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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Estados Unidos - a primeira corrida.

As primeiras corridas de automóvel no Brasil se deram no início do século passado e sómente na década de 30 passamos a ter corridas regulares no circuito da Gávea. Quando as montadoras se intalaram aqui na década de 50 começou uma nova era no nosso automobilismo que contou com o envolvimento das fábricas. Mais tarde, com o primeiro título de F1 conquistado por Émerson em Monza, as nossas atenções se fixaram no automobilismo europeu. Sómente quando o campeão se mudou para os Estados Unidos e venceu a sua primeira Indy 500 nós passamos a ter informação frequente das provas americanas e até sediamos algumas no Brasil, o que está prestes a acontecer novamente.

O automobilismo americano é bem mais antigo que o nosso e não começou com a primeira Indy 500 em 1911. Nos Estados Unidos os desenvolvimentos europeus eram seguidos de perto e isso se deu também na automobilística. Em 1885 surgiu na europa por Karl Benz o primeiro automóvel movido por um motor a combustão interna de gasolina.

Nos Estados Unidos dois irmãos, Charles e Frank Duryea que eram fabricantes de bicicletas, foram os primeiros a fabricar um automóvel e participar com êle da primeira corrida de automóvel em solo americano.

Em julho de 1895 o jornal Chicago Times-Herald anunciou um prêmio de US$ 5000 para o vencedor de uma corrida de automóveis entre Chicago e Milwaukee. Êsse traçado foi abandonado devido às suas condições e decidiu-se por uma corrida de Chicago a Evanston, ida e volta, num trajeto total de 54 milhas. Apesar de terem sido inscritos 83 carros, apenas 6 conseguiram estar aptos para o dia da corrida que se deu em 8 de novembro num frio de 4 graus Celsius.

Havia 3 carros de Karl Benz de quatro rodas, dois elétricos cujas baterias sucumbiram ao frio, e o dos irmãos Duryea também de quatro rodas.

Chegou ao final da corrida em primeiro lugar após 7 horas e 53 minutos a uma média de 7 milhas por hora, Frank Duryea. Apenas mais um automóvel Benz terminou a corrida e os outros quatro participantes foram ficando pelo caminho, entre êles um Benz que colidiu com um cavalo no início.

O carro dos Duryea foi o segundo construído por êles e neste mesmo ano iniciaram a comercialização, tendo vendido 30 unidades até o final de 1896. A corrida na verdade serviu mais para teste e promoção da nova indústria que prometia substituir os cavalos na tração.

Como se vê faz mais de século que as corridas são o palco de testes de automóveis, premiação em dinheiro ao vencedor e também da participação de carros elétricos.


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