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domingo, 8 de março de 2009

Carlos Braz - Classic Cup

Carlos Braz no grid da Classic Cup

Carlos Braz que corre na Classic Cup com o 21, é amigo meu há muito tempo. Talvez uns 20 anos. É fanático por carros antigos e não apenas para desfilar na rua, como eu vi com alguns que ele restaurou. Nas pistas o gosto por carros clássicos foi posto em prática com o DKW 21 amarelo com o qual ingressou na Classic. Vi este carro sendo preparado práticamente desde o início. O motor que não deu um único problema durante todo o tempo em que correu na categoria, foi ajustado pelo seu amigo e preparador caprichoso, Rafael Scalize. Me lembro do trabalho que foi feito nas janelas do bloco, que se constituiu única e tão sómente em ajustar todas conforme um gabarito, sem a intenção de conseguir um alto ganho de performance mas com um capricho típico de quem é do ramo da mecânica e é criterioso.

DKW 21 - primeiro clássico de Carlos Braz na pista

Na sequência veio o Passat 21 que começou a sua trajetória com um AP1600 com carburador mini-progressivo, no lugar do original 1.5. Depois foi trocado por um 2.0 com Weber horizontal e câmbio de cinco marchas. Gira um pouco menos mas os 400cc adicionais colocaram uma diferença de tempo de mais de 2s sobre o conjunto anterior.


Neste último sábado foi a vez de colocar na pista o seu novo Passat 21 na D1B, do qual já falei em um post anterior. Até a hora da classificação o carro tinha apenas uma volta no circuito, exatamente há trinta dias. Qualquer carro pode apresentar alguma falha por menor que seja quando vai pela primeira vez para a pista. Na classificação marcou 2:12.286 ficando em segundo no grid atrás de Rogério Tranjan do Passat 44. Na geral 17o. num grid de 28.
Momento da largada da segunda etapa da Classic Cup
Na corrida começou muito bem até que os pneus começaram a esquentar e ficou muito clara a tendência de escapar nas saídas de curva. A classificação se deu em 15 minutos e com o asfalto mais frio, já que havia leve garôa. Na corrida a pista estava mais quente pois o sol já tinha vindo marcar presença. Aí o comportamento mudou. Acompanhou o tempo do 44 por várias voltas até que num determinado momento eu percebi que ele tinha literalmente aliviado o ritmo. Quando chegou no box, em segundo lugar, a água estava a 110 graus e o óleo a 130. A explicação apareceu rápido. Soltou-se a corrreia da bomba d´água.

No geral ele ficou contente com o bólido. E tem razão para isso pois o carro tem muito pouco mesmo a ajustar para um desempenho muito competitivo na sua categoria. Apesar do pequeno problema é um conjunto confiável.

O resultado final foi 2o. na categoria e 13o. na geral. Na categoria a prova foi vencida por Rogério Tranjan e em terceiro ficou Fernando Alcoforado. Para uma primeira vez eu acho que está muito bom.
Pódium da D1B com Carlos Braz em segundo
No site http://www.dmracing.com.br, no menu Matérias há várias fotos e um texto que dá os detalhes da preparação desse carro.

Um comentário:

Helio Herbert disse...

O Bráz também é meu amigo à mais de 15 anos,uma grande figura,muito querido no meio do movimento de preservação dos autos antigos Parabens Bráz você merece.