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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Kart São Paulo - A proposta é pilotar.

Brahms é bom pra relaxar, eu gosto e é o que estou ouvindo agora. Acordei um pouco cansado principalmente porque fui dormir à 1:30 depois da prova de ontem à noite. Estou aguardando o Otto me madar as fotos dos pódiums (é assim o plural?) de ontem. Mais tarde coloco aqui com mais comentários.

Muito bem. Do meu ponto de vista há apenas uma coisa que eu mudaria no Kart São Paulo. A largada que é em fila indiana acho que deve continuar assim mas não de onde habitualmente largam. Acho que deveria ser mais atrás nas marcas de alinhamento no meio da reta. Nós pilotamos bem o suficiente para sair dali e chegar mais cheio na hum. De resto acho que está ótimo.

Quando ainda estava na F1, Jackie Stewart ficou apavorado com o trânsito de São Paulo. Disse que nos semáforos se davam autênticas largadas de competição. Olha que êle disse isso na década de 70. Imagine a ´evolução´ disso nos dias de hoje.

O sucesso dos nossos pilôtos nas pistas internacionais, cujas razões são bem explicadas no livro de Jan Balder, deve ter influenciado demais a leitura que nós fazemos do automobilismo.

O kartismo indoor, além de ser uma modalidade que cresce sem parar, é a opção mais econômica no mundo tôdo para se pilotar. Compare com os custos de um kart de competição num campeonato federado. Nem pensar.

Mas sabe para que realmente se presta o indoor? Para que nós estamos lá sempre? Para aprender a pilotar sem professor. Mas infelizmente eu já vi muitos que ao vestirem um macacão e um capacête, baixa na figura o Ayrton, o Hindt, o Clark, o Hill pai, ou qualquer outro que já tenha ido dêsse mundo onde conquistou as suas muitas glórias. Tem caras que até copiam capacêtes, notadamente o do Ayrton.

É uma leitura muito distorcida. Numa coisa o kart indoor é igual a qualquer outra categoria. Qualquer problema na pista se resolve no box. Sabe quantas vêzes eu vi isso? Perdi a conta.

Ontem na light algo deu errado na prova. Eu nem imagino o que é porque após uma rodada infantil e horrosa eu fiquei andando o tempo tôdo sózinho, uma semana atrás dos outros. Mas logo após a prova deu um baco bufo no box.

Funciona sempre do mesmo jeito. Um vai tirar satisfações com o outro. O outro manda o um para algum lugar. O um manda o outro um lugar mais distante. E no final saem cada um para um lugar diferente sem necessáriamente obedecer o antagonista e está tudo resolvido. Hoje podemos contar com o advento do e-mail que muitas vêzes acaba gerando um pedido de desculpas mútuo, às vezes até hilário.

“Ah, foi culpa minha, eu tava nervoso”
“Sei, mas fui eu que bati em você. Eu errei.”

E por aí vai. O risca faca acaba virando viadagem, no sentido mais cômico do têrmo, e fica tudo certo. Até a próxima, que fique bem claro.

Dizia o sábio brasileiro Vicente Matheus que quem entra na chuva é para se queimar. Então quem entra numa parada dessas pode esperar ao menos umas caras feias e umas disputas tipo Dick Vigarista. Isso tem mesmo.

Mas é bom ter em mente que do nosso nível de pilotagem para uma disputa de âmbito nacional com karts de competição, há um verdadeiro abismo. No quesito aprendizado o indoor é o jardim da infância.

Portanto, ´menas´. Slow down. Be easy and run gentle.

E se puder ouça Brahms de vez em quando. Não é como Stones mas é bom também.

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