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quinta-feira, 12 de março de 2009

1 segundo é chão

(All timings are unofficial)
Assim se lê nos relatórios dos testes da Brawn GP. Não são oficiais mas são reais. Inclusive a diferença de 1s que o Button colocou na Ferrari no seu último dia em Barcelona.

Rubens e seu chefe. Parece ser uma nova fase ´Stewart´

Você só sabe o que é um segundo na pista se entrar numa com equipamento de competição. Não precisa ser um F1. Mas no caso de um F1 onde o rendimento é sempre extremo e as diferenças entre uns e outros são pequenas, um segundo pode significar o fim da fila. Mas o que mais impressiona na Brawn GP não são os tempos muito bons que foram obtidos. Mas o fato de tê-los conseguido. E isso é uma prova contundente da capacidade da equipe. Tudo depõe a favor de Ross Brawn. Ele é o cacique agora. E ainda por cima sem suporte. O bólido foi para os testes sem logos de patrocinadores.
Ao mesmo tempo as estrêlas do ano passado, Ferrari e McLaren, estão sofrendo para andar no ritmo mais forte. Literalmente não estão conseguindo.

Antigamente quando os testes eram liberados e os treinos de GP´s começavam na quinta, no dia da corrida as esquipe teriam andado ao menos o equivalente a um GP, fazendo acertos de todo tipo. E no dia da corrida nada mais havia a ser feito. Nesse panorama os testes inciais da temporada não tinham o significado que adquiriram agora. Basta dizer que nessa época de Émerson e Piquet era comum que uma equipe trocasse o motor do carro antes do warm-up do GP. Toda essa flexibilidade não existe mais e por consequência tudo o que é feito antes de colocar o carro no asfalto é o que vai determinar como ele vai andar o resto do ano.

Por isso que o desempenho da Brawn GP chama a atenção. Todas as etapas de construção do novo modêlo resultaram num carro competitivo. E não se pode computar isso ao motor Mercedes pois a McLaren está com esse motor andando em último nos testes. Desempenho que fatalmente será alterado para melhor no correr do campeonato. Então a Brawn GP tem um pacote muito forte que vai incomodar os outros no campeonato todo. Porque a única chance de testar os carros em ritmo de GP é essa de Barcelona. Se errou vai ficar difícil concertar depois.

Aí é onde o Bruno Senna teria dificuldades. Nenhuma vivência no dia-a-dia de F1. E a resposta do Rubens na pista é imediata porque já está calejado.

Mas a Brawn pode esperar algumas dificuldades pela frente. A volta voadora do Button impressionou. Mas foi apenas uma nessa condição. As outras ficaram na casa de 1:20 onde estão a Ferrari e a BMW. Para se ter uma idéia do rendimento da Brawn, a pior volta dela foi apenas 0,3s mais lenta que a melhor do Alonso.

Como daqui em diante o desenvolvimento dos carros se dará sem testes, isso significa que a Brawn está efetivamente na briga nesse ano. Na minha opinião vai andar entre os dez primeiros, ao invéz de entre os dez últimos como acontecia com a Honda.

Falta saber de duas coisas que serão de uma importância muito grande. A confiabilidade do motor e o acêrto na estratégia de corrida da equipe. O carro está pronto faltando os pequenos ajustes que virão com o tempo. Os pilotos mostraram que podem andar muito rápido. E o chefe mostrou que é chefe mesmo. Vamos aguardar Melbourne. E aguardar a BMW também que não está aí para brincadeiras.

foto: BRAWN GP

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