem considerável na profissão. Uma pessoa que largou tantas vezes em corridas de F1, que já pilotou carros campeões e autenticas cadeiras elétricas modernas, que já esteve sob o comando de pessoas e estruturas diversas, já se sente bem mais a vontade para uma corrida do que um novato.

Uma equipe como a Williams não entra num campeonato para fazer feio pois tem um nome a zelar. E os pilotos que escolhe precisam ter condições de corresponder às expectativas do team. Na F1 ninguem está vivendo uma festa de aviõezinhos de dinheiro que permite que todos trabalhem alegremente sem apresentar resultados concretos. Na verdade é um ambiente de constante cobrança. Um bom exemplo disso foi a passagem de Nelsinho Piquet e de Romain Grosjean na Renault.

Rubinho é um piloto maduro e sabe como lidar com essas variáveis. Na verdade será o 18o. ano de pressões pelos resultados. E se ele ainda está lá na ativa é porque não apenas não se cansou disso como também tem os ingredientes necessários para conviver com essa situação.

Penso que essa temporada que está para se inicar pode mostrar uma distancia maior entre os novatos e os veteranos. Coisa que ao final do campeonato tenderá a ser anulada.

Apenas na primeira prova é que poderemos ter uma idéia de quem pode fazer o que. Os testes que estão acontecendo agora não refletem a performance final das equipes, pois são uma oportunidade para tirarem muitas dúvidas e relizarem modificações que mostrarão o resultado prático somente quando o campeonato se iniciar.

Barrichello tem principalmente a experiencia a seu favor. Resta saber se o carro desse ano, que está de motor novo, será bom o suficiente para as melhores disputas.

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